Indústria Goiana cresce 5,32% em outubro


Em
outubro, os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente
mostram, frente a setembro, crescimento nos quatorze locais pesquisados, à exceção
de Pernambuco (-1,29%). Paraná (13,63%) foi o único local com aumento de dois
dígitos. Com crescimento acima da média nacional (2,83%) figuram: Rio de
Janeiro (8,51%), Espírito Santo (6,59%), Amazonas (5,44%), Goiás (3,90%) e
Bahia (3,00%). Os resultados nos demais locais foram: Rio Grande do Sul (2,79%),
Minas Gerais (2,28%), Pará (2,79%), São Paulo (1,55%), Santa Catarina (1,42%),
região Nordeste (1,30%) e Ceará (0,49%).

A
indústria brasileira cresceu 2,83% em outubro na comparação com o mês de
setembro, resultado positivo de vinte entre os vinte e sete ramos pesquisados. A
expansão foi mais intensa no setor de bens intermediários e bens de capital. 
No corte por ramo industrial, a maior contribuição para o resultado
global veio do setor de veículos, com crescimento de 7,00%. O forte ritmo de
expansão desse segmento, ao lado das importações de máquinas e equipamentos,
indica que o investimento produtivo está se ampliando, evitando, assim, pressões
inflacionárias.

No confronto
outubro de 2007/outubro de 2006, os índices regionais da produção industrial
mostraram um quadro positivo em todos os locais pesquisado. Cinco localidades
apresentaram crescimento acima da média nacional (10,28%): Amazonas (15,42%),
Paraná (14,35%), Rio grande do Sul (11,32%), São Paulo (11,08%), e Santa
Catarina (10,56%). Abaixo da média ficaram: Minas Gerais (9,79%), Espírito
Santo (9,17%), Goiás (5,32%), Rio de Janeiro (5,06%), Pará (4,61%), Ceará
(3,74%), Região Nordeste (3,36%) e Pernambuco (1,26%).

No
indicador acumulado do ano, de janeiro a outubro de 2007, comparado ao mesmo período
de 2006, houve crescimento em todos os locais. A indústria de Minas Gerais
apresentou a maior elevação (8,56%), seguido por Rio Grande do Sul (7,93%) e
Paraná (7,57%), refletindo o aquecimento da demanda interna por bens duráveis
(automóveis e autopeças) e a recuperação do setor agrícola (máquinas agrícolas)
e as vendas externas de commodities
(minério de ferro, açúcar e carnes de aves). Com taxas próximo da média
nacional (5,88%) figuraram: Espírito Santo (6,14%), São Paulo (5,79%), Santa
Catarina (5,65%). As demais taxas vieram de Pernambuco (4,58%), Amazonas
(3,28%), Pará (2,81%), Região Nordeste (2,42%), Goiás (1,96%), Rio de Janeiro
(1,80%), Bahia (1,34%) e Ceará (0,03%).

O
dinamismo da atividade fabril em nível regional, neste ano de 2007 pode ser
observado em várias localidades, com destaque para Minas Gerais, puxado pelo
crescimento da indústria extrativa do ferro e produção de veículos
automotores, setores que vem recebendo estímulo por parte da economia mundial e
da economia doméstica. No caso de São Paulo, destaque para maior produção de
máquinas e equipamentos, bens da indústria de informática e telecomunicações.
Também deve ser ressaltado que a indústria automobilística de São Paulo, que
vinha crescendo abaixo da média nacional, passou a registrar maiores taxas de
crescimento

Tabela 1

Pesquisa Industrial Mensal Produção Física
Regional – outubro/2007

(base: igual período do ano anterior = 100)

