Indústria Goiana lidera o ranking da indústria brasileira, cresce 26,1%
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial em Goiás no mês de junho, frente ao mês de maio desse ano, na série com ajuste sazonal, avançou 2,3%. Na série livre de efeitos sazonais, apresentou maior taxa do país entre todos os quatorze locais pesquisados pelo instituto, 26,1%, descolando das demais localidades.
Tabela 1
Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais
Junho de 2011
Locais
|
Variação (%)
|
|||
Maio/Abril*
|
Maio 11/Maio 10
|
Acumulado no Ano
|
Acumulado nos Últimos 12 Meses
|
|
Brasil
|
-1,6
|
0,9
|
1,7
|
3,7
|
Nordeste
|
0,5
|
-1,7
|
-5,2
|
-1,0
|
Amazonas
|
-3,7
|
-0,2
|
0,3
|
3,4
|
Pará
|
-1,8
|
4,5
|
0,9
|
5,4
|
Ceará
|
-2,9
|
-14,6
|
-10,7
|
-4,1
|
Pernambuco
|
4,8
|
1,6
|
-4,2
|
0,0
|
Bahia
|
5,6
|
6,1
|
-4,6
|
-1,6
|
Minas Gerais
|
-1,3
|
1,3
|
2,3
|
5,6
|
Espírito Santo
|
-2,4
|
8,0
|
12,4
|
12,0
|
Rio de Janeiro
|
-4,5
|
-3,9
|
2,2
|
4,2
|
São Paulo
|
-1,5
|
1,9
|
2,5
|
4,1
|
Paraná
|
3,1
|
1,6
|
1,6
|
5,5
|
Santa Catarina
|
-0,1
|
-7,3
|
-4,4
|
-1,5
|
Rio Grande do Sul
|
-1,6
|
0,7
|
2,1
|
2,5
|
Goiás
|
2,3
|
26,1
|
3,5
|
8,6
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Ajustado sazonalmente
O índice de média móvel trimestral cresceu 4,8% entre os trimestres encerrados em maio e junho, acelerando o ritmo frente ao resultado assinalado no mês anterior (3,8%). Analisando o comportamento da média móvel em relação ao índice de base fixa, observa-se que este último deslocou da média móvel, a partir de maio de 2011, com crescimento superior. Em março e fevereiro deste ano, o índice de base fixa também cresceu acima da média móvel, não com a mesma intensidade dos últimos dois meses (maio e junho). Por outro lado, na comparação regional, o índice de média móvel trimestral apresentou os maiores ganhos em: Goiás (4,8%), Bahia (3,6%) e Pará (3,2%).
Gráfico 1
Produção Industrial – Goiás
Índices de Base Fixa (2002=100)
Série com Ajuste Sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
No confronto entre junho de 2011 e junho de 2010, a indústria goiana apresentou a maior taxa de crescimento entre as localidades pesquisadas, com variação de 26,1%. O segundo resultado positivo consecutivo do ano. Esse resultado se deve ao avanço na produção dos setores químico e de alimentos e bebidas, exatamente os de maior peso na formação da taxa global da indústria goiana. Nessa comparação o resultado da produção industrial goiana ficou bem acima da média brasileira (0,9%).
Esse resultado de 26,1% se deve aos impactos mais expressivos como: produtos químicos (91,3%), influenciado, sobretudo pelo aumento na fabricação de medicamentos, e de alimentos e bebidas (13,8%), explicado não só pela maior produção de maionese e de molhos de tomates, mas também pela baixa base de comparação, em função da paralisação técnica em importante empresa do setor em junho do ano passado. Por outro lado, o ramo de metalurgia básica (-20,5%) exerceu o único impacto negativo sobre a média geral, pressionado principalmente pelos itens ferronióbio e ouro em barras.
Para o índice acumulado do período janeiro-junho de 2011, frente a igual período do ano anterior, a indústria atingiu resultado positivo de 3,5%, impulsionado em grande parte pela expansão na produção do setor de produtos químicos (27,0%), por conta da maior fabricação de medicamentos e adubos e fertilizantes. Entre os três ramos que apontaram recuo na produção, a principal influência negativa sobre a média global foi assinalada pela atividade de alimentos e bebidas (-2,6%), pressionada em grande parte pela menor produção de leite em pó, óleo de soja refinado, maionese, cervejas e chope.
Tabela 2
Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – junho/2011
(Base: Igual período do ano anterior =100)
(%)
Segmentos
|
Mensal
|
Acumulado no ano
|
Últimos 12 meses
|
Indústria geral
|
26,1
|
3,5
|
8,6
|
– Indústria extrativa
|
0,5
|
1,9
|
4,4
|
– Indústria de transformação
|
28,4
|
3,7
|
9,0
|
. Alimentos e bebidas
|
13,8
|
-2,6
|
4,5
|
. Produtos químicos
|
91,2
|
27,0
|
32,6
|
. Minerais não metálicos
|
1,7
|
-1,8
|
3,8
|
. Metalurgia básica
|
-20,5
|
-11,9
|
-17,3
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
Na análise trimestral, observa-se que o setor industrial goiano cresceu 8,4% no segundo trimestre do ano, sustentado pelo resultado positivo de produtos químicos desde o segundo trimestre de 2009, comparação contra igual período do ano anterior. Os demais segmentos da indústria goiana não apresentaram o mesmo dinamismo da indústria química nessa mesma comparação.
Tabela 3 Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – junho/2011
(Base: Igual período do ano anterior =100)
(%)
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
A indústria goiana vive um momento muito bom, a expansão da produção de produtos químicos, puxada pela maior produção de medicamentos tem sido determinante. Também foi observada recuperação do segmento de alimentos e bebidas, que vinha de uma trajetória de quedas desde o início do ano. A expansão destes dois setores é fundamental, pois são os de maior peso na formação da taxa global.
O segmento de alimentos e bebidas é importante para a economia goiana, é o de maior representatividade no valor agregado e na geração de empregos da indústria de transformação. A produção da indústria química, puxada pela maior produção de medicamentos, tem sido surpreendente, cresceu 27,8% de janeiro a junho e tem contribuído para o resultado geral da indústria.
Equipe de Conjuntura da Seplan:
Dinamar Ferreira Marques
Eduiges Romanatto
Fernanda Cristina Gomide Pereira
Luciano Ferreira da Silva
Marcos Fernando Arriel
Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha