De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana expandiu 8,2% no mês de dezembro, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal, resultado inverso ao registrado no mês anterior, queda de 4,3%. Na análise regional, Goiás liderou o crescimento, seguido por Pernambuco (3,3%) e Pará (0,9%) com variação positiva, onze das quatorze localidades pesquisadas apresentaram recuo.

No confronto dezembro 2013 / dezembro 2012, a indústria de Goiás cresceu 8,8% e em direção contrária, a taxa média brasileira teve recuo de 2,2%. No âmbito regional, o comportamento positivo foi identificado em seis locais pesquisados, sendo as maiores expansões nos estados do Rio Grande do Sul (10,9%), Goiás (8,8%), Pernambuco (5,5%) e Paraná (5,5%). Minas Gerais (-7,2%), São Paulo (-6,3%) e Rio de Janeiro (-6,1%) tiveram as quedas mais acentuadas no período, conforme a Tabela 1.

No fechamento do ano, Goiás apresentou a terceira maior taxa de crescimento (5,0%), no entanto, até o mês de novembro o estado ocupava a quarta maior expansão do ano (4,3%). O resultado do mês de dezembro permitiu o avanço de posição em Goiás, superou o estado da Bahia.

Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria goiana cresceu 8,8% em dezembro, no mês anterior a taxa foi maior (9,2%). No âmbito setorial da indústria de Goiás, três dos cinco ramos pesquisados tiveram incremento na produção. Os produtos químicos tiveram sua principal contribuição do segmento farmacêutico que registrou a maior expansão (26,1%), segmento que vem crescendo desde o ano passado. Segundo Sindicato da Indústria Farmacêutica do Estado de Goiás (Sindifargo), Goiás tem concedido incentivo no processo de produção, porém, está mais focado na facilitação na compra de insumo no mercado internacional, bastante benéfico para o pólo de genéricos da cidade de Anápolis, tendo em vista que não há produção regional de matéria-prima. Alimentos e bebidas apresentaram variação positiva de 5,0%, impulsionados pela fabricação de óleo de soja, molhos de tomates preparados, cervejas e chope. A menor extração de amianto puxou a queda do segmento da indústria extrativa (-60,6%), conforme se pode observar no Gráfico 1.

No acumulado do ano, Goiás apresentou taxa positiva em quase todos os segmentos. As maiores contribuições sobre a média global vieram dos produtos químicos com 7,8% e alimentos e bebidas (5,1%), explicado pelos incrementos na produção de medicamentos, no primeiro segmento, e de maioneses, cervejas e chope, no segundo.

No ano de 2013, os alimentos e bebidas, segmento de maior peso na indústria, teve desempenho melhor, ao superar a contração do ano anterior (-3,3%). Ao longo do ano, o segmento registrou nove resultados positivos.

Outro relevante impacto positivo na indústria ocorreu nos produtos químicos, devido em parte, a crescente fabricação de medicamentos, já que há uma adesão cada vez maior da população em relação aos medicamentos genéricos e também pela ampliação na diversidade de produtos.

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Millades de Carvalho Castro

Baixar Arquivo no Formato PDF