Pesquisa Industrial revela que três segmentos concentram 70,29% da indústria goiana


Os resultados da Pesquisa Industrial Anual – Empresa mostrou que em termos regionais, em 2007, as empresas localizadas principalmente nas Regiões Sudeste (52,9%) e Sul (27,4%) concentraram as maiores participações no total do pessoal ocupado, 53,7% e 25,2%, respectivamente. Estas áreas juntas registraram, respectivamente, 62,7% e 18,5% do valor da transformação industrial. Estes resultados podem ser explicados pela maior densidade e diversificação da estrutura industrial destas regiões. As Regiões Nordeste e Centro-Oeste mostram maior importância relativa no total do pessoal ocupado e no número de unidades locais do que nas demais variáveis (receita líquida de vendas, valor da transformação industrial e gastos com pessoal), refletindo a maior presença de empresas tradicionais e mais intensivas em mão de obra. Assim, o Nordeste concentra 11,0% do número de plantas industriais, 12,7% do pessoal ocupado e 9,5% do valor da transformação industrial, enquanto o Centro-Oeste possui 5,7% na primeira variável, 4,7% na segunda e 3,5% na última. Já na Região Norte, a maior participação do valor da transformação industrial (5,9%), do que no número de unidades locais (3,0%) e no pessoal ocupado (3,6%), refletindo, sobretudo a característica de sua estrutura industrial, marcada pela presença de empresas com grande escala de produção e/ou intensivas em tecnologia.

O perfil de uma estrutura produtiva industrial depende de diferentes fatores, tais como: dotação de recursos naturais, cultura e tradição, proximidade dos clientes e dos consumidores, disponibilidade de pessoal qualificado, estrutura de custos, acesso à infra-estrutura, ou impedimentos legislativos. Na PIA-Empresa 2007, as informações regionalizadas, segundo um corte setorial permitem identificar o quão concentradas são as Grandes Regiões do País.

Ao analisar a série histórica de 1996, início da pesquisa, a 2007, verifica-se que estados com maior concentração industrial perderam peso em relação à variável pessoal ocupado, número de unidades locais e valor da transformação industrial – VTI, diferença entre valor bruto da produção industrial e o custo das operações industriais. Em contrapartida, estados com menos tradição no setor industrial ganharam peso.

São Paulo, foi o estado que mais perdeu peso no país, em 1996 detinha 41,97% de pessoas ocupadas na atividade industrial, reduzindo para 35,91% em 2007, com uma perda de 6,06 pontos percentuais no período (tabelas 1, 2 e 3). Em termos de unidades locais, em 1996 participava com 38,47% e em 2007 foi de 32,60%, com perda de 5,87 pontos percentuais. No VTI a indústria paulista também perdeu peso, em 1996 representava 49,39%, passando para 39,31% em 2007, redução de 10,08 pontos percentuais.

O Estado Goiás foi um dos estados que obteve ganho de participação em todas as variáveis apresentadas pela pesquisa. No número de pessoal ocupado nas atividades industriais, representava 1,58% na indústria brasileira, passando para 2,35% no ano de 2007, obtendo incremento de 0,78 pontos percentuais. Com referência a unidades locais, em 1996 participava com 2,12% e em 2007 com 2,96%, com ganho de 0,83 pontos percentuais. O montante do VTI também seguiu a tendência de ganho de participação. Em 1996 representava 1,12%, passando para 1,86% em 2007, com incremento de 0,74 pontos percentuais.

 

Tabela 1

Pessoal ocupado e participação no total da indústria geral, com indicação do Índice de Mudança Estrutural, segundo Unidades da Federação – 1996/2007

 

Brasil e Unidade da Federação

Pessoal ocupado

Estrutura (%)

Diferença (em pontos percentuais)

