Indústria Goiana lidera o ranking da indústria brasileira, cresce 8,8%
De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana obteve a maior expansão entre as localidades pesquisadas, no mês de setembro cresceu 8,8%, na comparação com o mês de agosto desse ano, na série com ajuste sazonal. Em temos regionais, metade das 14 localidades apresentou taxas positivas, enquanto as demais recuaram. A taxa média Brasil foi negativa em 2,0%.
Na comparação setembro 2011 / setembro 2010, o Estado de Goiás expandiu 10,7%. O setor industrial nacional mostrou variação negativa de 1,6%, o comportamento negativo prevaleceu em oito locais, por outro lado, seis localidades investigadas apresentaram resultados positivos.
Tabela 1
Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais
Setembro de 2011
|
Locais
|
Variação (%)
|
|||
|
Setembro/Agosto*
|
Setembro 11/Setembro 10
|
Acumulado no Ano
|
Acumulado nos Últimos 12 Meses
|
|
|
Brasil
|
-2,0
|
-1,6
|
1,1
|
1,6
|
|
Nordeste
|
1,1
|
-2,3
|
-5,2
|
-4,2
|
|
Amazonas
|
4,3
|
11,3
|
3,0
|
3,3
|
|
Pará
|
-0,2
|
4,8
|
2,7
|
4,9
|
|
Ceará
|
2,5
|
-8,6
|
-13,2
|
-11,3
|
|
Pernambuco
|
1,6
|
6,4
|
-1,4
|
-0,5
|
|
Bahia
|
1,0
|
-0,7
|
-4,3
|
-3,9
|
|
Minas Gerais
|
-2,7
|
-5,8
|
0,8
|
2,2
|
|
Espírito Santo
|
2,5
|
-0,1
|
8,2
|
7,8
|
|
Rio de Janeiro
|
-3,0
|
-0,1
|
1,3
|
2,3
|
|
São Paulo
|
-4,2
|
-3,9
|
1,6
|
1,9
|
|
Paraná
|
-13,5
|
1,5
|
4,4
|
4,2
|
|
Santa Catarina
|
-0,8
|
-4,5
|
-3,9
|
-2,6
|
|
Rio Grande do Sul
|
-1,4
|
2,8
|
1,9
|
1,7
|
|
Goiás
|
8,8
|
10,7
|
5,7
|
7,8
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Ajustado sazonalmente
Em setembro de 2011, a produção industrial goiana ajustada sazonalmente avançou 5,7% no ano, embora no mês anterior tenha registrado queda de 7,4%, no acumulado de 12 meses a expansão foi de 7,8%, maior taxa em comparação as demais regiões. A leitura feita no gráfico abaixo demonstra o comportamento da média móvel com o índice de base fixa, ambas as comparações com ajuste sazonal. O índice de média móvel trimestral apontou crescimento em setembro (0,7%), apresentando trajetória de recuperação modesta em relação ao mês anterior.
Em relação a igual mês do ano passado, o setor industrial goiano também mostrou expansão (10,7%), quinto resultado positivo consecutivo nesse tipo de confronto, após apontar taxas negativas de janeiro a abril. No índice acumulado dos nove primeiros meses do ano, a indústria goiana assinalou expansão de 5,7%. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao crescer 7,8% em setembro, mostrou recuo no ritmo de crescimento frente aos resultados de agosto (8,2%) e de julho (9,1%).
Analisando setorialmente a indústria goiana, observa-se que o padrão de expansão registrado para a indústria de transformação foi sustentado pela expansão em quatro dos cinco ramos pesquisados. Destaca-se o segmento de produtos químicos, com crescimento de 49,4%, influenciado, sobretudo pelo aumento na fabricação de medicamentos; metalurgia básica com 7,0%; e minerais não metálicos com 4,2%, todos na comparação de setembro de 2011 com setembro do ano anterior. Por outro lado, o segmento de alimentos e bebidas foi o único a apresentar recuo de 1,8%, pressionado pela diminuição na produção, principalmente de açúcar cristal, cervejas, chope e refrigerantes.
No índice acumulado do período janeiro- setembro de 2011, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial goiano avançou 5,7%, novamente impulsionado pelo aumento na produção do setor de produtos químicos (37,1%). Entre os dois ramos que apontaram recuo na produção, a principal influência negativa sobre a média global foi assinalada pela atividade de alimentos e bebidas (-3,3%), pressionada em grande parte pela menor produção de maionese, leite em pó, cervejas, chope e óleo de soja refinado.
Tabela 2
Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – setembro/2011
(Base: Igual período do ano anterior =100)
(%)
|
Segmentos
|
Mensal
|
Acumulado no ano
|
Últimos 12 meses
|
|
Indústria geral
|
10,7
|
5,7
|
7,8
|
|
– Indústria extrativa
|
0,2
|
0,4
|
2,7
|
|
– Indústria de transformação
|
11,5
|
6,1
|
8,2
|
|
. Alimentos e bebidas
|
-1,8
|
-3,3
|
1,0
|
|
. Produtos químicos
|
49,4
|
37,1
|
36,6
|
|
. Minerais não metálicos
|
4,2
|
1,5
|
2,2
|
|
. Metalurgia básica
|
7,0
|
-8,9
|
-14,1
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
Na análise trimestral, a produção industrial de Goiás aumentou 9,7% no terceiro trimestre de 2011, crescimento moderado em relação ao segundo trimestre (8,1%), ambos em comparação ao mesmo período do ano anterior. Cabe mencionar que nos três trimestres deste ano, a expansão foi aquém da registrada nos trimestres do ano de 2010, conforme gráfico abaixo.
Os resultados da indústria goiana no mês de setembro confirmam recuperação do setor, contrapondo a queda ocorrida no mês de agosto. Esse comportamento está concentrado basicamente na indústria química, que há cinco meses consecutivos cresce a taxa de dois dígitos, puxado pelo aumento na produção de medicamentos. Enquanto os segmentos de alimentos e bebidas e metalurgia básica têm mostrado perda desde o início do ano.
Equipe de Conjuntura da Segplan:
Dinamar Ferreira Marques
Eduiges Romanatto
Fernanda Cristina Gomide Pereira
Juliana Dias Lopes
Luciano Ferreira da Silva
Marcos Fernando Arriel
Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha
Millades de Carvalho Castro
