Indústria goiana registra a segunda maior taxa no país, 7,4%
Conforme os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria goiana (de transformação e extrativa mineral) apresentou queda de 0,1%, no comparativo de novembro/14 com outubro/2014, – série com ajuste sazonal. Nessa mesma base de comparação, a produção nacional também diminuiu 0,7%, sendo que seis locais pesquisados com variações positivas, com destaque para os Estados de Pernambuco com 5,3%, Rio de Janeiro com 2,5% e Espírito Santo com 1,7%. Outras sete localidades apresentaram queda, as mais acentuadas ocorreram no Amazonas (-4,0%), Minas Gerais (-2,6%) e São Paulo (-2,3%), vide Tabela 1.
Na comparação novembro 14 / novembro 13, a indústria de Goiás expandiu 7,4%, o segundo maior crescimento entre as unidades da federação. O Estado do Espírito Santo liderou o crescimento industrial com 11,6%, explicado pelo impulso advindo do setor extrativo, especialmente de minérios de ferro pelotizado e óleos brutos de petróleo. A maior queda entre as unidades pesquisadas foi verificada no Estado do Amazonas (-16,9%), pressionado pela queda na produção dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos. No confronto de novembro/14 com novembro/13, onze municípios registraram queda na produção, ao passo que somente quatro tiveram variação positiva, conforme Tabela 1.
Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria |
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Resultados Regionais – Novembro de 2014 |
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Locais |
Variação (%) |
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Novembro/Outubro* |
Novembro14 / Novembro 13 |
Acumulado no ano |
Acumulado nos últimos 12 meses |
|
Brasil |
-0,7 |
-5,7 |
-3,2 |
-3,2 |
Nordeste |
1,0 |
-0,9 |
0,0 |
-0,1 |
Amazonas |
-4,0 |
-16,9 |
-3,8 |
-3,1 |
Pará |
0,8 |
7,0 |
8,8 |
8,6 |
Ceará |
-1,2 |
-6,8 |
-3,2 |
-2,6 |
Pernambuco |
5,3 |
-2,2 |
1,1 |
1,5 |
Bahia |
0,6 |
-0,5 |
-2,9 |
-2,9 |
Minas Gerais |
-2,6 |
-8,5 |
-2,8 |
-3,2 |
Espírito Santo |
1,7 |
11,6 |
5,0 |
4,3 |
Rio de Janeiro |
2,5 |
-3,6 |
-3,2 |
-3,1 |
São Paulo |
-2,3 |
-9,9 |
-6,0 |
-5,9 |
Paraná |
0,9 |
-8,0 |
-6,2 |
-5,9 |
Santa Catarina |
-1,9 |
-3,5 |
-2,0 |
-2,2 |
Rio Grande do Sul |
-0,9 |
-6,5 |
-4,8 |
-4,4 |
Mato Grosso |
0,0 |
6,2 |
2,8 |
3,6 |
Goiás |
-0,1 |
7,4 |
2,3 |
3,6 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. |
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*Ajustado sazonalmente. |
O Gráfico 1 apresenta o comportamento da média móvel e do índice de base fixa, ambas as comparações com ajuste sazonal. Nesse gráfico é possível verificar as oscilações na produção industrial, sendo em 2014, o comportamento do mês de novembro foi de ascensão, diferente do registrado em 2013, índice de base fixa. No índice de média móvel trimestral, nota-se a tendência de estabilização, face o crescimento iniciado em março de 2014.
O setor industrial goiano teve crescimento de 7,4% em novembro, segunda maior taxa positiva consecutiva neste tipo de confronto. No indicador acumulado de janeiro a novembro deste ano houve variação de 2,3%, já no índice acumulado nos últimos doze meses, a expansão foi de 3,6%.
No recorte setorial, comparação de novembro/14 com novembro/13, a indústria de transformação goiana expandiu 8,6%, maior variação positiva do ano. Os setores relevantes que tiveram destaque no crescimento foram: produtos alimentícios (13,4%), impulsionado pela maior produção de tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e também pela base baixa de comparação; fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (15,9%), devido à maior produção de automóveis e a sinalização de elevação do Imposto Sobre Produto Industrializado (IPI); fabricação de coque, de produtos derivados de petróleo e de biocombustíveis (13,2%), pela maior produção de álcool etílico e biodiesel influenciado pela elevação nos combustíveis concorrentes. Por outro lado, o setor de produtos farmoquímicos e farmacêuticos recuaram 18,6%, devido à menor fabricação de medicamentos.
No acumulado de 2014, os setores que mais contribuíram para a taxa global foram de produtos alimentícios (4,0%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (9,2%) e fabricação de outros produtos químicos (10,5%), conforme Gráfico 3.