1996

2007

1996

2007

1996/2007

Brasil

5.054.978

7.173.090

100,00

100,00

0,00

Acre

1.618

4.479

0,03

0,06

0,03

Alagoas

61.905

101.444

1,22

1,41

0,19

Amapá

2.225

3.400

0,04

0,05

0,00

Amazonas

60.850

111.252

1,20

1,55

0,35

Bahia

100.947

194.449

2,00

2,71

0,71

Ceará

109.750

202.408

2,17

2,82

0,65

Distrito Federal

15.120

26.583

0,30

0,37

0,07

Espírito Santo

68448

116.883

1,35

1,63

0,28

Goiás

79.630

168.627

1,58

2,35

0,78

Maranhão

21.166

35.117

0,42

0,49

0,07

Mato Grosso

35.918

83.673

0,71

1,17

0,46

Mato Grosso do Sul

25.674

61.394

0,51

0,86

0,35

Minas Gerais

504.917

761.923

9,99

10,62

0,63

Pará

53.019

99.480

1,05

1,39

0,34

Paraíba

39.641

64.873

0,78

0,90

0,12

Paraná

313.217

571.295

6,20

7,96

1,77

Pernambuco

125.095

183.086

2,47

2,55

0,08

Piauí

15.619

22.928

0,31

0,32

0,01

Rio de Janeiro

397.087

399.051

7,86

5,56

-2,29

Rio Grande do Norte

39.378

70.746

0,78

0,99

0,21

Rio Grande do Sul

485.943

660.941

9,61

9,21

-0,40

Rondônia

13.607

27.650

0,27

0,39

0,12

Roraima

737

1.416

0,01

0,02

0,01

Santa Catarina

340.322

576.462

6,73

8,04

1,30

São Paulo

2.121.422

2.575.782

41,97

35,91

-6,06

Sergipe

18.969

37.097

0,38

0,52

0,14

Tocantins

2.753

10.647

0,05

0,15

0,09

Fonte: IBGE – Pesquisa Industrial Anual

 

 

 

 

 

 

Tabela 2

Unidades locais e participação no total da indústria geral, com indicação do Índice de Mudança Estrutural, segundo Unidades da Federação – 1996/2007

 

Brasil e Unidade da Federação

Unidades Locais

Estrutura (%)

Diferença (em pontos percentuais)

1996

2007

1996

2007

1996/2007

Brasil

123.368

181.538

100,00

100,00

0,00

Acre

93

199

0,08

0,11

0,03

Alagoas

481

688

0,39

0,38

-0,01

Amapá

77

128

0,06

0,07

0,01

Amazonas

626

1.089

0,51

0,60

0,09

Bahia

2.803

4.911

2,27

2,71

0,43

Ceará

2.339

4.444

1,90

2,45

0,55

Distrito Federal

720

1.112

0,58

0,61

0,03

Espírito Santo

2248

3.919

1,82

2,16

0,34

Goiás

2.621

5.365

2,12

2,96

0,83

Maranhão

523

837

0,42

0,46

0,04

Mato Grosso

1.249

2.455

1,01

1,35

0,34

Mato Grosso do Sul

864

1.441

0,70

0,79

0,09

Minas Gerais

14.602

22.898

11,84

12,61

0,78

Pará

1.339

2.303

1,09

1,27

0,18

Paraíba

885

1.353

0,72

0,75

0,03

Paraná

9.113

15.869

7,39

8,74

1,35

Pernambuco

2.704

4.475

2,19

2,47

0,27

Piauí

422

903

0,34

0,50

0,16

Rio de Janeiro

10.692

10.067

8,67

5,55

-3,12

Rio Grande do Norte

690

1.572

0,56

0,87

0,31

Rio Grande do Sul

11.688

17.981

9,47

9,90

0,43

Rondônia

571

1.161

0,46

0,64

0,18

Roraima

49

94

0,04

0,05

0,01

Santa Catarina

7.902

15.804

6,41

8,71

2,30

São Paulo

47.460

59.187

38,47

32,60

-5,87

Sergipe

475

855

0,39

0,47

0,09

Tocantins

131

428

0,11

0,24

0,13

Fonte: IBGE – Pesquisa Industrial Anual

 

Tabela 3

Valor da transformação Industrial e participação no total da indústria geral, com indicação do Índice de Mudança Estrutural, segundo Unidades da Federação – 1996/2007

Brasil e Unidade da Federação

Valor da Transformação Industrial (Mil Reais)

Estrutura (%)

Diferença (em pontos percentuais)

1996

2007

1996

2007

1996/2007

Brasil

160.527.063

606.190.545

100,00

100,00

0,00

Acre

17.323

179.200

0,01

0,03

0,02

Alagoas

1.069.024

2.154.523

0,67

0,36

-0,31

Amapá

97.342

243.808

0,06

0,04

-0,02

Amazonas

5.365.098

23.877.376

Governo na palma da mão

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