Indústria Goiana tem o segundo maior crescimento do país.


De março para abril, o indicador
de atividade industrial ajustado sazonalmente, registrou variação positiva de
(0,23%), ante (0,57%) no mês anterior. Os índices regionais mostraram
crescimento frente a março em seis dos quatorze locais pesquisados, com
destaque para Goiás (3,63%), que teve a maior taxa, seguido por Bahia (1,63%),
Santa Catarina (0,88%), São Paulo (0,64%) e Minas Gerais (0,37%), juntos
completaram o conjunto de locais com taxas acima da média (0,23%). Amazonas com
(0,06%), com taxa positiva, porém abaixo da média. Por outro lado, Espírito
Santo (-0,29%), Região Nordeste (-0,88%), Paraná (-0,98%), Rio Grande do Sul
(-1,13%), Pará (-2,52%), Rio de Janeiro (-3,54%), Ceará (-7,66%) e Pernambuco
(-8,42%), foram os locais que apresentam recuo neste indicador.

O acréscimo de (0,23%) na produção industrial
brasileira, observado na passagem de fevereiro para março, foi acompanhado por
dezessete dos vinte e sete ramos pesquisados.
Entre
as indústrias que aumentaram a produção, o desempenho de maior importância
para o resultado global veio de refino de petróleo e produção de álcool que
recuperou, em parte, o recuo do mês anterior, por conta de uma parada técnica
em uma unidade do setor. Vale destacar também o bom desempenho da indústria
farmacêutica, veículos automotores e alimentos.

Na
comparação abril/2008 abril/2007, os índices regionais da produção
industrial apresentaram um quadro positivo em quase todas as localidades, treze
dos quatorze locais pesquisados. Vale ressaltar o fato de que há um dia útil a
mais em abril de 2008 em relação ao mesmo mês do ano passado. Entre as áreas
com taxas positivas, destacaram-se: Espírito Santo (21,99%), Goiás (15,81%), São
Paulo (14,87%) e Bahia (12,31%), com avanços a dois dígitos e acima da média
nacional. Santa Catarina (9,89%), Paraná (9,70%) e Nordeste (9,59%) assinalaram
taxas bem próximas à média nacional. Também com resultados positivos, porém
abaixo do crescimento do país, figuram: Rio Grande do Sul (7,48%), Minas Gerais
(6,86%), Ceará (6,61%), Pernambuco (2,95%), Amazonas (2,60%) e Pará (2,60%). O
único local que apresentou queda nesse tipo de comparação foi o Rio de
Janeiro (-2,83%).

O
indicador mensal da indústria Capixaba vem mostrando expansão de dois dígitos
desde novembro de 2007, em abril do corrente ano avançou (21,99%), apoiado no
avanço das cinco atividades pesquisadas. A indústria extrativa apresentou a
maior taxa desde março de 2007, devido à produção de minérios de ferro e gás
natural. Em seguida, destacaram-se metalurgia básica, alimentos e bebidas e
celulose e papel, influenciados em grande parte pelos aumentos de lingotes,
blocos, tarugos ou placas de aços; bombons; e celulose.

Goiás
apresentou a segunda maior taxa (15,81%) na comparação abril 08/ abril 07, com
quatro das cinco atividades com desempenhos positivos. A maior contribuição
positiva na formação da taxa global veio de alimentos e bebidas. Em menor
medida, sobressaíram os impactos de produtos químicos e da indústria
extrativa.

Em São Paulo, a produção industrial em relação a abril
de 2007 registrou crescimento de (14,87%), décima sexta taxa positiva
consecutiva e o maior resultado desde setembro de 2004 (15,23%). Observou-se o
predomínio de resultados positivos, que alcançaram dezesseis das vinte
atividades pesquisadas, com destaque para veículos automotores, farmacêutica,
máquinas e equipamentos, outros equipamentos de transporte, material eletrônico
e equipamentos de comunicações.

Com
os dados da pesquisa de abril da indústria regional, é possível identificar
certas tendências da evolução da indústria nos quatro primeiros meses do
ano, período que poderá revelar o comportamento em 2008. Duas dessas tendências
devem ser destacadas por sua relevância no contexto regional brasileiro. A
primeira é quanto ao desempenho do setor industrial do Nordeste. Em
2007, a

região cresceu muito aquém da média brasileira, em cerca de metade (3,13%)
contra uma média nacional de (6,02%), mas, nos quatro primeiros meses deste ano
com relação ao mesmo período de 2007, sua evolução se acelerou
expressivamente, registrando (6,77%) diante de uma média para o país como um
todo de (7,31%).

A
outra tendência é a confirmação de São Paulo como estado líder do setor
industrial brasileiro, o que começou a ser delineado a partir de meados do ano
passado. No acumulado deste ano, o crescimento da indústria paulista de
(10,56%) foi suplantado por outros estados, como Espírito Santo, (16,26%); Goiás,
(11,34%) e Pernambuco, (11,23%), mas foi o estado que mais influenciou o
resultado global brasileiro (7,31%). A liderança de São Paulo resulta da
generalização do crescimento industrial brasileiro para praticamente todos os
segmentos industriais, devido esse estado ter a indústria mais diversificado do
país ele se beneficiou desse processo em maior escala do que outros centros
industriais.

