Conforme os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana recuou 4,9% no mês de janeiro/12, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal, resultado diferente do registrado no mês anterior, quando houve expansão de 13,7%.  Neste tipo de confronto, a produção nacional registrou expansão de 2,5%.  Esse bom resultado da indústria é confirmado na perspectiva regional, com nove localidades apresentando taxas positivas, destaque para o estado do Paraná, com 12,0% e Ceará com 9,4%. Registraram quedas os estados do: Pará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo e Goiás, conforme Tabela 1.

Na comparação janeiro13 / janeiro12, a produção industrial goiana (de transformação e extrativa mineral), também apresentou recuou de 4,0%.  Acompanharam a tendência de queda, Espírito Santo (-8,1%), Paraná (-3,9%) e Amazonas (- 2,2%). Por outro lado, dez localidades apresentaram taxas positivas, cresceram a dois dígitos, Ceará (15,4%), Rio de Janeiro (13,0%) e Minas Gerais (10,1%). Vale dizer que a indústria brasileira voltou a crescer nos estados com maior peso (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro), sinalizando a retomada da atividade no País neste início de ano. Tabela 1.

O Gráfico 1, apresenta o comportamento da média móvel com o índice de base fixa, ambas as comparações com ajuste sazonal. A leitura do gráfico mostra as oscilações na produção industrial, sendo que desde julho/12 ocorre alternância, um mês de alta seguido por um mês de queda. O mês de outubro/12 teve a maior elevação do ano no índice de base fixa, no entanto, para o índice de média móvel trimestral o pico ocorreu em fevereiro, por conta dos dois meses anteriores terem tido um comportamento moderado.

No recorte setorial da indústria goiana, comparativo de janeiro de 2013 / janeiro 2012, alimentos e bebidas e metalurgia básica foram os únicos segmentos da indústria de transformação com resultado positivo. No caso dos alimentos, o crescimento de 19,5% foi puxado pela produção de molhos de tomate, refrigerantes, cervejas e chope; na metalurgia básica, 6,5%, foi impulsionado pela fabricação de ferroníquel e ouro em barras. Houve recuo na produção de produtos químicos, 26,3%, menor produção de medicamentos; em minerais não metálicos, a queda de 2,6% foi por conta da menor produção de ladrilhos e placas de cerâmica para revestimento. Também houve queda na indústria extrativa, devido à redução em amianto.

Nos últimos doze meses, o setor industrial goiano registrou expansão de 1,8%. Contribuíram para este resultado os segmentos de produtos químicos, minerais não metálicos e metalurgia básica. Já os segmentos de alimentos e bebidas e a indústria extrativa puxaram o indicador para baixo. Vale ressaltar que, embora os alimentos e bebidas tenham apresentado constantes recuos no ano de 2012, já houve reversão no primeiro mês de 2013.

O recuo registrado para a indústria goiana no primeiro mês do ano tem seguido a movimentação iniciada em julho/12, alternância de crescimentos e quedas. Mas, mudanças importantes como o resultado positivo para alimentos e bebidas pode mudar a tendência nos segmentos, em relação ao apresentado em 2012.

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Eduiges Romanatto

Juliana Dias Lopes

Luciano Ferreira da Silva

Marcos Fernando Arriel

Millades de Carvalho Castro

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