Indústria goiana fecha o ano de 2007 com crescimento de 2,27%.


A produção
industrial brasileira em dezembro ajustada sazonalmente, na comparação com o mês
anterior, recuou (-0,55%). Esse resultado foi decorrência da redução do nível
de atividade em sete das 14 regiões pesquisadas. Os estados com influência
negativa foram Santa Catarina (-3,86%), Goiás (-2,70%), Minas Gerais (-1,05%),
Bahia (-0,53%), Ceará e São Paulo (-0,49%) e Rio Grande do Sul (-0,25%). Entre
os estados com expansão da produção destacaram-se Espírito Santo (2,69%),
Pará e Pernambuco (2,55%), Amazonas (2,45%), Paraná (1,70%) e Rio de Janeiro
(0,22%). A Região Nordeste, conforme a pesquisa teve expansão de (1,50%)

A
redução da produção da indústria brasileira atingiu dezesseis dos vinte e
sete ramos pesquisados e duas das quatro categorias de uso: bens de consumo semi
e não duráveis que registrou o resultado mais negativo (-2,14%), após recuar
0,56% em novembro e o segmento de bens de capital (-0,22%). Entre as atividades,
o principal impacto negativo veio de veículos automotores (-6,16%), que após
crescer 8,69% em outubro, apresentou o segundo recuo consecutivo, acumulando uma
perda de 11,00% nestes dois meses. Entre os que expandiram a produção, os
destaques foram: indústrias extrativas (6,46%), que acumulou em três meses
crescimento de 7,66%, material eletrônico e equipamentos de comunicações
(3,54%), alimentos (0,96%) e refino de petróleo e produção de álcool
(1,47%).

No
confronto dezembro de 2007/dezembro de 2006, os índices regionais da produção
industrial mostraram um quadro positivo em todos os locais pesquisados. Seis
localidades apresentaram crescimento acima da média nacional (6,37%): Espírito
Santo (15,71%), Amazonas (15,14%), Nordeste (9,56%), São Paulo (8,15%), Bahia
(8,13%) e Minas Gerais (7,22%). Abaixo da média ficaram: Pará (6,04%),
Pernambuco (5,66%), Rio Grande do Sul (5,61%), Rio de Janeiro (3,83%), Goiás
(2,74%), Paraná (2,34%), Santa Catarina (1,26%) e Ceará (1,13%).


No
indicador acumulado do ano, de janeiro a dezembro de 2007, comparado ao mesmo
período de 2006, houve crescimento em todos os locais. A indústria de Minas
Gerais apresentou
a maior elevação (8,61%), impulsionada pela expansão
da indústria extrativa de ferro, da siderurgia e da indústria automobilística,
além de outros segmentos industriais beneficiados no ciclo industrial da
atualidade, como máquinas e equipamentos, metalurgia e celulose. No Espírito
Santo (7,46%), as maiores influências positivas vieram da indústria extrativa,
em função do aumento na extração de petróleo; e da metalurgia básica, com
a maior fabricação de lingotes e perfis de aço. No Rio Grande do Sul (7,47%)
e no Paraná (6,65%) houve recuperação do setor primário, crescimento da indústria
automobilística e de máquinas e equipamentos. 
São Paulo (6,23%) fechou o ano com um crescimento muito próximo da média
nacional (6,02%), fruto de seu parque fabril ser muito diversificado e também
pelo peso que tem na produção industrial do País. As maiores contribuições
positivas da indústria paulista vieram de máquinas e equipamentos, veículos
automotores, material eletrônico e equipamentos de comunicações e farmacêutica.

Os bons resultados apurados
para a produção industrial brasileira em 2007, revelaram que houve um aumento
da demanda interna pela melhoria das condições favoráveis de crédito, tanto
em volume como em prazo. Também, vale lembrar a maior estabilidade no mercado
interno de trabalho com maior ocupação e qualificação, com conseqüente
melhoria da renda do trabalhador.

