Indústria goiana recua em outubro
De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana obteve o maior recuo entre as localidades pesquisadas, no mês de outubro (- 8,0%), na comparação com o mês de setembro desse ano, na série com ajuste sazonal. Em temos regionais, metade das 14 localidades apresentaram taxas positivas, enquanto as demais recuaram. A taxa média registrada para o Brasil ficou negativa em 0,6%.
Na comparação outubro 2011/outubro 2010, a indústria goiana expandiu 3,0%, diferente do resultado nacional que apresentou queda de 2,2%. O comportamento negativo prevaleceu em oito locais, enquanto seis localidades investigadas apresentaram resultados positivos.
Tabela 1 Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais Outubro de 2011 |
||||
Locais |
Variação (%) |
|||
Outubro/Setembro* |
Outubro 11/Outubro 10 |
Acumulado no Ano |
Acumulado nos Últimos 12 Meses |
|
Brasil |
-0,6 |
-2,2 |
0,7 |
1,3 |
Nordeste |
1,0 |
-2,1 |
-4,9 |
-4,7 |
Amazonas |
0,9 |
16,1 |
4,4 |
4,9 |
Pará |
-1,4 |
3,3 |
2,8 |
4,6 |
Ceará |
-1,5 |
-6,4 |
-12,6 |
-11,6 |
Pernambuco |
-1,0 |
4,1 |
-0,7 |
-0,4 |
Bahia |
3,0 |
-3,9 |
-4,2 |
-4,7 |
Minas Gerais |
1,6 |
-3,6 |
0,3 |
1,3 |
Espírito Santo |
0,0 |
-2,5 |
7,0 |
6,5 |
Rio de Janeiro |
-0,9 |
-1,9 |
1,0 |
1,8 |
São Paulo |
-2,6 |
-4,6 |
1,1 |
1,4 |
Paraná |
1,0 |
13,4 |
5,2 |
5,5 |
Santa Catarina |
-3,4 |
-8,5 |
-4,4 |
-3,1 |
Rio Grande do Sul |
2,4 |
6,9 |
2,4 |
2,6 |
Goiás |
-8,0 |
3,0 |
5,4 |
6,5 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria * Ajustado sazonalmente |
A expansão da atividade industrial em Goiás nos dez meses de 2011 foi de 5,4%, no acumulado de 12 meses o crescimento foi de 6,5%, segunda maior taxa em comparação as demais áreas pesquisadas. A leitura do gráfico abaixo demonstra o comportamento da média móvel com o índice de base fixa, ambas as comparações com ajuste sazonal. O índice de média móvel descolou do índice de base fixa, a partir de maio de 2011, essa tendência manteve-se até o mês de julho/11, mas no mês agosto/11 a média móvel ficou abaixo do índice de base fixa, voltando a crescer acima, em setembro/11 e caiu novamente em outubro, ou seja, oscilando bastante. O índice de média móvel trimestral apontou queda em outubro (2,5%) em relação ao mês anterior, maior queda desse indicador no ano.
Em relação a igual mês do ano passado, o setor industrial goiano mostrou expansão (3,0%), sexto resultado positivo consecutivo nesse tipo de confronto, após apontar taxas negativas de janeiro a abril. No índice acumulado dos dez primeiros meses do ano, a indústria goiana assinalou expansão de 5,4%, sendo que até setembro o crescimento da indústria foi de 5,7%. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao crescer 6,5% em outubro, mostrou recuo no ritmo de crescimento frente ao ritmo de crescimento iniciada em julho deste ano (9,1%).
Analisando setorialmente a indústria goiana, observa-se que o padrão de expansão registrado para a indústria de transformação foi sustentado pela expansão em três dos cinco ramos pesquisados. Destaque para o segmento de produtos químicos, com crescimento de 48,3%, influenciado, sobretudo pelo aumento na fabricação de medicamentos, metalurgia básica com 23,0% impulsionado pelo ferroníquel e indústria extrativa com 5,3% devido ao amianto, todos na comparação de outubro de 2011 com outubro do ano anterior. Por outro lado, o segmento de minerais não metálicos apresentou a maior queda (-12,7%), puxado pelo recuo na produção de cimento e produtos cerâmicos; seguido de alimentos e bebidas 9,2%, pressionado pela diminuição na produção, principalmente de açúcar cristal, refrigerantes, cervejas e chope.
No índice acumulado do período janeiro- outubro de 2011, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial goiano avançou 5,4%, impulsionado pelo aumento na produção do setor de produtos químicos (38,1%). Nos três ramos que apontaram recuo na produção, a principal influência negativa sobre a média global foi assinalada pela atividade de alimentos e bebidas (-4,0%), pressionada em grande parte pela menor produção de maionese, refrigerantes, cervejas, chope, leite em pó e açúcar cristal.
Tabela 2 Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – outubro/2011 (Base: Igual período do ano anterior =100) |
|||
(%) |
|||
Segmentos |
Mensal |
Acumulado no ano |
Últimos 12 meses |
Indústria geral |
3,0 |
5,4 |
6,5 |
– Indústria extrativa |
5,3 |
0,9 |
2,8 |
– Indústria de transformação |
2,9 |
5,8 |
6,7 |
. Alimentos e bebidas |
-9,2 |
-4,0 |
-1,4 |
. Produtos químicos |
48,3 |
38,1 |
35,8 |
. Minerais não metálicos |
-12,7 |
-0,1 |
-0,3 |
. Metalurgia básica |
23,1 |
-6,1 |
-10,0 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria |
Os resultados da indústria goiana em outubro registraram queda, contrapondo um aumento expressivo no mês anterior. Houve diferencial no resultado mensal da atividade de minerais não metálicos, queda considerável em outubro, no ano o setor acumulou uma leve queda. Também, o segmento de alimentos e bebidas tem mostrado perda desde o início do ano. Por outro lado, produtos químicos têm contribuído para amenizar o recuo dos demais segmentos, é o segundo de maior peso dentro da indústria de transformação, há seis meses consecutivos cresce a taxa de dois dígitos, puxado pelo aumento na produção, principalmente de medicamentos.
Equipe de Conjuntura da Segplan: