Indústria goiana cresce 4,91% em setembro, terceira maior taxa de crescimento do País.


No
confronto setembro de 2007 / setembro de 2006, os índices regionais da produção
industrial mostraram um quadro positivo, com oito dos quatorze locais
pesquisados apresentando crescimento. São Paulo (8,48%) e Minas Gerais (6,50%)
assinalaram as variações mais acentuadas e acima da média nacional (5,57%).
Registraram taxas positivas: Goiás (4,91%), Santa Catarina (4,05%), Paraná
(3,09%), amazonas (2,09%), Rio Grande do Sul (1,04%) e Região Nordeste (0,72%).
Apresentaram quedas: Ceará (-0,18%), Pará (-0,36%), Bahia (-1,55%), Pernambuco
(-1,79%), Espírito Santo (-2,14%) e Rio de Janeiro (-2,37%).

O
dinamismo do parque fabril de São Paulo, de maior peso no País, foi sustentado
pela expansão de praticamente todos os segmentos, com destaque para veículos
automotores, setor que reflete seu dinamismo a um conjunto de atividades e máquinas
e equipamentos, um dos ramos da indústria de bens de capital que mais amplia a
capacidade produtiva da economia.

Em
setembro de 2007, os índices regionais da produção industrial ajustados
sazonalmente mostraram um predomínio de resultados negativos frente a agosto,
com onze dos quatorze locais pesquisados apresentando queda. Espírito Santo
(-9,87%), Amazonas (-5,30%), Paraná (-3,78%) e Rio de Janeiro (-3,68%) foram os
estados com reduções mais acentuadas. Ceará (2,89%), São Paulo (1,59%),
parque fabril que responde por aproximadamente 40% da estrutura nacional, e região
Nordeste (0,09%), registram taxas acima da média nacional (-0,5%). Esta queda
em setembro, não significa uma reversão da tendência de crescimento da indústria
ao longo do ano, foi apenas um “tropeçoâ€. As expectativas são as melhores,
tudo indica que volte a crescer no último trimestre do ano.


No
indicador acumulado nos nove primeiros meses do ano, em relação a igual período
de 2006, houve crescimento em todos os locais, à exceção do Ceará (-0,38%).
A indústria de Minas Gerais apresentou a maior expansão (8,44%), sustentada,
sobretudo, pelo avanço na fabricação de automóveis. Com taxas acima da média
nacional (5,37%) figuraram, ainda: Rio Grande do Sul (7,31%), Paraná (6,76%) e
Espírito Santo (5,78%). Esses desempenhos
regionais confirmam o perfil de crescimento em 2007, apoiado, principalmente, na
produção de bens de consumo duráveis e de bens de capital, no dinamismo vindo
das exportações de commodities e nos efeitos da recuperação do setor
agrícola.

 


Tabela 1

Pesquisa Industrial Mensal Produção Física
Regional – setembro/2007

(base: igual período do ano anterior = 100)

Brasil,
Região Geográfica e Unidade da Federação

Indústria
Geral

Indústria
Extrativa

Indústria
de Transformação

Alimentos
e Bebidas

Indústria
Química

Minerais
Não Metálicos

 Metalurgia Básica

Brasil

5,57

3,96

5,66

2,33

3,44

Nordeste

0,72

0,73

0,72

3,67

1,90

5,36

2,30

Amazonas

2,09

1,94

2,09

-11,14

30,94

Pará

-0,36

4,94

-4,72

-18,40

-6,84

3,74

Ceará

-0,18

-0,18

3,00

6,26

-2,11

32,60

Pernambuco

-1,79

-1,79

-8,87

17,00

3,62

0,52

Bahia

-1,55

1,31

-1,69

9,30

1,51

4,86

-1,49

Minas Gerais

6,50

8,98

6,07

5,29

2,23

Espírito Santo

-2,14

12,47

-8,31

-20,18

-2,38

10,99

Rio de Janeiro

-2,37

-4,35

-1,90

5,91

-9,87

São Paulo

8,48

8,48

2,82

10,34

Paraná

3,09

3,09

-12,36

Santa Catarina

4,05

4,05

1,74

-1,22

Rio Grande do Sul

1,04

1,04

-8,52

Goiás

4,91

2,41

5,11

7,12

8,74

-8,99

-8,05

Fonte: IBGE

 

No mês
de setembro de 2007, a atividade industrial de Goiás cresceu 4,91% comparada ao mesmo mês do ano anterior, sendo
a terceira maior taxa de crescimento dentre os locais pesquisados, revertendo
uma trajetória de queda de cinco meses. No confronto setembro/agosto o
resultado foi negativo (-1,38%). Já no índice acumulado no período de
janeiro-agosto, a taxa de expansão foi de (1,52%). No indicador acumulado dos
últimos doze meses, o crescimento foi de (2,24%).

Em
setembro houve expansão em três dos cinco ramos pesquisados da indústria
goiana, com destaque para alimentos e bebidas (7,12%), segmento de maior peso na
estrutura fabril, seguido por produtos químicos (8,74%), influenciados
respectivamente pelos itens maionese e açúcar; e adubos, fertilizantes e
medicamentos. Em sentido oposto, vieram o segmento de metalúrgica básica
(-8,05%) e o de minerais não metálicos (-8,99%). As únicas pressões
negativas foram decorrentes, principalmente, do recuo na produção de ferronióbio
e cimento, respectivamente.

A
atividade de produtos químicos vinha perdendo dinamismo desde o mês de abril
de 2007. Neste mês houve uma recuperação de 8,74%, maior taxa do mês. O
setor de alimentos e bebidas (7,12%), também apresentou dinamismo, foi o que
mais contribuiu para a recuperação da taxa global de 4,91%.

Para
os analistas do setor, a recuperação do agronegócio em Goiás contribuiu
significativamente para o crescimento da produção industrial, somados à
recuperação da indústria química. A tendência é que feche o ano com
resultados bastante significativos, pois se espera um aquecimento na demanda,
principalmente do ramo de alimentos e bebidas.

Tabela 2

Estado de Goiás: Pesquisa Industrial Mensal
Produção Física – setembro/2007

(Base: Igual período do ano anterior =100)

Segmentos

Mensal

Acumulado
no ano

Últimos
12 meses

Indústria geral

4,91

1,52

2,24

Indústria extrativa

2,41

11,64

15,11

Indústria de
transformação

5,11

0,70

1,26

 
Alimentos e bebidas

7,12

0,34

0,36

Produtos químicos

8,74

-1,90

3,49

Minerais não metálicos

-8,99

8,99

6,65

Metalurgia básica

-8,05

1,42

1,59

 Fonte: IBGE.

 

Equipe
de Conjuntura da Seplan:


Dinamar
Ferreira Marques


Eduiges
Romanatto


Marcos
Fernando Arriel



Maria
de Fátima Mendonça Faleiro Rocha

Governo na palma da mão

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