Indústria goiana cresce 4,7%, impulsionada pela maior produção de alimentos e bebidas.
Os dados de produção industrial referente ao mês de novembro de 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para Goiás apurou um recuo de 2,8% frente ao mês anterior, já descontados dos efeitos sazonais, segunda queda consecutiva, refletindo a desaceleração na produção de produtos químicos e metalurgia básica. O índice de média móvel trimestral permaneceu negativo também pelo segundo mês, ao assinalar recuo de 1,4% entre os trimestres encerrados em outubro e novembro. Na comparação com novembro de 2009 o aumento foi de 4,7%, mantendo a sequência de treze meses de resultados positivos neste tipo confronto. Nos onze meses do ano a uma expansão foi de 16,8%. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, mostrou redução no ritmo de crescimento, ao passar de 16,8% em outubro para 16,2% em novembro, interrompendo a trajetória ascendente observada desde outubro de 2009.
Gráfico 1
Produção Industrial – Goiás
Índices de Base Fixa (2002=100)
Série com Ajuste Sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
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No confronto com novembro de 2009, a indústria goiana cresceu 4,8%, impulsionada pela expansão em apenas dois dos cinco setores investigados, com destaque principalmente para o ramo de alimentos e bebidas (15,1%), por conta, sobretudo do crescimento na produção de refrigerantes, farinhas e“pellets” de óleo de soja e óleo de soja em bruto. O outro resultado positivo foi assinalado pelo setor extrativo (19,8%), refletindo em grande parte o aumento na produção de amianto. Por outro lado, entre os setores que apontaram queda, o principal impacto ficou com produtos químicos (-15,7%), vindo a seguir metalurgia básica (-27,3%), influenciados em grande parte pelos itens medicamentos e ferroníquel, respectivamente.
O índice acumulado no ano ficou positivo em 16,8%, refletindo, sobretudo as expansões em quatro dos cinco setores investigados, com destaque para os ramos de produtos químicos (69,9%) e de alimentos e bebidas (9,5%). Nessas atividades, sobressaíram os itens medicamentos e adubos e fertilizantes, no primeiro ramo, e refrigerantes, maionese, cervejas e chope, no segundo. Por outro lado, o único resultado negativo foi observado no setor de metalurgia básica (-11,7%), por conta principalmente da queda nos itens ferronióbio e ferroníquel.
Tabela 1
Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – novembro/2010
(Base: Igual período do ano anterior =100)
(%) |
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Segmentos |
Mensal |
Acumulado no ano |
Últimos 12 meses |
Indústria geral |
4,7 |
16,8 |
16,2 |
Indústria extrativa |
19,8 |
5,5 |
5,6 |
Indústria de transformação |
3,5 |
17,8 |
17,2 |
Alimentos e bebidas |
15,1 |
9,5 |
8,0 |
Produtos químicos |
-15,7 |
69,9 |
73,5 |
Minerais não metálicos |
-1,7 |
15,6 |
14,8 |
Metalurgia básica |
-27,3 |
-11,7 |
-9,9 |
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FoFonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria |
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As perspectivas para a produção industrial goiana em 2010 são positivas. O dinamismo da produção goiana naquele ano se deve ao desempenho principalmente da indústria alimentícia, segmento com maior importância na cadeia produtiva do estado, impulsionado pelo crescimento das exportações da agroindústria. O segmento de produtos químicos também alavancou a indústria do estado, expandiu 69,9% no acumulado do ano, puxado pela maior produção de medicamentos e insumos para produção agrícola.
Equipe de Conjuntura da Seplan:
Dinamar Ferreira Marques
Marcos Fernando Arriel
Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha
Daniela Vieira de Oliveira
Eduiges Romanatto