Indústria Goiana cresce pelo quinto mês consecutivo. Em janeiro a produção industrial cresceu 3,78%.
Em
janeiro de 2008, a produção industrial brasileira avançou (1,78%) comparada
ao mês de dezembro do ano passado, na série com ajuste sazonal, após dois
resultados negativos, perÃodo em que acumulou perda de (-2,75%). A produção
industrial avançou em onze das 14 regiões pesquisadas Entre os estados com
variação positiva acima da média nacional, os maiores destaques estiveram no
Paraná (6,54%), Amazonas (5,71%), São Paulo (3,40%), Goiás (3,38%), Santa
Catarina (3,32%), Pernambuco (2,53%), Rio de Janeiro (2,16%) e Rio grande do Sul
(1,98%). Apresentaram variações positivas, porém abaixo da média, Pará
(1,67%), Minas Gerais (1,33%) e Bahia (0,40%). Os estados com influência
negativa foram Região Nordeste (-0,75%), EspÃrito Santo (-2,75%) e Ceará
(-3,25%).
O
acréscimo observado na produção brasileira de (1,78%), entre dezembro de 2007
e janeiro de 2008, atingiu 19 dos 27 ramos pesquisados e três das quatro
categorias de uso. Entre as indústrias que aumentaram a produção, o movimento
de maior importância para o resultado global veio de veÃculos automotores
(9,01%), refletindo a forte recuperação observada na fabricação de automóveis
em janeiro. Vale citar também as contribuições positivas de alimentos (3,85%)
e de outros produtos quÃmicos (5,73%). Os principais impactos negativos vieram
de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-11,30%), máquinas
para escritório e equipamentos de informática (-8,02%) e refino de petróleo e
produção de álcool (-1,90%).
No
confronto janeiro de 2008/ janeiro de 2007, os Ãndices regionais da produção
industrial mostraram um quadro positivo em todos os locais pesquisados, exceto
Ceará que apresentou queda de (-2,27%). Sete localidades apresentaram
crescimento acima da média nacional (8,50%): Paraná (19,74%), Amazonas
(17,88%), Pernambuco (12,63%), São Paulo (12,55%), EspÃrito Santo (12,08%),
Minas Gerais (10,18%) e Rio Grande do Sul (9,00%). Abaixo da média ficaram: Pará
(6,58%), Rio de Janeiro (5,11%), Goiás (3,78%), Região Nordeste (3,68%), Santa
Catarina (3,00%) e Bahia (0,49%).
No
indicador mensal, de janeiro 2008 comparado ao mesmo perÃodo de 2007, as
maiores contribuição vieram do Estado do Paraná, a liderança da expansão
esteve com veÃculos automotores, apoiado, sobretudo, na fabricação de caminhões
e automóveis. Também vale destacar o desempenho de máquinas e equipamentos,
sobressaindo os itens máquinas para colheita e tratores agrÃcolas.
Amazonas,
os maiores impactos positivos vieram de outros equipamentos de transporte, edição
e impressão, material eletrônico e equipamentos de comunicações.
Pernambuco,
as influências positivas mais relevantes sobre a média global vieram de
produtos quÃmicos, influenciados pelo aumento na produção dos itens borracha
de estireno-butadieno, tintas e vernizes para construção e de alimentos e
bebidas, com maior produção em açúcar refinado e óleos vegetais.
São
Paulo vem apresentando taxas crescentes, contribuindo para os bons resultados da
indústria brasileira. A partir de setembro de 2007 a produção industrial
paulista passou a evoluir mais que a produção industrial brasileira, houve uma
maior generalização do crescimento da indústria em termos setoriais, pois São
Paulo detém em sua estrutura produtiva todos os setores da indústria. Em
janeiro do corrente ano a indústria paulista atingiu crescimento de (12,55%),
bem acima da média brasileira que foi de 8,50%. Na formação da taxa média
paulista, veÃculos automotores ocupou o primeiro posto, mas outros produtos quÃmicos,
farmacêutica, material eletrônico e de comunicações vieram em seguida, além
da importante produção de máquinas e equipamentos.
A
liderança do crescimento em janeiro da indústria brasileira no setor automobilÃstico,
de máquinas e equipamentos e alimentos foram fundamentais para moldar o
desempenho industrial do ponto de vista regional. A indústria de alimentos é
bastante espalhada pelos estados e regiões do paÃs, por outro lado a indústria
automobilÃstica é mais concentrada, seu excelente desempenho vem contribuindo
para o crescimento da produção industrial em Minas Gerais, Rio de Janeiro,
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, além de São Paulo. Máquinas e
equipamentos, esse também tem sido um setor importante para a dinâmica
industrial brasileira, também não é muito espalhado, está mais concentrado
em São Paulo, onde tem apresentado maior dinamismo, estados como Paraná e o
Rio Grande do Sul tem destacado, particularmente no que diz respeito a maior
produção de máquinas e implementos para a agricultura.