Gráfico-1-
Produção Industrial


acumulado
no ano – dezembro 2007


(Base:
igual período do ano anterior)


(%)



Fonte: IBGE

 

 

 

Tabela
1


Pesquisa
Industrial Mensal Produção Física Regional – dezembro/2007


(base:
igual período do ano anterior = 100)


Brasil,
Região Geográfica e Unidade da Federação

Indústria
Geral

Indústria
Extrativa

Indústria
de Transformação

Alimentos
e Bebidas

Indústria
Química

Minerais
Não Metálicos

 Metalurgia Básica

Brasil

6,37


9,94


6,15




3,80


7,47


Nordeste

9,56


7,02


9,74


4,66


8,92


14,11


-2,41


Amazonas

15,14


-1,85


15,70


14,27


-63,33




Pará

6,04


14,15


-1,04


-5,81



9,80


3,37


Ceará

1,13



1,13


-4,19


0,86


-8,06


4,22


Pernambuco

5,66



5,66


2,07


41,57


18,46


-9,07


Bahia

8,13


7,65


8,16


-13,80


6,61


11,13


-1,86


Minas Gerais

7,22


23,78


4,42




0,54


0,39


Espírito Santo

15,71


19,59


13,94


5,01



5,31


38,91


Rio de Janeiro

3,83


-3,69


5,86




-15,43


29,69


São Paulo

8,15



8,15




2,56


5,91


Paraná

2,34



2,34




-9,95



Santa Catarina

1,26



1,26




2,60


-8,85


Rio Grande do Sul

5,61



5,61





23,12


Goiás

2,74


38,38


0,62


2,36


1,83


-5,36


-9,60


Fonte: IBGE

 

No mês
de dezembro de 2007, a atividade industrial de Goiás, ajustada sazonalmente, recuou (-2,70%) comparada ao mês
anterior, após mostrar expansão de (0,83%) em novembro. Na comparação
dezembro 2007/dezembro 2006 a produção industrial goiana variou (2,74%). Já
no índice acumulado no período de janeiro-dezembro a taxa de expansão atingiu
(2,27%), praticamente o mesmo resultado apurado em 2006 (2,41%)

No
confronto dezembro07/ dezembro/06, o índice geral assinalou expansão de
(2,74%), com quatro das cinco atividades assinalando taxas positivas
. Os
principais impactos positivos vieram do setor extrativo (38,38%), em que
sobressaiu a produção de amianto, e do de alimentos e bebidas (2,36%),
impulsionado pela maior produção de maionese e produtos químicos (1,83%). Por
outro lado, a pressão negativa mais relevante foi exercida pela metalurgia básica
(-9,60%), explicada principalmente pela queda na fabricação de ouro em barras.

 O
indicador acumulado no período janeiro a dezembro registrou expansão de
(2,27%), com todos os cinco segmentos assinalando resultados positivos. A maior
contribuição veio da indústria extrativa (11,49%), com destaque para os
produtos amianto e pedras britadas; minerais não metálicos (7,66%)
impulsionado pela maior fabricação de cimento, motivado pelo crescimento da
atividade de construção civil, pelas condições favoráveis de crédito para
o setor, além da redução do IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados,
para os insumos da construção civil. Alimentos e bebidas (1,05%), segmento de
maior peso na estrutura industrial goiana, não teve o desempenho esperado, o
setor passou por problemas como a crise do leite e seus derivados.


Gráfico-
2


Goiás
– Produção Industrial


acumulado
no ano – dezembro 2007


(Base:
igual período do ano anterior)


(%)


Fonte: IBGE

 

O
fraco desempenho da indústria goiana em 2007 pode ser explicado pelo seu
perfil, pois os segmentos que mais cresceram no País não são representativos
em Goiás como produção de veículos automotores, máquinas agrícolas,
siderurgia entre outros. Outro fato é que os setores que estão experimentando
dinamismo, como produção de álcool, minério de cobre e níquel, ainda não
estão contemplados na pesquisa realizada pelo IBGE.

Tabela
2


Estado
de Goiás: Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – dezembro/2007


(Base:
Igual período do ano anterior =100)


Segmentos

Mensal

Acumulado
no ano

Últimos
12 meses

Indústria geral

2,74

2,27

2,27

Indústria extrativa

38,38

11,49

11,49

Indústria de
transformação

0,62

1,54

1,54

 
Alimentos e bebidas

2,36

1,05

1,05

Produtos químicos

1,83

2,14

2,14

Minerais não metálicos

-5,36

7,66

7,66

Metalurgia básica

-9,60

0,22

0,22

 Fonte: IBGE.

 


Equipe
de Conjuntura da Seplan:

Dinamar
Ferreira Marques

Marcos
Fernando Arriel

Maria
de Fátima Mendonça Faleiro Rocha

Governo na palma da mão

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