Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana expandiu 13,7% no mês de dezembro, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal, resultado inverso ao registrado no mês anterior que apresentou recuo de 16,1%. A produção industrial nacional ficou praticamente estável com 0,0%, tendo recuo de produção em sete estados, dentre as quatorze localidades pesquisadas, neste tipo de confronto.

Na comparação dezembro 2012 / dezembro 2011, a indústria de Goiás teve crescimento de 7,6%, enquanto a taxa média brasileira foi de -3,5%. No âmbito regional, o comportamento positivo prevaleceu somente em cinco localidades, enquanto as demais mostraram resultados negativos, tabela 1.

No ano de 2012, Goiás ocupou o segundo maior crescimento industrial, com 3,8%, atrás apenas da Bahia (4,2%). Neste período de comparação, três outros locais apresentaram taxas positivas. No entanto, a taxa média Brasil registrou queda de (-2,7%).

O Gráfico 1, apresenta a evolução tanto do índice da média móvel como também o índice de base fixa, ambas as comparações com ajuste sazonal. A partir da leitura do gráfico percebe-se que ocorreram oscilações na produção industrial durante todo o ano. No mês de dezembro, o índice de média móvel avançou 3,8%, segundo maior crescimento mensal em 2012, no índice de base fixa o crescimento foi inferior somente ao registrado no mês de outubro.

Na análise setorial da indústria goiana, comparativo de dezembro de 2012 / dezembro 2011, dois dos cinco ramos pesquisados tiveram crescimento, produtos químicos e minerais não metálicos, especialmente pela maior produção de medicamentos e devido a maior fabricação de cimentos “Portland”, respectivamente. No conjunto, a indústria de transformação expandiu 9,8%. As quedas registradas na indústria goiana ocorreram na indústria extrativa, recuo na produção de amianto, alimentos e bebidas, em virtude da menor produção de óleo de soja, refrigerantes, leite em pó e extrato de tomate. Ocorreu contração também na metalurgia básica.

A indústria goiana fechou o ano de 2012 com a segunda maior taxa entre as localidades pesquisadas (3,8%). No recorte por segmento da indústria de transformação, o segmento de produtos químicos liderou, com 17,7%, devido a maior produção de medicamentos; minerais não metálicos fechou o ano com 7,1%, puxado pelo incremento na produção de cimento, insumo básico para construção civil.  Por outro lado, a atividade de alimentos e bebidas segmento de maior peso na composição da taxa global, apresentou queda no fechamento do ano (-3,3%), Gráfico 2.

Ao fazer o balanço do comportamento da indústria goiana no ano de 2012, percebe-se a ocorrência de oito taxas positivas na indústria geral, com destaque para indústria de transformação, para o segmento de produtos químicos, também com oito registros positivos ao longo do ano, sendo o principal responsável pelo desempenho acima da média nacional da indústria goiana. Em sentido contrário, o segmento de alimentos e bebidas recuou oito vezes, maior contribuição para baixo na composição da taxa global.

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Eduiges Romanatto

Juliana Dias Lopes

Luciano Ferreira da Silva

Marcos Fernando Arriel

Millades de Carvalho Castro

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