Indústria goiana registra crescimento de 19,8%, maior desde dezembro de 2004.
A produção industrial goiana começou o ano de 2010 num ritmo acelerado de produção, com crescimento de 2,2% na comparação com dezembro último, após recuar 3% no mês anterior. O índice de média móvel trimestral apontou expansão de 3,4% na passagem dos trimestres encerrados em dezembro e janeiro, após queda de 0,8% em dezembro de 2009. Na comparação com janeiro do ano passado, o avanço foi de 19,8%. Esses índices foram bem superiores ao da média nacional. A alta em Goiás foi puxada pela indústria de produtos químicos, principalmente de medicamos e de adubos/fertilizantes.
Gráfico 1
Produção Industrial – Goiás
Índices de Base Fixa (2002=100)
Série com Ajuste Sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
Em relação a janeiro de 2009, o setor industrial goiano apresentou expansão de 19,8%, acelerando frente ao resultado do último trimestre de 2009 (4,4%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, cresceu 2,1%, foi o único resultado positivo entre os locais investigados, e ganhou ritmo frente ao fechamento de 2009 (0,2%).
No confronto com janeiro do ano passado, a indústria geral cresceu 19,8%, terceiro resultado positivo consecutivo, apoiado principalmente na indústria de transformação (22,0%), uma vez que o setor extrativo (0,1%) fica praticamente estável. No primeiro segmento, todas as atividades assinalaram taxas positivas, com destaque para produtos químicos (145,3%), refletindo em grande parte o aumento na produção de medicamentos e adubos ou fertilizantes. (tabela1)
Os dados divulgados pelo IBGE para a produção industrial goiana permitem traçar um perfil dos setores industriais do estado, no que diz respeito à distância que cada um deles guarda com relação aos níveis de produção do período pré-crise. Observa-se que o avanço de 19,8% foi o maior crescimento desde dezembro de 2004. Pode-se afirmar que esse resultado reflete as particularidades regionais e a dinâmica de alguns setores, tais como a química e a de minerais não metálicos. Um indicador disso foi o resultado apurado pela pesquisa, com aumento de 145,3%, para a produção de medicamentos e adubos e fertilizantes. Este crescimento foi devido ao crescimento da demanda por medicamentos, tanto no mercado interno quanto no externo. Em 2010 a indústria farmacêutica começou a exportar para o Chile e ampliou as vendas para Angola, sem contar ao aumento nas vendas de medicamentos para as prefeituras para o combate a dengue.
Tabela 1
Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – janeiro/2010
(Base: Igual período do ano anterior =100)
(%)
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Segmentos
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Mensal
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Acumulado no ano
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Últimos 12 meses
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Indústria geral
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19,78
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19,78
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2,12
|
Indústria extrativa
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0,05
|
0,05
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-0,26
|
Indústria de transformação
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21,97
|
21,97
|
2,34
|
Alimentos e bebidas
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1,54
|
1,54
|
-4,49
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Produtos químicos
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145,33
|
145,33
|
38,49
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Minerais não metálicos
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22,77
|
22,77
|
3,17
|
Metalurgia básica
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12,46
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12,46
|
6,87
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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
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Equipe de Conjuntura da Seplan:
Dinamar Ferreira Marques
Marcos Fernando Arriel
Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha
Lucelena Fátima de Melo
Rafael Marques de Camargos
Daniela Vieira de Oliveira
Eduiges Romanatto
Dinamar Ferreira Marques
Marcos Fernando Arriel
Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha
Lucelena Fátima de Melo
Rafael Marques de Camargos
Daniela Vieira de Oliveira
Eduiges Romanatto