Indústria goiana reduz ritmo de crescimento


A pesquisa da produção industrial regional
realizada pelo IBGE apresentou expansão em dez dos quatorze locais pesquisados
em abril de 2007, comparada ao mesmo mês do ano anterior. Cinco localidades
apresentaram taxas acima da média nacional (5,95%),  Rio Grande do Sul (16,05%), Paraná (13,24%), Minas Gerais
(9,71%), Santa Catarina (8,72%) e Pernambuco (6,46%). Os principais destaques
positivos abaixo da média brasileira foram: São Paulo (4,71%), Rio de Janeiro
(4,52%), Amazonas (3,55%), Espírito Santo (2,14%) e Pará (1,32%). Por outro
lado apresentaram recuo: Bahia (- 6,71%), Goiás (-3,09%), Região Nordeste
(-1,91%) e Ceará (-0,63%).

O resultado no conjunto da indústria revelou
que os estados da Região Sul saíram de uma prolongada fase de retração
industrial, contribuindo significativamente para o desempenho da indústria
nacional. Importante ressaltar que os segmentos que cresceram não foram os
tradicionais setores como vestuário, calçados e sim aqueles ligados ao
dinamismo do agronegócio, tais como alimentos, máquinas e equipamentos e veículos.

Por outro lado os estados da Região Nordeste,
principalmente Bahia e Ceará recuaram, fato explicado, sobretudo, à
performance negativa dos setores têxtil, de refino de petróleo e produção de
álcool. É importante destacar que nestes Estados analisados, o setor de
alimentos registrou taxas positivas, evitando uma maior queda na taxa global.

Os dados regionais da indústria brasileira
confirmaram uma acomodação em abril, inclusive em São Paulo (4,71%), que
responde por cerca de 40% da produção nacional. As principais exceções estão
nos bons desempenhos dos Estados da Região Sul que, impulsionados pela recuperação
do setor agrícola, apresentaram os melhores resultados da pesquisa.

 

Tabela
1

Pesquisa
Industrial Mensal Produção Física Regional – abril –2007

(base:
igual período do ano anterior = 100)

Brasil,
Região Geográfica e Unidade da Federação

Indústria
Geral

Indústria
Extrativa

Indústria
de Transformação

Alimentos
e Bebidas

Indústria
Química

Minerais
Não Metálicos

 Metalurgia Básica

Brasil

5,95

5,60

5,97

9,76

7,19

Nordeste

-1,91

-3,00

-1,82

7,78

-2,61

10,92

3,16

Amazonas

3,55

-8,65

3,89

34,81

-33,28

Pará

1,32

17,17

-10,06

-25,45

5,89

-5,23

Ceará

-0,63

-0,63

13,84

-2,71

28,42

50,12

Pernambuco

6,46

6,46

-0,48

31,16

7,69

8,04

Bahia

-6,71

0,16

-7,08

1,70

-4,98

11,88

-3,78

Minas Gerais

9,71

11,49

9,37

-3,24

2,96

Espírito Santo

2,14

9,16

-0,71

7,81

3,26

-6,78

Rio de Janeiro

4,52

-3,61

6,58

1,70

28,59

São Paulo

4,71

4,71

13,82

6,00

Paraná

13,24

13,24

47,48

Santa Catarina

8,72

8,72

-1,47

-1,55

Rio Grande do Sul

16,05

16,05

-6,73

Goiás

-3,09

14,80

-4,56

-4,06

-29,22

22,96

6,53

Fonte:
IBGE

 

 

O resultado da produção industrial goiana no
mês de abril de 2007, na comparação com o mesmo período do ano passado
assinalou queda, interrompendo uma trajetória de seis meses de taxas positivas.
Este comportamento é explicado pelo recuo da indústria de transformação (-4,56%),
uma vez que a indústria extrativa cresceu 14,80%. Este último segmento foi impulsionado
pela maior produção de amianto. Na indústria de transformação, as
principais contribuições negativas vieram de produtos químicos (-29,22%) e de
alimentos e bebidas (-4,06%).

O primeiro setor sofreu pressão, sobretudo
por medicamentos e sabões. Este  resultado
foi atribuído ao aumento das importações de medicamentos de outros países,
devido à valorização do real frente ao dólar.

No ramo de alimentos e bebidas, leite em pó e
molhos de tomates foram os responsáveis pelo recuo do segmento, motivado pelo
período da entressafra. Por outro lado, o impacto positivo mais relevante veio
de minerais não-metálicos (22,96%), impulsionado pela maior produção de
cimento.

No acumulado do primeiro quadrimestre do ano,
a indústria goiana cresceu (3,99%), índice ligeiramente inferior à média nacional
do período, de (4,33%). Nos primeiros quatro meses de 2007 o destaque de Goiás
foi a indústria extrativa, que teve avanço de (20,48%) impulsionado pela produção
de amianto. Produtos químicos tiveram taxa de (9,50%), e minerais não-metálicos
(9,49%), enquanto  metalurgia básica
teve  elevação no período 
de (3,54%).

Tabela
2

Estado
de Goiás: Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – abril –2007

(Base:
Igual período do ano anterior =100)

Segmentos

Mensal

Acumulado
no ano

Últimos
12 meses

Indústria geral

-3,09

3,99

3,71

Indústria extrativa

14,80


20,48

9,89

Indústria de transformação

-4,56

2,72

3,22

      
Alimentos e bebidas

-4,06

0,88

1,39

Produtos químicos

-29,22

9,50

14,32

Minerais não metálicos

22,96

9,49

2,57

Metalurgia básica

6,53

3,54

3,92

Fonte:
IBGE

 

Equipe
de Conjuntura da Seplan:


Dinamar
Ferreira Marques


Marcos
Fernando Arriel


Maria
de Fátima Mendonça Faleiro Rocha


 

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