Indústria goiana cresce 6,1% em maio/2007, melhor resultado entre os estados na comparação com mês anterior.
Em
maio de
2007 a
pesquisa da indústria regional realizada pelo IBGE apresentou taxas positivas
em quase todas as localidades pesquisadas, exceto Amazonas (-1,91%) e Goiás
(-0,16%). Os principais destaques acima da média nacional foram: Pernambuco
(9,73%), Rio Grande do Sul (9,45%), Minas Gerais (8,51%) e Santa Catarina
(7,05%). Ainda com taxas positivas ficaram, Ceará (4,82%), Paraná (4,19%), São
Paulo (3,18%), Região Nordeste (2,89%), EspÃrito Santo (2,52%), Rio de Janeiro
(2,01%) e Bahia (0,46%).
Os resultados
da produção industrial divulgados pelo IBGE referente ao mês de maio
mostraram expansão principalmente no setor de bens de capital, máquinas de
escritório e equipamentos de informática, máquinas e equipamentos e também
produção de veÃculos automotores, sinalizando a retomada dos investimentos,
tendo o crédito como grande promotor do mercado interno de veÃculos
automotores.
Os fatores de
dinamismo presentes na economia brasileira vêm influenciando as economias
regionais. O crescimento da oferta
de crédito, por exemplo, tem tido
grande impacto sobre a indústria automobilÃstica, e é um dos principais
determinantes das elevadas taxas de crescimento industrial de Minas Gerais,
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, estados que estão com as maiores
taxas de crescimento do PaÃs –
7,19%, 8,11%, 8,83% e 4,4%, respectivamente, no acumulado de janeiro-maio desse
ano.
A
evolução dos Ãndices nos primeiros cinco meses de 2007 revela um quadro
positivo da atividade fabril, o setor vem sustentando resultados positivos. O
indicador mensal cresce desde julho de 2006, segundo analista do setor, isso não
se observava desde 2004. É um crescimento cada vez mais generalizado e liderado
pelo setor de bens de capital, sinalizando a retomada dos investimentos na
economia. Um outro fator interessante é a recuperação da agricultura, setor
que passou por momentos difÃceis em 2005 e 2006, mas que voltou a crescer de
forma acelerada em 2007, impulsionando o crescimento das indústrias de máquinas
agrÃcolas.
Â
Â
Tabela 1
Pesquisa Industrial Mensal Produção FÃsica
Regional – maio/2007
(base: igual perÃodo do ano anterior = 100)
Brasil,
|
Indústria
|
Indústria
|
Indústria
|
Alimentos
|
Indústria
|
Minerais
|
 Metalurgia
|
Brasil
|
4,85
|
3,15
|
4,95
|
–
|
–
|
4,00
|
7,05
|
Nordeste
|
2,89
|
-5,41
|
3,56
|
15,53
|
-1,76
|
5,72
|
4,65
|
Amazonas
|
-1,91
|
-7,15
|
-1,78
|
12,06
|
-26,23
|
–
|
–
|
Pará
|
1,28
|
6,02
|
-2,61
|
-9,70
|
–
|
-5,24
|
-0,61
|
Ceará
|
4,82
|
–
|
4,82
|
19,26
|
13,47
|
14,90
|
53,70
|
Pernambuco
|
9,73
|
–
|
9,73
|
7,83
|
21,88
|
0,80
|
-4,02
|
Bahia
|
0,46
|
-2,69
|
0,63
|
24,11
|
-4,83
|
16,42
|
0,15
|
Minas Gerais
|
8,51
|
10,80
|
8,10
|
 |
–
|
-4,19
|
-1,92
|
EspÃrito Santo
|
2,52
|
8,15
|
0,09
|
18,23
|
–
|
3,90
|
2,82
|
Rio de Janeiro
|
2,01
|
-3,45
|
3,32
|
–
|
–
|
6,44
|
28,62
|
São Paulo
|
3,18
|
–
|
3,18
|
–
|
–
|
1,61
|
6,61
|
Paraná
|
4,19
|
–
|
4,19
|
–
|
–
|
19,70
|
–
|
Santa Catarina
|
7,05
|
–
|
7,05
|
–
|
–
|
-1,56
|
-5,85
|
Rio Grande do Sul
|
9,45
|
–
|
9,45
|
–
|
–
|
–
|
5,22
|
Goiás
|
-0,16
|
8,48
|
-0,93
|
-3,18
|
-0,08
|
19,28
|
3,83
|
Fonte: IBGE
Â
 A
indústria goiana teve a maior taxa de crescimento em maio do corrente anoÂ
(6,13%) dentre as quatorze localidades pesquisadas na comparação com
abril, na série livre dos efeitos sazonais. Na comparação mensal apresentou
uma ligeira queda de (-0,16%), reflexo,
sobretudo, do recuo observado na indústria de transformação (-0,93%), uma vez
que o setor extrativo assinalou expansão de 8,48%. O crescimento deste último
segmento foi devido a maior fabricação de amianto e pedras britadas. A indústria
de transformação, cujo recuo é explicado pelo setor de alimentos e bebidas
(-3,18%), exerceu a maior pressão negativa na taxa global, influenciada pela
queda dos itens, açúcar cristal e leite
uma maior queda na taxa global.
A indústria
extrativa e o setor de minerais não metálicos têm configurado como a segunda
matriz de dinamismo da indústria goiana deste o inÃcio de 2007, embora com
menor impacto no resultado da taxa global. O primeiro segmento tem sido
influenciado pelos preços internacionais e pela crescente demanda externa,
especialmente de minérios. Já a boa performance do segmento de minerais não
metálicos revela, o crescimento da atividade de construção civil,
impulsionada pela facilidade de crédito
para o setor, além da redução do IPI -Imposto sobre Produtos Industrializados.
No acumulado
de janeiro a maio de
2007, a
indústria goiana cresceu (3,11%), Ãndice inferior à média nacional do perÃodo,
de (4,43%). Neste ano de 2007 os destaques de Goiás foram a indústria
extrativa, que teve avanço de (17,45%) impulsionado pela produção de amianto,
seguido de minerais não metálicos (11,57%), puxados pela maior produção de
itens da construção civil, tais como, cimento, telhas, revestimentos e outros
Â
Tabela 2
Estado de Goiás: Pesquisa
Industrial Mensal Produção FÃsica – maio –2007
(Base: Igual perÃodo do ano
anterior =100)
Segmentos
|
Mensal
|
Acumulado
|
Últimos
|
Indústria geral
|
-0,16
|
3,11
|
2,94
|
Indústria
|
8,48
|
17,45
|
10,69
|
Indústria
|
-0,93
|
1,97
|
2,34
|
     Â
|
-3,18
|
0,03
|
0,28
|
Produtos
|
-0,08
|
7,62
|
12,81
|
Minerais
|
19,28
|
11,57
|
3,97
|
Metalurgia
|
3,83
|
3,60
|
4,01
|
   Â
         Fonte: IBGE.
Â
Equipe de Conjuntura da Seplan:
Dinamar Ferreira Marques
Eduiges Romanatto
Marcos Fernando Arriel
Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha