Pesquisa Industrial Anual revela ganhos de participação da indústria goiana no País
Os resultados da
Pesquisa Industrial Anual – Empresa mostraram que em 2006, se comparado ao ano
de 1996, inÃcio da série, estados com maior concentração industrial perderam
peso em relação à variável pessoal ocupado, número de unidades locais e
valor da transformação industrial – VTI, diferença entre valor bruto da
produção industrial e o custo das operações industriais. Em contrapartida,
estados com menos tradição no setor industrial ganharam peso.
São Paulo, foi o
estado que mais perdeu peso no paÃs, em 1996 detinha 41,97% de pessoas ocupadas
na atividade industrial, reduzindo para 35,91% em 2006, com uma perda de 6,05
pontos percentuais no perÃodo (tabelas 1, 2 e 3). Em termos de unidades locais,
em 1996 participava com 38,47% e em 2006 foi de 32,09%, com perda de 6,38 pontos
percentuais. No VTI a indústria paulista também perdeu peso, em 1996
representava 49,39%, passando para 39,29% em 2006, redução de 10,10 pontos
percentuais.
O Estado Goiás foi um
dos estados que obteve ganho de participação em todas as variáveis
apresentadas pela pesquisa. No número de pessoal ocupado nas atividades
industriais, representava 1,58% na indústria brasileira, passando para 2,40% no
ano de 2006, obtendo incremento de 0,82 pontos percentuais. Com referência a
unidades locais, em 1996 participava com 2,21% e em 2006 com 2,96%, com ganho de
0,86 pontos percentuais. O Â montante
do VTI também seguiu a tendência de ganho de participação. Em 1996
representava 1,12%, passando para 1,77% em 2006, com incremento de 0,65 pontos
percentuais.
Os bons resultados
apurados pela pesquisa para o Estado de Goiás deveu-se a diversos fatores, como
polÃticas de incentivos fiscais, verticalização da produção mineral e da
agropecuária, bem como uma forte polÃtica de atração de investimentos que
possibilitou a diversificação do setor fabril no perÃodo em questão.
Dados de 2006
No ano de 2006,
segundo a pesquisa, Goiás tinha 5.145 unidades industriais, com 159.509 pessoas
ocupadas, atingindo montante de R$ 8.502 milhões no Valor de Transformação
Industrial (VTI) e produtividade média (razão entre o valor da transformação
industrial e pessoal ocupado) de R$ 53 mil.
Os
segmentos com maior peso na estrutura industrial do Estado foram: fabricação
de produtos alimentÃcios e bebidas; fabricação de produtos quÃmicos;
metalurgia básica; e fabricação e montagem de veÃculos automotores, reboques
e carrocerias.
A atividade de fabricação
de produtos alimentÃcios e bebidas representava 25,07% do número de unidades
industriais do Estado, 40,00% do pessoal ocupado, 51,28% do VTI, com
produtividade de R$ 68 mil, acima da média estadual que era de R$ 53 mil.
As empresas de fabricação
de produtos quÃmicos correspondiam com 4,41% do setor industrial, 8,88% do
pessoal ocupado, 11,65% do VTI e produtividade média de R$ 70 mil.
O ramo de metalurgia básica,
ligado à transformação do setor mineral (ouro em barras, ferronÃquel,
ferronióbio e outros), tem uma baixa participação no número de unidades
industriais (0,87%) e pessoal ocupado (1,91%), mas participação representativa
no VTI (6,09%) e com produtividade R$ 170 mil (segunda maior de todos os
segmentos industriais).
Já o segmento de
fabricação e montagem de veÃculos automotores, reboques e carrocerias,
correspondiam a 1,75% do número de unidades industriais, 1,91% da mão-de-obra
empregada no setor, 4,33% de todo o VTI e R$ 121 mil de produtividade. Vale
ressaltar que esta atividade vem ganhando participação na indústria goiana,
devido a presença de empresas com maior intensidade
transformação industrial representativo.
Outro segmento
importante na industrial estadual, mas que apresentou baixa participação no
VTI (2,85%) foi o de confecção de artigos do vestuário e acessórios. No ano
em questão participava com 22,97% do total das unidades industriais e com
11,93% de todo o pessoal ocupado no ramo industrial, sendo a segunda maior
participação nestes dois itens. Vale lembrar que este segmento é intensivo em
mão-de-obra, contribuindo significativamente na geração de empregos no
Estado.
Equipe
Técnica:
Dinamar
Maria Ferreira Marques
Lucelena
de Fátima Melo
Marcos
Fernando Arriel
Â