Indústria goiana cresce 4,73% em novembro


A
produção industrial brasileira em novembro ajustada sazonalmente, na comparação
com o mês anterior, recuou (1,82%). Esse resultado foi decorrência da redução
do nível de atividade em sete das 14 regiões pesquisadas. Os estados com maior
influência negativa foram Paraná (-9,07%), Amazonas (-2,62%) e Rio de Janeiro
(-2,52%). São Paulo, apesar da queda de (1,64%) em relação a outubro,
situou-se acima da média nacional. Entre os estados com expansão da produção
destacaram-se Espírito Santo (2,62%), Minas Gerais (1,34%), Bahia (0,93%), Goiás
(0,81%), Pernambuco (0,60%) e Rio Grande do Sul (0,57%). Vale notar ainda, que a
região Nordeste manteve-se praticamente estável na passagem outubro/novembro
(0,03%).

Este
resultado (1,82%) da indústria brasileira em novembro em relação a outubro
chama atenção, pois se trata de uma queda acentuada, levando em consideração
o crescimento de (3,26%) do mês anterior. O recuo observado na produção teve
perfil generalizado e atingiu a maioria (18) dos vinte e sete ramos pesquisados.
Os principais impactos negativos vieram de veículos automotores (-3,92%), após
acréscimo de (7,73%) no mês anterior, edição e impressão (-5,83%) e
alimentos (-1,94%). Entre os nove ramos industriais com crescimento,
destacou-se, farmacêutica (5,66%) e metalurgia básica (1,28%) que exerceram as
influências positivas mais relevantes.

No
confronto novembro de 2007/novembro de 2006, os índices regionais da produção
industrial mostraram um quadro positivo praticamente em todos os locais
pesquisados, exceto Pará (-2,01%), que registrou taxa negativa. Cinco
localidades apresentaram crescimento acima da média nacional (6,72%): Espírito
Santo (11,57%), Minas Gerais (9,63%), Rio grande do Sul (8,71%), São Paulo
(8,47%), e amazonas (7,37%). Abaixo da média ficaram: Santa Catarina (5,74%),
Goiás (4,73%), Região Nordeste (3,18%), Bahia (2,84%), Pernambuco (2,83%), Rio
de Janeiro (2,79%), Paraná (2,05%), Ceará (1,87%).

No
indicador acumulado do ano, de janeiro a novembro de 2007, comparado ao mesmo
período de 2006, houve crescimento em todos os locais. A indústria de Minas
Gerais apresentou a maior elevação (8,75%), vindo em seguida Rio Grande do Sul
com (8,01%) e Paraná (7,05%), refletindo o aquecimento da demanda interna por
bens duráveis (automóveis e autopeças) e a recuperação do setor agrícola
(máquinas agrícolas) e as vendas externas de commodities
(minério de ferro, açúcar e carnes de aves), ainda com taxas acima da média
nacional (5,98%) figuraram: Espírito Santo (6,66%), São Paulo (6,08%), As
demais taxas vieram de Pernambuco (4,42%), Amazonas (3,69%), Região Nordeste
(2,51%), Pará (2,34%), Goiás (2,23%), Rio de Janeiro (1,92%), Bahia (1,48%) e
Ceará (0,22%).

As quatro localidades que
lideraram o crescimento industrial no período de janeiro a novembro de 2007
dificilmente mudarão este quadro até o fechamento em dezembro. Minas Gerais líder
em crescimento destacou-se com segmentos que tiveram muito dinamismo no corrente
ano, como a indústria extrativa (ferro), indústria automobilística, máquinas
e equipamentos e siderurgia, reagindo prontamente aos primeiros sinais de
reativação do setor industrial. Rio Grande do Sul segundo em crescimento, com
as maiores influências vindo de refino de petróleo e produção de álcool, máquinas
e equipamentos e veículos automotores. No Estado do Paraná a principal influência
positiva veio de veículos automotores, impulsionado, em grande parte, pelos
itens caminhões e automóveis. Vale citar ainda os avanços em máquinas e
equipamentos e alimentos, por conta, principalmente, de máquinas para colheita
e tratores agrícola. E por fim Espírito Santo,

com avanços tanto na indústria extrativa como na indústria de transformação.
No primeiro segmento, sobressaiu a maior extração de petróleo ao longo de
2007. Já na indústria de transformação, o principal destaque ficou com a
metalurgia básica e alimentos e bebidas.

