Indústria goiana fecha 2017 acima da média nacional
Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), a indústria goiana (transformação e extrativa mineral) apresentou recuo de 2,7% na comparação de dezembro/17 com novembro/17 (série com ajuste sazonal). Na mesma base de comparação, a produção nacional cresceu 2,8%. Apresentaram taxas positivas os seguintes estados: Rio Grande do Sul (6,8%), Amazonas (6,2%), Ceará (4,9%), São Paulo (3,0%), Paraná (1,6%), Santa Catarina (1,6%), Rio de Janeiro (1,0%) e Minas Gerais (0,2%) . Na direção oposta, houve perdas em Pernambuco (-1,8%), Pará (-1,8%), Espírito Santo (-1,7%), Bahia (-1,5%) e Região Nordeste (-0,2%), conforme apresentado na Tabela 1.
Na comparação interanual, o setor industrial brasileiro cresceu 4,4% em dezembro de 2017, com oito dos quinze locais pesquisados apontando resultados positivos. Neste mês, o estado de Goiás, com 3,9%, apresentou a oitava maior taxa de crescimento, impulsionada, sobretudo, pela maior fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias e de produtos alimentícios. Nesta mesma comparação, também registraram taxas positivas Amazonas (10,8%), São Paulo (10,1%), Rio de Janeiro (7,2%), Pará (6,1%), Mato Grosso (5,9%), Santa Catarina (3,9%) e Rio Grande do Sul (0,4%). Por outro lado, Espírito Santo (-5,2%), Pernambuco (-2,5%), Bahia (-1,8%), Minas Gerais (-1,4%), Paraná (-0,5%) e Ceará (-0,2%) apresentaram recuos.
No indicador acumulado do ano (janeiro-dezembro de 2017), frente a igual período do ano anterior, Goiás apresentou taxa positiva para o período (3,6%), e a produção brasileira expandiu 2,5%. Nesta mesma comparação, doze locais pesquisados apresentaram resultados positivos. As maiores variações ocorreram no Pará (10,1%) e Santa Catarina (4,5%), enquanto três localidades apresentaram resuldados negativos: Bahia (-1,7%), Pernambuco (-0,9%) e Região Nordeste (-0,4%).
Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais – Dezembro de 2017 |
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Locais |
Variação (%) |
|||
Com Ajuste Sazonal |
Sem Ajuste Sazonal |
|||
Dezembro17 / Novembro17* |
Dezembro17 / Dezembro/16 |
Acumulado no ano |
Acumulado nos últimos 12 meses |
|
Brasil |
2,8 |
4,4 |
2,5 |
2,5 |
Nordeste |
-0,2 |
-2,3 |
-0,4 |
-0,4 |
Amazonas |
6,2 |
10,8 |
3,7 |
3,7 |
Pará |
-1,8 |
6,1 |
10,1 |
10,1 |
Ceará |
4,9 |
-0,2 |
2,2 |
2,2 |
Pernambuco |
-1,8 |
-2,5 |
-0,9 |
-0,9 |
Bahia |
-1,5 |
-1,8 |
-1,7 |
-1,7 |
Minas Gerais |
0,2 |
-1,4 |
1,5 |
1,5 |
Espírito Santo |
-1,7 |
-5,2 |
1,7 |
1,7 |
Rio de Janeiro |
1,0 |
7,2 |
4,4 |
4,4 |
São Paulo |
3,0 |
10,1 |
3,7 |
3,7 |
Paraná |
1,6 |
-0,5 |
4,4 |
4,4 |
Santa Catarina |
1,6 |
3,9 |
4,5 |
4,5 |
Rio Grande do Sul |
6,8 |
0,4 |
0,1 |
0,1 |
Mato Grosso |
– |
5,9 |
3,8 |
3,8 |
Goiás |
-2,7 |
3,9 |
3,6 |
3,6 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017. *Ajustado sazonalmente. |
Na análise, comparando dezembro/2017 com dezembro/2016, o setor industrial goiano assinalou expansão de 3,9%, quinta taxa positiva consecutiva neste tipo de confronto. Na análise trimestral, o período outubro-dezembro de 2017, a indústria goiana apontou crescimento de 10,6%, avanço mais intenso desde o primeiro trimestre de 2013 (13,3%), ampliando, dessa forma, a magnitude de expansão observada no terceiro trimestre do ano (2,2%). Outrossim, no período de janeiro a dezembro de 2017 a indústria no estado cresceu 3,6%, revertendo, assim, a queda de 2,8% registrada em 2016. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 2,8% em novembro para 3,6%, em dezembro de 2017, manteve a trajetória ascendente iniciada em agosto último (‑1,5%).
