Indústria goiana volta a crescer em junho, expansão de 2,4%.


De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana (de transformação e extrativa mineral) recuou 2,3% no mês de junho, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal. Essa queda praticamente anulou o avanço ocorrido no mês de maio (+2,6%). Em nível regional, houve melhora no indicador. Das quatorze localidades pesquisadas, dez assinalaram expansão, merecendo destaque as indústrias do Rio de Janeiro (2,2%) e de São Paulo (2,2%), importantes para a indústria nacional. Goiás, neste tipo de confronto, apresentou a segunda maior queda, antecedido por amazonas (-2,2%) e Minas Gerais (-0,8%), seguido pelo Paraná (-3,0%). Porém, no resultado para a média brasileira houve aumento de 1,9%.

Na comparação junho 2013 / junho 2012, a indústria goiana expandiu 2,4%, revertendo o recuo apresentado no mês de maio de 1,3%. Em relação ao resultado nacional, houve variação positiva de 3,1%. Nos índices regionais, o comportamento de alta prevaleceu em nove localidades (Rio Grande do Sul, Bahia, Rio de Janeiro, Região Nordeste, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Ceará, e Goiás) e cinco apresentaram variações negativas, as mais relevantes neste tipo de comparação foram verificadas nos estados do Pará e Espírito Santo (Tabela1).

Na análise do indicador industrial no primeiro semestre deste ano, Goiás expandiu 2,0%, sendo que a Bahia e o Rio Grande do Sul lideraram o crescimento no período (5,9% e 4,7%, respectivamente). Para o acumulado dos últimos 12 meses, a produção goiana registrou expansão de 0,6%, comparação em que seis localidades apresentaram taxas positivas. Nesta comparação, o Brasil apresentou taxa de 0,2% (Tabela1).

 

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Junho de 2013

Locais

Variação (%)

 

Junho/Maio *

Junho 13 / Junho 12

Acumulado no ano

Acumulado nos últimos 12 meses

 

Brasil

1,9

3,1

1,9

0,2

 

Região Nordeste

1,8

4,4

2,0

1,8

 

Amazonas

-2,2

-0,6

2,2

-3,1

 

Pará

5,9

-7,0

-10,3

-6,5

 

Ceará

1,7

2,4

2,7

0,7

 

Pernambuco

1,5

3,6

0,6

-0,4

 

Bahia

3,1

9,9

5,9

5,9

 

Minas Gerais

-0,8

-1,4

-0,7

1,8

 

Espírito Santo

1,2

-6,0

-9,4

-8,0

 

Rio de Janeiro

2,2

5,2

1,4

-0,8

 

São Paulo

2,9

3,1

2,9

0,5

 

Paraná

-3,0

4,4

0,8

-6,0

 

Santa Catarina

2,9

-0,2

-0,5

-1,5

 

Rio Grande do Sul

3,9

11,8

4,7

-1,1

 

Goiás

-2,3

2,4

2,0

0,6

 

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores  2013.

*Ajustado sazonalmente.

 

 

O Gráfico 1 apresenta o comportamento da média móvel com o índice de base fixa – ambas as comparações com ajuste sazonal. Na passagem de maio para junho, o índice de média móvel trimestral apresentou recuo pelo quarto mês consecutivo, sendo que em junho registrou queda de 0,8%. O índice de base fixa acompanhou o comportamento do índice de média móvel recuando 2,3% em junho, após alta de 2,6% no mês anterior.

 

 

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial goiano avançou 2,4% em junho de 2013, recuperando a perda de -1,3% observada em maio último. O índice acumulado no primeiro semestre deste ano assinalou expansão de 2,0%, com ligeiro ganho de ritmo frente ao índice acumulado até maio de 2013 (1,9%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, foi de 0,6% em junho de 2013, registrando também ganho de ritmo frente ao resultado de maio (-0,1%).

No recorte setorial da indústria goiana – comparação junho de 2013 / junho 2012- três dos cinco ramos investigados sinalizaram crescimento na produção. A principal contribuição positiva sobre o total da indústria foi registrada pelo setor de alimentos e bebidas (3,9%), impulsionado, em grande parte, pelo aumento na fabricação de cervejas, chope, molhos de tomate preparados, maionese e condimentos e temperos. Vale citar também os resultados positivos vindos de minerais não-metálicos (10,0%) e da indústria extrativa (7,7%), explicados, em grande medida, pelos avanços na produção dos itens cimentos “Portland”, no primeiro ramo, e amianto, no segundo. Por outro lado, dois segmentos apresentaram taxas negativas, produtos químicos, com recuo de 2,0%, devido à menor produção de medicamentos e metalurgia básica (-2,7%), pela menor produção de ferro níquel e ferronióbio.

No acumulado nos seis primeiros meses do ano, o setor industrial de Goiás avançou 2,0% frente ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pela maior produção em três dos cinco setores investigados, com destaque para o crescimento de 4,8% da atividade de alimentos e bebidas. Nesse ramo os principais destaques vieram da maior fabricação dos itens maionese, cervejas, chope, molhos de tomate preparados, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e condimentos e temperos. Por outro lado, entre os dois setores que mostraram queda na produção, a principal influência negativa sobre a média global foi registrada por minerais não metálicos (-4,3%), pressionado em grande parte pelo recuo na fabricação de massa de concreto e ladrilhos e placas de cerâmica para revestimento. (Gráfico 2).

 

 

 


 

A produção industrial goiana perdeu ritmo na passagem de maio para junho, na série com ajuste sazonal, porém, na comparação com igual mês do ano anterior, a evolução do índice mensal foi positiva, o aumento de 2,4% na produção industrial decorreu da expansão dos segmentos de alimentos e bebidas, minerais não metálicos e indústria extrativa mineral. Na mesma comparação, o segmento de produtos químicos, o segundo com maior influência na formação da taxa global, perdeu dinamismo.

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Eduiges Romanatto

Juliana Dias Lopes

Marcos Fernando Arriel

Millades de Carvalho Castro

Governo na palma da mão

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