Indústria goiana registra crescimento de 31,6%, maior desde o início da série em 2002
Conforme dados da Pesquisa Mensal da Indústria/IBGE, a produção industrial brasileira teve um avanço de 1,5% entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, na série com ajuste sazonal. Este resultado foi impulsionado pelo acréscimo na produção de sete dos catorze locais pesquisados. Nessa comparação, os destaques positivos foram: Pernambuco (11,1%), Goiás (8,3%), Rio de Janeiro (2,3%), São Paulo (2,2%) e Minas Gerais (2,0%), que registraram aumentos superiores ao da média nacional. Ainda registrando taxas positivas ficaram: Pará (1,3%) e região Nordeste (0,8%). As demais regiões, com redução da produção industrial, tiveram o seguinte desempenho: Rio Grande do Sul (-5,3%), Amazonas (-3,9%), Bahia (-2,3%), Paraná (-1,8%), Santa Catarina (-1,1%), Ceará (-1,0%) e, em menor medida, Espírito Santo (-0,4%).
Na comparação com fevereiro de
Em fevereiro de
No confronto com fevereiro de
No indicador acumulado para o primeiro bimestre de 2010, o setor industrial de Goiás avançou 25,7%, resultado bastante superior ao obtido no quarto trimestre de 2009 (4,4%), ambas as comparações com igual período do ano anterior. Nos dois primeiros meses do ano todos os ramos pesquisados também assinalaram expansão, com destaque para produtos químicos (165,6%), que exerceu o principal impacto positivo, impulsionado, também neste confronto, pela maior produção de medicamentos. Vale destacar, ainda, o setor de alimentos e bebidas, com expansão de 9,1%, influenciado, principalmente, pela maior fabricação de refrigerantes.
Os resultados divulgados pelo IBGE para a produção industrial goiana foram os melhores desde o início da série histórica em 2002, reforçando a perspectiva de retomada dos investimentos e o dinamismo do mercado consumidor interno e externo. Todos os segmentos apresentaram taxas positivas acima de dois dígitos, exceto o da extrativa mineral, com 5,35%. As indústrias de medicamentos e de alimentos, as de maior peso na formação da taxa global, iniciaram o ano de 2010 em ritmo de produção bastante acelerado, recuperando as perdas do fim de 2008 e início de 2009.
O segmento de produtos químicos chama a atenção, cresce há quatro meses consecutivos a uma taxa média de 145,4%. Este crescimento foi devido ao aumento da demanda por medicamentos, tanto no mercado interno quanto no externo. Este setor foi bastante afetado pela crise financeira no início de 2009, o setor voltou a investir, sinalizando que a crise ficou para trás. O Estado de Goiás conta atualmente com 23 indústrias de medicamentos, se posicionando como o terceiro maior polo farmacêutico do País e o segundo maior produtor
Tabela 1
Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – fevereiro/2010
(Base: Igual período do ano anterior =100)
(%) |
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Segmentos |
Mensal |
Acumulado no ano |
Últimos 12 meses |
Indústria geral |
31,64 |
25,68 |
5,15 |
Indústria extrativa |
5,35 |
2,65 |
0,28 |
Indústria de transformação |
34,42 |
28,18 |
5,61 |
Alimentos e bebidas |
16,32 |
9,10 |
-3,03 |
Produtos químicos |
190,14 |
165,59 |
55,66 |
Minerais não metálicos |
19,54 |
20,14 |
4,45 |
Metalurgia básica |
14,91 |
13,80 |
9,19 |
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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
Equipe de Conjuntura da Seplan:
Dinamar Ferreira Marques
Marcos Fernando Arriel
Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha
Lucelena Fátima de Melo
Rafael Marques de Camargos
Daniela Vieira de Oliveira
Eduiges Romanatto