Tabela
1

Pesquisa
Industrial Mensal Produção Física Regional – novembro/2007

(base:
igual período do ano anterior = 100)

Brasil,
Região Geográfica e Unidade da Federação

Indústria
Geral

Indústria
Extrativa

Indústria
de Transformação

Alimentos
e Bebidas

Indústria
Química

Minerais
Não Metálicos

 Metalurgia Básica

Brasil

6,72

3,51

6,91

4,80

7,65

Nordeste

3,18

5,13

3,06

-0,79

3,81

10,86

-0,99

Amazonas

7,37

-1,33

7,57

-12,35

-24,75

Pará

-2,01

-5,14

0,91

-11,70

-2,78

5,51

Ceará

1,87

1,87

0,60

18,28

-23,14

-3,91

Pernambuco

2,83

2,83

-1,90

23,60

8,19

6,17

Bahia

2,84

2,29

2,86

-2,19

3,94

15,37

-4,73

Minas
Gerais

9,63

17,88

8,26

7,82

2,17

Espírito
Santo

11,57

10,52

12,01

-3,78

0,89

40,46

Rio
de Janeiro

2,79

-7,04

5,18

-5,40

14,83

São
Paulo

8,47

8,47

2,09

8,59

Paraná

2,05

2,05

1,58

Santa
Catarina

5,74

5,74

3,87

0,50

Rio
Grande do Sul

8,71

8,71

7,30

Goiás

4,73

8,45

4,41

3,20

15,15

3,32

-1,40

Fonte: IBGE

 

No
mês de novembro de 2007, a atividade industrial de Goiás, ajustada sazonalmente, cresceu (0,81%) comparada ao mês
anterior, após mostrar expansão de (3,71%) Na comparação novembro
2007/novembro 2006 a produção industrial goiana variou (4,73%). Já no índice
acumulado no período de janeiro-novembro, a taxa de expansão foi de (2,23%).
No indicador acumulado dos últimos doze meses, o crescimento foi de (2,10%).

No
confronto novembro 07/ novembro 06, o índice geral assinalou expansão de
(4,73%), com quatro das cinco atividades assinalando taxas positivas. Os
principais impactos sobre a média global foram observados em alimentos e
bebidas (3,20%), por conta da maior produção de maionese e refrigerantes; e
produtos químicos (15,15%), refletindo a expansão na fabricação de
medicamentos e sabões para uso doméstico e industrial. Metalurgia básica
(-1,40%), único ramo com queda na produção, foi pressionado pela menor
fabricação de ouro em barras.
A indústria
extrativa apresentou expansão (8,45%), revertendo a queda apurada no mês de
outubro de (–2,82%).

O
indicador acumulado no período janeiro-novembro registrou expansão de (2,23%),
com todos os cinco segmentos assinalando resultados positivos. A maior contribuição
veio da indústria extrativa (9,81%), com destaque para os produtos amianto e
pedras britadas. Em seguida, sobressaíram minerais não-metálicos (8,88%) e
produtos químicos (2,16%), devido aos acréscimos na produção de cimento e
medicamentos, respectivamente.

Observa-se
que a indústria química goiana amargou queda por cinco meses consecutivos, de
abril a agosto de 2007, voltando a recuperar a partir de setembro, com taxas
bastante expressivas, sendo (10,22%) em setembro, (15,09%) em outubro e (15,15%)
em novembro, motivado, sobretudo, pelo aquecimento na produção de
medicamentos. Alimentos e bebidas, segmento de maior peso na formação da taxa
global, também tem sustentado ao longo dos últimos cinco meses taxas
positivas, a uma média de 3,69%.

Vale
destacar que o crescimento da indústria goiana poderia ter sido maior, pois o mês
de novembro teve um número significativamente menor de dias úteis do que
outubro, 22 dias contra 20 dias, respectivamente, o que foi também fator de
crescimento mais baixo na comparação dos dois meses. As perspectivas para o
fechamento do ano de 2007 para a indústria goiana são de taxas positivas para
todos os segmentos, com sensível recuperação do segmento de alimentos e
bebidas devido a baixa base de comparação com ano anterior.

Tabela
2

Estado
de Goiás: Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – novembro/2007

(Base:
Igual período do ano anterior =100)

Segmentos

Mensal

Acumulado
no ano

Últimos
12 meses

Indústria
geral

4,73

2,23

2,10

Indústria
extrativa

8,45

9,81

9,76

Indústria
de transformação

4,41

1,61

1,49

 
Alimentos e bebidas

3,20

0,93

0,58

Produtos
químicos

15,15

2,16

3,44

Minerais
não metálicos

3,32

8,88

7,96

Metalurgia
básica

-1,40

1,16

1,55

 Fonte: IBGE.

 

Equipe
de Conjuntura da Seplan:

Dinamar Ferreira Marques

Marcos Fernando Arriel

Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha

 

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