Brasil,
Região Geográfica e Unidade da Federação

Indústria
Geral

Indústria
Extrativa

Indústria
de Transformação

Alimentos
e Bebidas

Indústria
Química

Minerais
Não Metálicos

 Metalurgia Básica

Brasil

10,28

4,15

10,62

8,31

5,94

Nordeste

3,36

5,04

3,25

2,78

-0,17

8,78

1,64

Amazonas

15,42

-6,92

15,99

12,90

-15,75

Pará

4,61

8,48

1,37

5,69

-1,38

-4,32

Ceará

3,74

3,74

5,19

4,17

-5,39

18,01

Pernambuco

1,26

1,26

-1,82

20,49

14,61

-5,47

Bahia

4,21

0,36

4,42

6,45

4,30

10,50

1,56

Minas Gerais

9,79

14,79

8,94

6,54

0,55

Espírito Santo

9,17

13,77

7,21

-4,07

0,87

31,25

Rio de Janeiro

5,06

-9,72

8,65

14,13

5,97

São Paulo

11,08

11,08

11,00

10,95

Paraná

14,35

14,35

8,19

Santa Catarina

10,56

10,56

6,36

12,69

Rio Grande do Sul

11,32

11,32

11,07

Goiás

5,32

-2,82

6,00

3,62

15,09

14,06

1,37

Fonte: IBGE

 

No mês
de outubro de 2007, a atividade industrial de Goiás, ajustada sazonalmente, avançou (3,90%) comparada ao mesmo
mês do ano anterior, revertendo uma trajetória de queda apurada em setembro.
Na comparação outubro 2007/outubro 2006 a produção industrial goiana variou
(5,32%). Já no índice acumulado no período de janeiro-outubro, a taxa de
expansão foi de (1,96%). No indicador acumulado dos últimos doze meses, o
crescimento foi de (2,24%).

 

Em
outubro houve expansão em todos os ramos da transformação (6,00%). As maiores
influências positivas vieram de produtos químicos (15,09%), em função
principalmente da produção de adubos ou fertilizantes e medicamentos; e de
alimentos e bebidas (3,62%), com a maior fabricação de maionese e açúcar
cristal. Em sentido contrário, a indústria extrativa apresentou queda de
2,82%, devido ao decréscimo na produção de amianto.

 O
indicador acumulado no período janeiro-outubro registrou expansão de 1,96%,
com todos os cinco segmentos assinalando resultados positivos. A maior contribuição
veio da indústria extrativa (9,96%), com destaque para os produtos amianto e
pedras britadas. Em seguida, sobressaíram minerais não-metálicos (9,48%) e
alimentos e bebidas (0,69%), devido aos acréscimos de cimento e maionese,
respectivamente.

Observa-se que
no mês de outubro vários setores da indústria goiana que vinha perdendo fôlego
voltaram a recuperar, tais como: produtos químicos, minerais não metálicos e
metalurgia básica. Destaque para maior produção de medicamentos, ferroníquel,
ferronióbio e cimento, respectivamente.

A
ampliação do consumo doméstico, beneficiada pelas boas condições de crédito,
o crescimento nos investimentos, aumentando a capacidade produtiva, e o
dinamismo das vendas externas, apoiado principalmente na maior exportação de
commodities, vêm sustentando o desempenho industrial de Goiás neste ano.

Tabela 2

Estado de Goiás: Pesquisa Industrial Mensal
Produção Física – outubro/2007

(Base: Igual período do ano anterior =100)

Segmentos

Mensal

Acumulado
no ano

Últimos
12 meses

Indústria geral

5,32

1,96

2,24

Indústria extrativa

-2,82

9,96

11,04

Indústria de
transformação

6,00

1,32

1,55

 
Alimentos e bebidas

3,62

0,69

0,63

Produtos químicos

15,09

0,80

3,12

Minerais não metálicos

14,06

9,48

8,41

Metalurgia básica

1,37

1,41

1,96

 Fonte: IBGE.

 

 

Equipe
de Conjuntura da Seplan:


Dinamar
Ferreira Marques


Eduiges
Romanatto


Marcos
Fernando Arriel


Maria
de Fátima Mendonça Faleiro Rocha


 

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