No indicador mensal, o aumento de 10,9% pode ser explicado em grande parte pela pressão positiva vinda de produtos químicos (108,3%), influenciado não só pela maior produção de medicamentos, por conta de encomendas especiais, mas também em função de baixa base de comparação. Vale destacar também os resultados positivos vindos de metalurgia básica (20,6%) e de minerais não metálicos (14,8%), por conta da maior produção de ferronióbio e ferroníquel, no primeiro ramo, e cimento no segundo. Em contrapartida, alimentos e bebidas (-6,0%) assinalou o principal impacto negativo, influenciado em grande parte pela queda nos itens farinhas e “pellets” de soja, carnes de bovinos e leite em pó. (tabela1)

O índice acumulado no ano recuou 0,5%, com taxas negativas em duas das cinco atividades pesquisadas. O principal impacto negativo veio de alimentos e bebidas (-4,3%), pressionado pelas reduções nos itens leite em pó e abate de bovino. Em contrapartida, o destaque positivo ficou com produtos químicos (18,0%), impulsionado principalmente pela maior produção de medicamentos. (tabela1)

A indústria goiana em novembro de 2009 comparada ao mês anterior, na série com ajuste sazonal sobressaiu no cenário nacional registrando uma taxa positiva de 11,6%, a maior taxa entre as localidades pesquisadas. Na comparação novembro/09 com novembro/08 a indústria teve o segundo maior avanço, de 10,9%, o dobro da média nacional, que foi de 5,1%, perdendo apenas para o Espírito Santo, que cresceu 21,3%. O segmento de produtos químicos voltou a crescer a taxas bastante elevadas, impulsionado pela forte demanda do mercado interno, principalmente por medicamentos. A segunda maior taxa veio de metalurgia básica provocada pelo aumento nas exportações de ferronióbio e ferroníquel, devido à recuperação da economia mundial. Minerais não metálicos também teve crescimento expressivo em função da maior demanda do setor da construção civil, principalmente do insumo básico cimento.

Os indicadores industriais de Goiás apontam que o foco das empresas do Estado é mais o mercado interno, que foi menos afetado pela crise financeira que abalou a economia mundial, a partir de setembro de 2008 até meados do ano passado. O movimento da produção industrial goiana no mês de novembro colabora para a manutenção de um cenário positivo em dezembro, levando a crer que fechará o ano de 2009 com taxa positiva. No acumulado do ano até novembro, embora a produção industrial de Goiás ainda tenha registrado índice negativo de -0,5% foi a menor queda entre todos os 14 locais pesquisados. Na média nacional a produção industrial teve recuo de 9,3%.

(%)
Segmentos	Mensal	Acumulado no ano	Últimos 12 meses
Indústria geral	10,85	-0,49	-0,33
Indústria extrativa	-0,40	-0,20	-0,22
Indústria de transformação	11,91	-0,52	-0,34
Alimentos e bebidas	-6,02	-4,32	-3,87
Produtos químicos	108,28	18,01	16,25
Minerais não metálicos	14,74	1,15	2,18
Metalurgia básica	20,64	2,39	2,81
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria