Indústria Goiana tem o segundo maior crescimento do país, 18,08%.


Em fevereiro de 2008, a produção industrial
brasileira recuou (-0,51%) comparada ao mês de janeiro, na série com ajuste
sazonal, após apurar resultado positivo de (1,74%) no mês de janeiro. A
produção industrial avançou em sete das 14 regiões pesquisadas. Entre os
estados com variação positiva, os maiores destaques estiveram no Ceará (3,49%),
Bahia (2,78%), Região Nordeste (2,74%), Goiás (2,15%), Pará (1,89%), Espírito
Santo (1,03%), Rio Grande do Sul (0,44%), Pernambuco (0,07%) e Santa Catarina
(0,01%). Apresentaram variações negativas, porém abaixo da média nacional, Rio
de Janeiro (-0,92%), São Paulo (-1,48%), Paraná (-1,51%),
Minas Gerais (-1,56%) e Amazonas (-2,36%).

O recuo observado na produção brasileira de (-0,51%), entre
fevereiro e janeiro de 2008, atingiu 13 dos 27 ramos pesquisados e dois das
quatro categorias de uso, com destaque para a pressão negativa vinda de
farmacêutica (-33,22%), resultado que reflete os efeitos de uma paralisação
técnica em importante empresa do setor. Vale citar também os impactos negativos
vindo de alimentos, que recuou (1,77%) após registrar crescimento de (5,97%) no
mês anterior, seguido por bebidas (-3,43%). Entre as atividades com acréscimo
nesse indicador, destacaram-se material eletrônico e equipamentos de
comunicações (14,72%), devolvendo a queda de (-12,59%) registrada no mês
anterior, máquinas e equipamentos (2,04%) e refino d
e petróleo
e produção de álcool (1,18%).

No confronto fevereiro/2008
fevereiro de 2007, os índices regionais da produção industrial mostraram um
quadro positivo em todos os locais pesquisados.
Vale mencionar que em fevereiro de 2008 teve um dia útil a mais que em
igual mês do ano anterior. Nas áreas com crescimento acima da média nacional
(9,71%) destacaram-se em ritmo de expansão: Pernambuco (18,81%), Goiás
(18,08%), amazonas (17,43%), Espírito Santo (16,28%), Pará (13,03%), Região
Nordeste (12,25%), Paraná e Rio Grande do Sul (12,00%), Bahia (11,70%) e Minas
Gerais (10,74%). Somente três localidades apresentaram crescimento abaixo da
média, Rio de Janeiro (8,11%), Santa Catarina (6,70%) e Ceará (6,57%).

No indicador mensal, de
fevereiro 2008 comparado ao mesmo período de 2007, as maiores contribuição vieram
do Estado de Pernambuco (18,81%), a liderança da expansão esteve com alimentos
e bebidas, por conta do aumento da fabricação de açúcar cristal e demerara,
impulsionado pelas melhores condições climáticas na safra 2007/2008. Vale citar
também os impactos positivos de refino de petróleo e produção de álcool e de
metalurgia básica, em virtude, respectivamente, da maior produção de álcool;
chapas e tiras de alumínio e vergalhões de aços ao carbono.

A segunda maior taxa veio
da produção industrial Goiana, que apontou ganhos mais acentuados no mês de
fevereiro (18,08%), sustentado pelo desempenho positivo de quatro dos cinco
ramos pesquisados, particularmente, pela influência do setor de alimentos e
bebidas, produtos químicos e indústria extrativa.

Amazonas, as maiores
contribuições para a formação da taxa global
vieram, sobretudo, de material eletrônico e equipamentos de
comunicações, outros equipamentos de transporte, alimentos e bebidas e edição e
impressão. Os avanços na fabricação de telefones celulares e televisores;
motocicletas e suas peças e acessórios; preparações em xarope para elaboração
de bebidas; e DVD´s foram determinantes para os resultados destes ramos.

Em outras localidades,
como no Pará, na região nordeste e no Espírito Santo, a produção industrial também
aumentou em fevereiro, vale lembrar que essas localidades, como Goiás,
Pernambuco e Amazonas, exercem sobre a indústria brasileira um peso ainda
relativamente pequeno.

Por outro lado a pesquisa mostrou que houve um ligeiro declínio nas
localidades de maior peso industrial do país, a saber, São Paulo, Minas Gerais
e Rio Grande do Sul. A leitura é que não está mudando a rota industrial do país,
pois a indústria paulista ainda permanece na dianteira, ou seja, está crescendo
acima da média nacional. Em fevereiro, repetindo o que já vinha ocorrendo nos
cinco meses anteriores, o crescimento da produção em São Paulo foi de (10,11%),
superou a expansão da indústria em nível nacional (9,71%) na comparação com o
mesmo mês do ano anterior. As localidades promotoras do crescimento industrial
do país vêm mantendo essa dianteira nos últimos meses. É o caso também de Minas
Gerais, que teve aumento da produção de (10,74%) em fevereiro, com destaque
para os setores de extrativa mineral e veículos automotores que responderam por
60% do crescimento. O mesmo vale para o Rio Grande do Sul que cresceu (12,00%)
em fevereiro, impulsionado pelos segmentos de Máquinas e equipamentos, Refino
de petróleo e álcool e Veículos automotores que explicam 2/3 do crescimento.