 

 

 

Tabela
1

Pesquisa
Industrial Mensal Produção Física Regional – abril/2008

(base:
igual período do ano anterior = 100)

Brasil,
Região Geográfica e Unidade da Federação

Mês/mês

Mesmo
mês ano anterior

Acumulado
no ano

Doze
meses

Brasil

0,23

10,05

7,31

6,95

Nordeste

-0,88

9,59

6,77

4,80

Amazonas

0,06

2,60

9,28

7,84

Pará

-2,52

2,60

6,65

3,14

Ceará

-7,66

6,61

5,17

2,98

Pernambuco

-8,42

2,95

11,23

6,49

Bahia

1,63

12,31

5,79

4,02

Minas
Gerais

0,37

6,86

7,22

8,73

Espírito
Santo

-0,29

21,99

16,26

11,02

Rio
de Janeiro

-3,54

-2,83

2,37

2,16

São
Paulo

0,64

14,87

10,56

8,41

Paraná

-0,98

9,70

10,08

7,04

Santa
Catarina

0,88

9,89

4,11

5,45

Rio
Grande do Sul

-1,13

7,48

6,49

6,78

Goiás

3,63

15,81

11,34

4,57

Fonte:
IBGE.

 

Em
abril de
2008 a

atividade industrial de Goiás expandiu (3,63%) na comparação com a  série
livre de influências sazonais, após recuar de (-5,97%) em março. O índice de média móvel trimestral praticamente ficou estável (1,00%), entre
os trimestres encerrados em abril e março, após seqüência de sete resultados
positivos, período em que acumulou ganho de (9,63%). Na comparação março
2008/ março
2007 a

produção industrial goiana variou (15,81%), no acumulado do ano (11,34%) em
doze meses atingiu (4,57%).

Com
a expansão de (15,81%) em abril, a indústria goiana confirma uma trajetória
de crescimento em sua produção neste ano de 2008. Em janeiro expandiu (6,64%),
fevereiro (18,72%) e março (5,32%). O índice de abril foi 2,46 pontos
percentuais inferior ao registrado em janeiro (18,27%) do ano passado, quando a
produção industrial bateu recorde histórico.

O
avanço de (15,81%) na indústria goiana foi influenciado pelos resultados
positivos em quatro dos cinco segmentos pesquisados. A maior contribuição
positiva na formação da taxa global veio de alimentos e bebidas (16,98%),
impulsionado, sobretudo pela maior fabricação de maionese e leite em pó. Em menor medida, sobressaíram os impactos de produtos químicos (42,55%) e da indústria
extrativa (17,97%), com destaque para a fabricação de medicamentos, sabões e
amianto. Por outro lado, a única pressão negativa veio da metalurgia básica
(-9,87%), com os decréscimos de ferronióbio e ferroníquel.

O
índice acumulado no primeiro quadrimestre do ano mostrou expansão de (11,34%),
com quatro setores apontando taxas positivas. O principal impacto sobre a média
global veio de alimentos e bebidas (11,84%), seguido por produtos químicos
(21,98%) e indústria extrativa (19,42%), onde foram determinantes os avanços
na produção de maionese; medicamentos, adubos, fertilizantes e amianto. Em
sentido contrário, metalurgia básica (-7,01%) foi o único segmento com queda
na produção. Ainda nessa comparação, na análise por quadrimestres, a produção
prossegue em trajetória ascendente desde o terceiro quadrimestre de 2007 e a
expansão de (11,34%) no primeiro quadrimestre de 2008, representa quase três
vezes a taxa de expansão do mesmo período do ano passado (4,08%).

A
produção goiana em abril registrou a segunda maior taxa positiva entre as
localidades pesquisadas, impulsionada pela maior produção de alimentos e
bebidas, reflexos do bom momento da agricultura, e produtos químicos, este
explicado pelo aumento das importações de insumos básicos utilizados na
fabricação de medicamentos. A queda do dólar contribuiu decisivamente para o
aumento da produção desse setor, por se tratar de uma atividade que importa
grande parte de sua matéria prima.

 

 

 

Tabela
2

Estado
de Goiás: Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – abril/2008

(Base:
Igual período do ano anterior =100)

Segmentos

Mensal

Acumulado
no ano

Últimos
12 meses

Indústria
geral

15,81

11,34

2,75

Indústria
extrativa

17,97

19,42

10,07

Indústria
de transformação

15,61

10,61

2,14

 
     
Alimentos e bebidas

16,98

11,84

2,21

Produtos
químicos

42,55

21,98

1,16

Minerais
não metálicos

4,49

1,64

7,59

Metalurgia
básica

-9,87

-7,01

-0,85

 Fonte:
IBGE.

 

Equipe
de Conjuntura da Seplan:

Dinamar
Ferreira Marques

Marcos
Fernando Arriel

Maria
de Fátima Mendonça Faleiro Rocha

Governo na palma da mão

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