Indústria goiana volta a crescer em abril, 4,5%
Conforme apurado pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), a produção industrial e Goiás teverecuo1,5%, na série com ajuste sazonal, ou seja, na comparação de abril com março de 2018. Nesta mesma comparação o Brasil registrou 0,8% de expansão. Dos quinze locaispesquisados, dez apresentaram resultadospositivos, com destaque para as produções industriais da Bahia (7,0%) e doRio de Janeiro (6,0%), que registraram os maiores avanços. Por outro lado, Pará (-8,1%) e Amazonas (-4,1%) registraram os recuos mais elevados nesse mês.
Na comparação com abril de 2017, na série sem ajuste sazonal, a indústria goiana apresentouexpansão de 4,5%.A indústria nacional registrouaumento de 8,9%. Desta forma,o setor fabril goiano atingiu 1,0% de janeiro a abril de 2018 e 3,9% no acumulado dos últimos 12 meses. A indústria do país apresentou taxas de 4,5% e 3,9% nas mesmas comparações. Vale citar que abril de 2018 (21 dias) teve três dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior (18 dias).Nesse mês, São Paulo (14,8%), Santa Catarina (14,6%), Mato Grosso (14,4%), Amazonas (13,2%) e Paraná (12,8%) assinalaram as expansões mais elevadas. Ainda com taxas positivas e acima da média nacional vieram, Pernambuco (11,7%), Rio Grande do Sul (11,4%) e Rio de Janeiro (9,6%), enquanto Ceará (6,1%), Bahia (5,4%), Minas Gerais (5,4%), Goiás (4,5%) e Região Nordeste (3,5%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção nesse mês. Por outro lado, Espírito Santo (-2,1%) e Pará (-0,7%) foram os locais que apontaram recuos em abril de 2018, os dados estão apresentados na Tabela 1 e nos Gráficos 1, 2, 3 e 4.
Na Tabela 2 é apresentado o desenvolvimento de cada atividade analisada em Goiás e suas respectivas comparações com o Brasil. O principal destaque no volume de produção no mês de abril/18 na indústria goiana foi na atividade deFabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (21,1%), com contribuição de 1,79 pontos percentuais (p.p) para o resultado geral. Essa atividade foi impulsionada positivamente pela maior produção na fabricação de medicamentos. A atividade de Fabricação de produtos de minerais não-metálicos expandiu em volume 19,7%, puxada pelo aumento na fabricação de cimento, elementos pré-fabricados para construção civil, chapas, painéis, telhas, canos, tubos e outros insumos para construção civil. A indústria Alimentícia, com peso de aproximadamente 55,0% teve a maiorcontribuição no índice geral, com 2,80 pontos percentuais, desta forma cresceu em volume 5,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O aumento na fabricação de produtos alimentícios, deu-se principalmente pela expansão naprodução de óleo de soja em bruto, resíduo da extração de soja e carnes de bovinos frescas ou refrigeradas.
Por outro lado, a indústria de Coque, Produtos Derivados do Petróleo e Biocombustíveisexerceu o principal impacto negativono índice geral,-0,85 p.p,em termos de volume de produção, recuou 4,5%, puxada pela menor produção de álcool etílico. Em seguidaveio a atividade de Outros Produtos Químicos, apesar de menor intensidade, impactou negativamente -0,45 p.p e apresentou queda de 16,9% no volume, explicada pela menor produção de adubos ou fertilizantes, superfosfato e outros insumos para produção agrícola.
Entre as atividades,no confronto com igual mês do ano anterior, a indústria brasileira apresentou crescimento expressivo na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (40,6%) e na fabricação de produtos alimentícios (12,0%), que exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria, impulsionadas, em grande parte, pela maior fabricação dos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e autopeças, na primeira; e açúcar cristal, VHP e refinado de cana-de-açúcar, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, biscoitos e bolachas, bombons e chocolates em barras, sorvetes, picolés, café torrado e moído e óleo de soja em bruto, na segunda (Tabela 2).
No confronto com igual mês do ano anterior, a produção industrial goiana voltou a crescer depois de dois meses consecutivo de queda, fevereiro (-1,1%) e março (-1,7%) e com o índice mensal de abril de 2018 de 4,5% acentua-se a magnitude de crescimento frente aos meses anteriores. Mas vale ressaltar que, no resultado desse mês, verifica-se a influência tanto da baixa base de comparação, uma vez que o total da indústria mostrou queda de 7,1% em abril de 2017, como do efeito calendário, já que abril de 2018 teve três dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior. Assim, no índice acumulado do primeiro quadrimestre do ano permanece o comportamento positivo, com destaque para os avanços vindos dos setores associados à produção Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos e Fabricação de produtos alimentícios
Tabela 1 – Indicadores Regionais da Indústria -abril/2018
|
||||
Local
|
Taxa de Variação (%)
|
|||
Com Ajuste Sazonal
|
Sem Ajuste Sazonal
|
|||
Abril 18/ março 18
|
abril 18/ abril 17
|
Acumulado abril 18 *
|
Acumulado 12 meses **
|
|
Brasil
|
0,8
|
8,9
|
4,5
|
3,9
|
Nordeste
|
5,6
|
3,5
|
0,7
|
0,5
|
Amazonas
|
-4,1
|
13,2
|
21,5
|
10,1
|
Pará
|
-8,1
|
-0,7
|
6,8
|
10,2
|
Ceará
|
-1,3
|
6,1
|
4,1
|
4,4
|
Pernambuco
|
2,1
|
11,7
|
3,5
|
-0,2
|
Bahia
|
7,0
|
5,4
|
2,3
|
1,5
|
Minas Gerais
|
4,4
|
5,4
|
-0,8
|
0,4
|
Espírito Santo
|
1,4
|
-2,1
|
-5,0
|
-1,3
|
Rio de Janeiro
|
6,0
|
9,6
|
4,1
|
3,9
|
São Paulo
|
0,3
|
14,8
|
7,7
|
6,6
|
Paraná
|
3,3
|
12,8
|
2,2
|
3,9
|
Santa Catarina
|
1,9
|
14,6
|
7,1
|
5,8
|
Rio Grande do Sul
|
2,2
|
11,4
|
3,4
|
1,4
|
Goiás
|
-1,5
|
4,5
|
1,0
|
3,9
|
Mato Grosso
|
-0,1
|
14,4
|
3,9
|
5,7
|
Fonte: IBGE
Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2018.
