Indústria goiana recuou em outubro interrompendo ciclo de crescimento.


Em outubro, a indústria do Goiás recuou 10,3% frente a setembro, na série livre dos efeitos sazonais, após aumento de 2,2% no mês anterior. Com isso, o índice de média móvel trimestral apontou perda de 5,0% e interrompeu seis meses de taxas positivas, período em que acumulou 11,1% de expansão. Na comparação com outubro do ano passado, o setor industrial recuou 5,8%. Nos demais confrontos, os resultados foram os seguintes: -1,7% no acumulado no ano e -1,4% no acumulado nos últimos doze meses, ambos acentuando o ritmo de queda frente ao mês anterior (respectivamente -1,1% e -0,5%).

 

 

 

O crescimento de 5,8% da indústria goiana em outubro pode ser explicado em grande medida pelo impacto negativo vindo de alimentos e bebidas (-7,5%) e produtos químicos (-18,2%), pressionados pela redução na fabricação dos itens abate de bovinos e refrigerantes, no primeiro ramo, e medicamentos no segundo. Em contrapartida, metalurgia básica (30,9%) exerceu o principal impacto positivo, impulsionado principalmente pela maior produção de ferroníquel e ferronióbio.

O índice acumulado no ano recuou 1,7%, com taxas negativas em três das cinco atividades pesquisadas. A principal contribuição negativa sobre a média global veio de alimentos e bebidas (-4,2%), pressionado em grande parte pela menor fabricação de leite em pó e abate de bovinos. Por outro lado, produtos químicos (9,4%) assinalou o maior impacto positivo, por conta do avanço na fabricação de medicamentos. (tabela1)

 

 

A indústria goiana em outubro de 2009 comparada a outubro do ano passado recuou, depois de quatro meses consecutivos de alta.  A queda de 5,8% foi influenciada em grande medida pela queda na produção de produtos químicos e alimentos e bebidas, os dois segmentos com maior peso na formação da taxa global. O primeiro é explicado pela falta de matéria-prima, desde setembro, os fornecedores nacionais e estrangeiros de insumo não estão conseguindo atender a demanda das empresas. Vale lembrar que a indústria química goiana interrompeu um movimento de alta, desde junho de 2009, vinha trabalhando a todo vapor, para atender a forte demanda, principalmente do mercado interno. A segunda queda foi provocada pelo recuo nas exportações, principalmente de carne bovina, devido à recessão da economia mundial. Por outro lado metalurgia básica teve alta bastante significativa de 30,9%, impulsionada pela maior produção de ferroníquel e ferronióbio, resultado do aquecimento da economia doméstica e também pela retomada das exportações destas commodities. A produção de minerais não metálicos também aumentou em outubro (4,2%), em função da maior demanda do setor da construção civil.

A expectativa é de que a produção industrial goiana reverta essa situação de queda nos próximos meses de novembro e dezembro, pois o segmento de alimentos e bebidas – o de maior peso na formação do índice industrial – tende a crescer bastante nesta época do ano, devido às festividades de final de ano.

 

 

Tabela 1

Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – outubro/2009

(Base: Igual período do ano anterior =100)

(%)

Segmentos

Mensal

Acumulado no ano

Últimos 12 meses

Indústria geral

-5,79

-1,65

-1,39

Indústria extrativa

-1,02

-0,18

0,09

Indústria de transformação

-6,20

-1,79

-1,52

  Alimentos e bebidas

-7,48

-4,22

-3,33

Produtos químicos

-18,18

9,43

6,24

Minerais não metálicos

4,23

-0,23

1,19

Metalurgia básica

30,87

0,75

-0,08

 

 

 

 

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

 

 

 

 

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Equipe de Conjuntura da Seplan:

Dinamar Ferreira Marques

Marcos Fernando Arriel

Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha

Lucelena Fátima de Melo

Rafael Marques de Camargos

Daniela Vieira de Oliveira

Eduiges Romanatto

 

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