Indústria goiana lidera o crescimento brasileiro no acumulado do ano, 3,6%.


De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana recuou 2,9% no mês de setembro, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal, resultado diferente do registrado no mês anterior, expansão de 10,3%. A produção industrial nacional registrou queda de 1,0%, sendo que o único estado entre as localidades pesquisadas a apresentar taxas positivas foi o Pará, 2,6%, neste tipo de confronto.

Na comparação setembro 2012 / setembro2011, a indústria de Goiás teve queda mais acentuada, 6,8%, ao passo que a taxa média brasileira foi de -3,8%. No âmbito regional, o comportamento positivo prevaleceu somente em duas localidades, enquanto as demais mostraram resultados negativos, tabela 1.

No acumulado do ano, Goiás liderou o crescimento industrial, com 3,6%, seguido por Pernambuco (2,9%) e a Bahia (2,5%). Ainda na mesma comparação, dois outros locais apresentaram taxas positivas. A taxa média Brasil registrou queda de (-3,4%).

 

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Setembro de 2012

Locais

Variação (%)

Setembro/Agosto*

Setembro 12 / Setembro 11

Acumulado no ano

Brasil

-1,0

-3,8

-3,4

Nordeste

0,0

-0,6

1,6

Amazonas

-1,3

-6,8

-7,0

Pará

2,6

-2,3

-1,0

Ceará

-1,6

-8,2

-2,1

Pernambuco

-0,7

-3,5

2,9

Bahia

-0,1

2,8

2,5

Minas Gerais

-1,4

4,5

0,1

Espírito Santo

-1,8

-11,9

-6,8

Rio de Janeiro

-2,7

-7,7

-6,6

São Paulo

-1,2

-3,0

-5,2

Paraná

-2,6

-8,9

-0,8

Santa Catarina

-2,2

-8,3

-3,4

Rio Grande do Sul

-0,4

-5,1

-3,1

Goiás

-2,9

-7,5

3,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

*Ajustado sazonalmente.

         


O gráfico 1, apresenta o comportamento da média móvel com o índice de base fixa, ambas as comparações com ajuste sazonal.A leitura do gráfico mostra as oscilações na produção industrial, sendo que desde o início do ano, houve um mês de elevação seguido de um mês de declínio, contudo entre maio/12 e julho/12 ocorreram quedas seguidas no índice de base fixa.Já o índice de média móvel aproximou-se do índice de base fixa em setembro de 2012, por conta da queda no ritmo de produção industrial neste mês.

 

 

Na análise setorial da indústria goiana, comparativo de setembro de 2012 / setembro 2011, todos os segmentos apresentaram queda, a principal contribuição negativa foi o setor de alimentos e bebidas, 10,8%, influenciado principalmente pela queda na produção de maionese, farinhas e óleo de soja refinado. Os demais setores registraram as seguintes variações: metalurgia básica (-8,3%), por conta da queda de produção de ferronióbio, minerais não metálicos (-4,1%), em decorrência do recuo na fabricação de ladrilhos e placas de cerâmica para revestimento; produtos químicos (-2,7%), pela menor produção de medicamentos. A indústria extrativa com queda de 5,7%, devido a redução na produção de amianto.

 

No acumulado do ano, o setor industrial goiano liderou o crescimento industrial, ao apresentar expansão de 3,6%. A principal contribuição para este resultado foi o segmento de produtos químicos, 16,1%, por conta da maior fabricação de medicamentos. Ao passo que, o segmento de alimentos e bebidas foi o único a puxar para baixo o crescimento industrial neste período, com recuo na fabricação de milho doce preparado, leite em pó, cervejas, chope e açúcar cristal.

 

Na análise trimestral contra igual período do ano anterior, o terceiro trimestre de 2012 mostrou queda de 5,5% na indústria goiana. O segmento de produtos químicos foi o que mais recuou, taxa de -12,6%, queda na fabricação de medicamentos. Por outro lado, a metalurgia básica e a indústria extrativa foram os únicos segmentos a apresentar crescimento industrial (gráfico 2).

 

 

 

 

Com esse resultado da produção industrial de setembro de 2012, a indústria retornou a sequência de taxas negativas apuradas em junho e julho, sendo que no ano anterior, o mês de setembro apresentou o maior resultado no ano, no índice de base fixa, portanto, uma elevada base de comparação de 2011, puxou a variação para baixo. Além disso, o segmento de alimentos e bebidas com maior contribuição no indicador também teve recuo no ritmo de produção em todos os períodos considerados. Mesmo em um cenário de queda, no acumulado do ano a indústria goiana liderou o crescimento industrial entre todas as unidades pesquisadas, impulsionada pelo segmento de produtos químicos.

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

EduigesRomanatto

Juliana Dias Lopes

Luciano Ferreira da Silva

Marcos Fernando Arriel

Millades de Carvalho Castro

Governo na palma da mão

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