Gráfico-1- Produção
Industrial
acumulado
no ano – janeiro 2008
(Base:
igual perÃodo do ano anterior)
(%)
Fonte:
IBGE
Tabela
1
Pesquisa
Industrial Mensal Produção FÃsica Regional – janeiro/2008
(base:
igual perÃodo do ano anterior = 100)
Brasil,
|
Mês/mês
|
Mesmo
|
Acumulado
|
Doze
|
Brasil
|
1,78
|
8,50 |
8,50 |
6,33 |
Nordeste
|
-0,75
|
3,68 |
3,68 |
3,05 |
Amazonas
|
5,71
|
17,88 |
17,88 |
5,21 |
Pará
|
1,67
|
6,58 |
6,58 |
2,40 |
Ceará
|
-3,25
|
-2,27 |
-2,27 |
0,47 |
Pernambuco
|
2,53
|
12,63 |
12,63 |
5,54 |
Bahia
|
0,40
|
0,49 |
0,49 |
1,51 |
Minas Gerais
|
1,33
|
10,18 |
10,18 |
8,96 |
EspÃrito Santo
|
-2,75
|
12,08 |
12,08 |
8,13 |
Rio de Janeiro
|
2,16
|
5,11 |
5,11 |
2,36 |
São Paulo
|
3,40
|
12,55 |
12,55 |
6,92 |
Paraná
|
6,54
|
19,74 |
19,74 |
7,93 |
Santa Catarina
|
3,32
|
3,00 |
3,00 |
5,48 |
Rio Grande do Sul
|
1,98
|
9,00 |
9,00 |
7,67 |
Goiás
|
3,38
|
3,78 |
3,78 |
1,36 |
Fonte:
IBGE.
Em
janeiro de 2008 a atividade industrial de Goiás, ajustada sazonalmente, cresceu
(3,38%) comparada ao mês anterior, após recuar (-2,53%) em dezembro de 2007. O
Ãndice de média móvel trimestral na passagem do trimestre encerrado em
dezembro e janeiro ficou em 0,49%, praticamente mantendo a mesma velocidade de
crescimento do mês anterior (0,58%). Na comparação janeiro 2008/ janeiro 2007
a produção industrial goiana variou (3,78%). Já no Ãndice acumulado em doze
meses atingiu apenas (1,36%).
No
confronto janeiro 08/ janeiro/07, o Ãndice geral assinalou expansão de
(3,78%), o quinto resultado positivo seguido. Os principais impactos positivos
vieram do setor extrativo (35,73%), em que sobressaiu a produção de amianto e
pedras britadas. A indústria de transformação avançou (1,47%) com alimentos
e bebidas (2,47%) exercendo o maior impacto positivo no setor industrial, devido
ao aumento na produção de maionese e óleo de soja. Entre os segmentos com
taxas negativas, o destaque ficou por conta do segmento metalurgia básica
(-7,69%), influenciada pelo recuo da produção de ouro em barras e ferro nÃquel
e minerais não metálicos (-3,29%).
O
segmento de alimentos e bebidas é muito relevante, dada as caracterÃsticas da
indústria goiana, seu dinamismo é determinante para a formação da taxa
global. Em janeiro este setor teve
crescimento moderado. Janeiro não é um mês em que a produção está em seu
ápice, é quando ocorre uma desaceleração da atividade, perÃodo de férias
coletivas, principalmente para as indústrias alimentÃcias.
Gráfico-
2
Goiás
– Produção Industrial
Variação
mensal – janeiro 2008
mensal – janeiro 2008
(Base:
igual perÃodo do ano anterior)
(%)
Fonte:
IBGE
Tabela
2
Estado
de Goiás: Pesquisa Industrial Mensal Produção FÃsica – janeiro/2008
(Base:
Igual perÃodo do ano anterior =100)
Segmentos
|
Mensal
|
Acumulado
|
Últimos
|
Indústria geral
|
3,78
|
3,78
|
1,36
|
Indústria extrativa
|
35,73
|
35,73
|
8,64
|
Indústria de
|
1,47
|
1,47
|
0,75
|
|
2,47
|
2,47
|
0,56
|
Produtos quÃmicos
|
4,91
|
4,91
|
0,19
|
Minerais não metálicos
|
-3,29
|
-3,29
|
6,57
|
Metalurgia básica
|
-7,69
|
-7,69
|
-1,09
|
Fonte:
IBGE.
Equipe de Conjuntura da
Seplan:
Dinamar
Ferreira Marques
Marcos
Fernando Arriel
Maria
de Fátima Mendonça Faleiro Rocha