Indústria goiana cresce 9,1% em fevereiro, maior taxa do País
Conforme publicação da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana cresceu 5,0% no mês de fevereiro, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal. No âmbito regional, onze das quatorze localidades apresentaram taxas negativas, enquanto as demais tiveram aumento da produção. No Brasil, verifica-se que a taxa média teve decréscimo de 2,5%.
No comparativo fevereiro 2013 / fevereiro 2012, a indústria goiana expandiu 9,1%, foi a maior taxa quando comparada aos demais locais pesquisados. Quanto ao resultado nacional, registrou-se queda de 3,2%. Nos índices regionais, o comportamento negativo prevaleceu em dez localidades investigadas, as demais mostraram resultados positivos.
No acumulado do ano, Goiás foi o segundo no ranking do crescimento industrial, com 3,6%, o melhor resultado nesta base de comparação foi o estado da Bahia, 4,0% (Tabela1).
Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais – Fevereiro de 2013 |
|||
Locais |
Variação (%) |
||
Fevereiro/Janeiro * |
Fevereiro 13 / Fevereiro 12 |
Acumulado no ano |
|
Brasil |
-2,5 |
-3,2 |
-2,1 |
Nordeste |
-2,0 |
-4,0 |
1,5 |
Amazonas |
-1,2 |
-3,2 |
-6,4 |
Pará |
-2,5 |
-7,2 |
-1,1 |
Ceará |
-3,2 |
0,8 |
-0,1 |
Pernambuco |
-3,2 |
-6,0 |
0,8 |
Bahia |
-3,7 |
-2,2 |
4,0 |
Minas Gerais |
-11,1 |
-9,8 |
1,2 |
Espírito Santo |
-1,8 |
-13,4 |
-6,9 |
Rio de Janeiro |
-1,5 |
3,6 |
-3,1 |
São Paulo |
-0,5 |
-0,8 |
-3,0 |
Paraná |
-2,2 |
-5,5 |
-4,8 |
Santa Catarina |
0,4 |
-3,3 |
-2,6 |
Rio Grande do Sul |
2,1 |
2,0 |
-3,8 |
Goiás |
5,0 |
9,1 |
3,6 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2013. *Ajustado sazonalmente. |
O Gráfico 1, apresenta o comportamento da média móvel com o índice de base fixa – ambas as comparações com ajuste sazonal. O índice de base fixa descolou do índice da média móvel no mês de outubro de 2012, sendo que no mês seguinte, a média móvel foi superior ao índice de base fixa, a partir de dezembro os resultados foram semelhantes. A importância da comparação da base fixa com a média móvel está no fato de que ela mostra o comportamento homogêneo da série.
No recorte setorial da indústria goiana – comparação fevereiro de 2013 / fevereiro 2012- observou-se expansão em três dos cinco ramos investigados, com destaque para o segmento de alimentos e bebidas, cujo crescimento foi de 13,7%, impulsionado pelo aumento na fabricação de maioneses, molhos de tomates preparados, cervejas e chope.
Nos últimos 12 meses, o setor industrial goiano avançou 9,1%, impulsionado pelo aumento na produção de alimentos e bebidas (13,7%). Apenas dois ramos de atividades apontaram recuo na produção nesse período, quando a principal influência negativa sobre a média global foi assinalada pelo setor de indústria extrativa (-8,6%), além de minerais não metálicos (-7,2%), (Gráfico 2).
O expressivo crescimento da indústria goiana em fevereiro de 2013 (9,1%), posicionou Goiás na liderança do crescimento industrial no país. Dos cinco segmentos que compõem a indústria goiana, dois apresentaram recuo, as taxas mais elevadas vieram dos segmentos de maior peso na composição da taxa global, alimentos e bebidas e produtos químicos e minerais não metálicos. No setor alimentício, a produção de maionese, molhos de tomates, condimentos, cervejas e chope e óleo de soja se mostraram bastante dinâmicos. Na atividade de produtos químicos, o maior desempenho foi observado na produção de medicamentos. E, por fim, em metalurgia básica, pela maior produção de ferroníquel e ferronióbio, impulsionado pelo crescimento da demanda externa por minério de ferro, com a conseqüente elevação dos preços do produto.
Equipe de Conjuntura do IMB:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Eduiges Romanatto
Juliana Dias Lopes
Luciano Ferreira da Silva
Marcos Fernando Arriel
Millades de Carvalho Castro