*Base: Igual período do ano anterior
**Base: últimos doze meses anteriores
Tabela 2 – Produção Industrial (Goiás e Brasil – Taxa de Crescimento (%) – abril/2018
Atividades
|
Taxa de Variação (%)
|
|||||||
Sem Ajuste Sazonal
|
||||||||
abril 18/ abril 17
|
Acumulado
janeiro-abril 18*
|
Acumulado 12 meses
|
||||||
Brasil
|
||||||||
Indústria Geral
|
8,9
|
4,5
|
3,9
|
|
||||
Indústria Extrativa
|
0,1
|
-2,0
|
0,7
|
|
||||
Indústria de Transformação
|
10,3
|
5,5
|
4,4
|
|
||||
Fabricação de produtos alimentícios
|
12,0
|
4,8
|
4,2
|
|
||||
Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis
|
0,4
|
-4,2
|
-2,5
|
|
||||
Fabricação de outros produtos químicos
|
2,6
|
-0,9
|
0,0
|
|
||||
Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos
|
5,6
|
7,3
|
-2,3
|
|
||||
Fabricação de produtos de minerais não-metálicos
|
3,7
|
0,6
|
-1,0
|
|
||||
Metalurgia
|
7,4
|
8,0
|
5,8
|
|
||||
Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos
|
9,5
|
3,0
|
1,1
|
|
||||
Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias
|
40,6
|
25,2
|
22,5
|
|
||||
Goiás
|
||||||||
Indústria Geral
|
4,5
|
1,0
|
3,9
|
|
||||
Indústria Extrativa
|
-3,4
|
1,6
|
3,0
|
|
||||
Indústria de Transformação
|
5,0
|
0,9
|
4,0
|
|
||||
Fabricação de produtos alimentícios
|
5,4
|
0,8
|
2,0
|
|
||||
Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis
|
-4,5
|
-4,4
|
6,9
|
|
||||
Fabricação de outros produtos químicos
|
-16,9
|
-13,1
|
-8,8
|
|
||||
Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos
|
21,1
|
5,3
|
15,7
|
|
||||
Fabricação de produtos de minerais não-metálicos
|
19,7
|
9,2
|
-6,6
|
|
||||
Metalurgia
|
7,0
|
2,2
|
5,6
|
|
||||
Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos
|
0,6
|
-15,3
|
-14,1
|
|
||||
Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias
|
12,1
|
16,4
|
18,7
|
|
||||
Fonte: IBGE
Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2018.
*Base: Igual período do ano anterior
Quadro 1 – Produtos de maior influência por atividade- Goiás – abril de 2018
|
||||
Atividades de Indústria
|
Abril 2018/ abril 2017
|
Acumulado janeiro-abril
|
||
Descrição do produto
|
Sinal
|
Descrição do produto
|
Sinal
|
|
Indústrias extrativas
|
fosfatos de cálcio naturais, fosfatos aluminocálcicos e cré fosfatado
|
–
|
minérios de cobre em bruto ou beneficiados
|
+
|
amianto em fibras ou em pó
|
–
|
amianto em fibras ou em pó
|
–
|
|
castinas e pedras calcárias
|
+
|
castinas e pedras calcárias
|
+
|
|
minérios de cobre em bruto ou beneficiados
|
+
|
pedras britadas
|
+
|
|
pedras britadas
|
+
|
fosfatos de cálcio naturais, fosfatos aluminocálcicos e cré fosfatado
|
–
|
|
Produtos alimentícios
|
açúcarvhp
|
–
|
milho preparado ou conservado
|
–
|
óleo de soja em bruto
|
+
|
óleo de soja em bruto
|
+
|
|
resíduos da extração de soja
|
+
|
extrato, purês e polpas de tomate
|
+
|
|
leite esterilizado
|
–
|
açúcarvhp
|
–
|
|
carnes de bovinos frescas ou refrigeradas
|
+
|
óleo de soja refinado
|
–
|
|
Coque, Produtos Derivados do
Petróleo e Biocombustíveis
|
álcool etílico
|
–
|
álcool etílico
|
–
|
biodiesel
|
+
|
biodiesel
|
+
|
|
Outros produtos químicos
|
superfosfatos
|
–
|
adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio
|
–
|
fosfatos de monoamônio
|
–
|
adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK)
|
–
|
|
adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio
|
–
|
superfosfatos
|