Por ramo de atividades, Goiás obteve taxas positivas na maioria dos segmentos analisados. Os principais impactos positivos sobre o total da indústria foram observados nos setores de produtos alimentícios (8,5%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (35,8%), impulsionados, principalmente, pela maior produção de leite esterilizado, açúcar cristal e VHP e carnes de bovinos frescas ou refrigeradas; e de automóveis. Vale citar ainda os avanços vindos dos ramos de metalurgia (13,0%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11,3%), explicados pela maior produção de ouro; e de biodiesel e álcool etílico, respectivamente. Em sentido oposto, as atividades de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13,5%) e de indústrias extrativas (-11,5%) exerceram as principais contribuições negativas sobre o total da indústria nesse mês, pressionadas, em grande parte, pela menor produção de medicamentos, na primeira; e de minérios de cobre em bruto ou beneficiados, amianto e fosfatos de cálcio naturais (apatita), fosfatos aluminocálcicos e cré fosfatado, na segunda.
No índice acumulado de janeiro a dezembro 2017, seis das nove atividades industriais investigadas apontaram aumento na produção. Os principais impactos positivos sobre o total da indústria foram observados nos setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (26,9%), pela expansão na produção de medicamentos e de produtos alimentícios (2,0%), devido ao aumento na fabricação de leite esterilizado e em pó, açúcar VHP, leite condensado, carnes de bovinos congeladas e óleo de soja em bruto. Vale citar ainda o avanço vindo da atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,6%), explicada pela maior produção de etanol. Em sentido oposto, os ramos de produtos de minerais não-metálicos (-14,3%) e de outros produtos químicos (-7,4%) exerceram as principais influências negativas sobre o total da indústria, pressionados, em grande parte, pela menor produção de insumos típicos para a construção civil no primeiro; e de adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio e fosfatos de monoamônio (MAP), no segundo.
Em dezembro, a indústria goiana continou registrando aumento em sua produção, sendo a quinta taxa consecutiva de crescimento (desde agosto de 2017). O ano de 2017 foi um divisor de águas para a indústria goiana, pois só apresentou três recuos (abril, junho e julho); dos nove segmentos pesquisados seis apresentaram resultados positivos no período de janeiro a dezembro e setores que vinham registrando perdas significativas em anos anteriores voltaram a crescer, como é o caso da produção de automóveis.
Das 15 localidades investigadas pela pesquisa, no ano de 2017, oito apresentaram resultados superiores à média nacional (2,5%), e a indústria goiana faz parte desse grupo com os melhores resultados, tendo em vista que fechou o ano com 3,6%. O resultado indica que está havendo um processo de retomada industrial no país. Este é um quadro que traz boas perspectivas para o dinamismo do setor em 2018.
Tabela 2 – Produção Industrial Mensal por atividades em Dezembro (Base: igual mês do ano anterior) |
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Atividades de Indústria |
Variação Percentual (%) |
|||||
Dez17 /dez/16 |
Acumulado no ano |
Acumulado em 12 meses |
||||
Brasil |
Goiás |
Brasil |
Goiás |
Brasil |
Goiás |
|
Indústria geral |
4,4 |
3,9 |
2,5 |
3,6 |
2,5 |
3,6 |
Indústrias extrativas |
-3,0 |
-11,5 |
4,6 |
1,4 |
4,6 |
1,4 |
Indústria de transformação |
5,7 |
5,3 |
2,2 |
3,8 |
2,2 |
3,8 |
Fabricação de produtos alimentícios |
2,9 |
8,5 |
1,1 |
2,0 |
1,1 |
2,0 |
Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis |
0,0 |
11,3 |
-4,1 |
5,6 |
-4,1 |
5,6 |
Fabricação de outros produtos químicos |
2,6 |
-10,0 |
0,3 |
-7,4 |
0,3 |
-7,4 |
Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos |
5,8 |
-13,5 |
-5,3 |
26,9 |
-5,3 |
26,9 |
Fabricação de produtos de minerais não-metálicos |
1,1 |
-13,6 |
-3,1 |
-14,4 |
-3,1 |
-14,4 |
Metalurgia |
18,1 |
13,0 |
4,7 |
7,4 |
4,7 |
7,4 |
Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos |
5,8 |
-33,7 |
-0,9 |
-9,1 |
-0,9 |
-9,1 |
Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias |
25,0 |
35,8 |
17,2 |
5,2 |
17,2 |
5,2 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2017. |
Equipe de Conjuntura do IMB:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Jalda Claudino
Juliana Dias Lopes
Rafael dos Reis Costa
Welington José de Souza Filho