Gráfico-1- Produção Industrial

Variação mensal – fevereiro 2008
(Base: igual período do ano anterior)

(%)

Fonte: IBGE

Tabela 1

Pesquisa Industrial Mensal Produção Física
Regional – fevereiro/2008

(base: igual período do ano anterior = 100)

Brasil, Região Geográfica e
Unidade da Federação

Mês/mês

Mesmo
mês ano anterior

Acumulado
no ano

Doze
meses

Brasil

-0,51

9,71

9,18

6,85

Nordeste

2,74

12,25

7,66

3,78

Amazonas

-2,36

17,43

17,66

7,45

Pará

1,89

13,03

9,57

2,78

Ceará

3,49

6,57

2,10

0,86

Pernambuco

0,07

18,81

15,58

6,47

Bahia

2,78

11,70

5,70

2,41

Minas
Gerais

-1,56

10,74

10,46

9,53

Espírito
Santo

1,03

16,28

14,07

8,73

Rio de
Janeiro

-0,92

8,11

6,54

3,13

São Paulo

-1,48

10,11

11,49

7,42

Paraná

-1,51

12,00

15,28

8,10

Santa
Catarina

0,01

6,70

4,85

5,74

Rio
Grande do Sul

0,44

12,00

10,46

8,16

Goiás

2,15

18,08

11,79

2,75

Fonte: IBGE.

Em fevereiro de 2008 a atividade industrial
de Goiás, ajustada sazonalmente, cresceu (2,15%) comparada ao mês anterior,
após o avanço de (5,55%) em
janeiro. O
índice de média móvel trimestral assinalou
acréscimo de (1,71%) na passagem do trimestre encerrado em janeiro e fevereiro,
praticamente mantendo a mesma velocidade de crescimento do mês anterior
(1,28%). Na comparação fevereiro 2008/ fevereiro 2007 a produção industrial
goiana variou (18,08%). Já no índice acumulado do ano (11,79%) em doze meses
atingiu (2,75%).

No confronto com
fevereiro de 2007 o crescimento de (18,08%) foi o segundo maior crescimento do país
e a maior taxa desde fevereiro de 2007. O bom desempenho foi sustentado pelos
resultados positivos de quatro dos cinco ramos pesquisados, particularmente,
pela influência do setor de alimentos e bebidas (18,06%) no cômputo geral,
principalmente pelo aumento nos itens maionese e leite em pó. Vale destacar
também as contribuições vindas de produtos químicos (41,01%) e da indústria
extrativa (14,15%), sobressaindo nestes segmentos; adubos ou fertilizantes;
amianto e pedras britadas, respectivamente. Em sentido contrário, metalurgia
básica (-0,85%) foi o único impacto negativo, sobretudo devido à queda na
fabricação de ouro em barras.

No indicador acumulado no ano, o aumento de (11,79%)
foi apoiado nos avanços de três atividades, com destaque para alimentos e
bebidas (11,86%), produtos químicos (20,70%) e extrativa (23,75%), sobretudo
devido aos acréscimos dos produtos: maionese, leite em pó; adubos ou
fertilizantes, medicamentos; amianto, pedras britadas. Por outro lado,
sobressaiu a pressão negativa de metalurgia básica (-4,53%) com a menor
produção de ouro em barras.

O dinamismo da indústria
Goiana em fevereiro foi particularmente influenciado por fatores relacionados à
recuperação do setor agrícola, sobretudo a maior produção e adubos ou
fertilizantes e ao desempenho positivo das commodities exportadas e a
maior produção de medicamentos, principalmente genéricos.

Gráfico- 2

Goiás – Produção Industrial

Variação mensal – fevereiro 2008

(Base: igual período do ano anterior)

(%)

Fonte: IBGE

Tabela 2

Estado de Goiás: Pesquisa Industrial Mensal
Produção Física – fevereiro/2008

(Base: Igual período do ano anterior =100)

Segmentos

Mensal

Acumulado no ano

Últimos 12 meses

Indústria
geral

18,08

11,79

2,75

Indústria extrativa

14,15

23,75

10,07

Indústria de transformação

18,48

10,78

2,14

Alimentos e bebidas

18,06

11,86

2,21

Produtos químicos

41,01

20,70

1,16

Minerais não metálicos

2,67

-0,56

7,59

Metalurgia básica

-0,85

-4,53

-0,85

Fonte: IBGE.

Equipe
de Conjuntura da Seplan:

Dinamar Ferreira Marques

Marcos Fernando Arriel

Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha

Governo na palma da mão

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