Indústria goiana cresce 2,4%
Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), a indústria goiana (transformação e extrativa mineral) apresentou aumento de 0,1%, na comparação de agosto/17 com julho/17 (série com ajuste sazonal). Na mesma base de comparação, a produção nacional recuou 0,8%. Apresentaram taxas positivas os seguintes estados: Espírito Santo (7,5%), Bahia (4,9%), Amazonas (3,2%), Rio de Janeiro (2,4%), Pernambuco (1,8%). Santa Catarina ficou estável. Por outro lado, as taxas negativas foram assinaladas por São Paulo (-1,4%), Rio Grande do Sul (-1,4%), Minas Gerais (-0,7%), Pará (-0,7%), Paraná (-0,4%) e Ceará (-0,1%), conforme apresentado na Tabela 1.
Na comparação interanual, o setor industrial brasileiro cresceu 4,0% em agosto de 2017, com treze dos quinze locais pesquisados apontando resultados positivos. Neste mês, o estado do Mato Grosso (15,8%) obteve o avanço mais intenso, impulsionado, principalmente, pelo setor de produtos alimentícios. Ainda nessa comparação, Pará (9,3%), Paraná (8,8%), Espírito Santo (7,7%), São Paulo (6,6%), Amazonas (5,4%), Santa Catarina (5,0%), Ceará (4,6%), Bahia (4,6%), Goiás (2,4%), região Nordeste (1,7%), Minas Gerais (1,5%) e Pernambuco (0,2%) também registraram taxas positivas para o mês de agosto. Por outro lado, os estados com resultados negativos foram Rio Grande do Sul (-2,0%) e Rio de Janeiro (-1,7%).
No indicador acumulado do ano (janeiro-agosto de 2017), frente a igual período do ano anterior, Goiás acumulou uma taxa positiva de 1,5%, sendo a mesma taxa observada para o Brasil. Nesta mesma comparação, treze locais pesquisados apresentaram resultados positivos: Pará (8,6%), Paraná (4,6%), Espírito Santo (3,7%), Santa Catarina (3,7%), Minas Gerais (1,9%), Amazonas (1,9%), Rio de Janeiro (1,8%), São Paulo (1,5%), Ceará (1,4%), Mato Grosso (1,3%), Rio Grande do Sul (1,1%) e Pernambuco (0,3%).
Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria |
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Resultados Regionais – Agosto de 2017 |
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Locais |
Variação (%) |
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Com Ajuste Sazonal |
Sem Ajuste Sazonal |
|||
Agosto17 / Julho17* |
Agosto17 / Agosto16 |
Acumulado no ano |
Acumulado nos últimos 12 meses |
|
Brasil |
-0,8 |
4,0 |
1,5 |
-0,1 |
Nordeste |
0,4 |
1,7 |
-1,0 |
-1,2 |
Amazonas |
3,2 |
5,4 |
1,9 |
-0,3 |
Pará |
-0,7 |
9,3 |
8,6 |
7,8 |
Ceará |
-0,1 |
4,6 |
1,4 |
-0,4 |
Pernambuco |
1,8 |
0,2 |
0,3 |
-0,2 |
Bahia |
4,9 |
4,6 |
-3,9 |
-5,1 |
Minas Gerais |
-0,7 |
1,5 |
1,9 |
0,2 |
Espírito Santo |
7,5 |
7,7 |
3,7 |
-1,4 |
Rio de Janeiro |
2,4 |
-1,7 |
1,8 |
2,0 |
São Paulo |
-1,4 |
6,6 |
1,5 |
0,4 |
Paraná |
-0,4 |
8,8 |
4,6 |
3,0 |
Santa Catarina |
0,0 |
5,0 |
3,7 |
2,3 |
Rio Grande do Sul |
-1,4 |
-2,0 |
1,1 |
0,4 |
Mato Grosso |
– |
15,8 |
1,3 |
-3,0 |
Goiás |
0,1 |
2,4 |
1,5 |
-1,8 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. |
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*Ajustado sazonalmente. |
Na análise, comparando agosto/2017 com agosto/2016, seis das nove atividades que compõem a pesquisa da indústria goiana registraram crescimento em seu desempenho. O resultado acumulado da indústria goiana nos últimos 12 meses é de -1,8%, e no Brasil a taxa é de -0,1%.
O principal impacto positivo sobre o total da indústria em agosto foi observado na fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (16,2%) e na de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (8,1%), explicados, sobretudo, pela maior produção de medicamentos, no primeiro, e álcool etílico e biodiesel, no segundo.
Em sentido oposto, a maior queda foi verificada na fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-22,0%), influenciada pela menor produção de de esquadrias de alumínio, ferro e aço. Os demais recuos vieram da fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-12,5%) e de fabricação de produtos de minerais não-metálicos (-10,8%), explicados pela menor produção de automóveis, e de de massa de concreto preparada para construção, cimentos “Portland”, elementos pré-fabricados para construção civil de cimento ou concreto e chapas, painéis, ladrilhos e outros artefatos de fibrocimento, respectivamente.
No acumulado do ano de 2017 (janeiro- agosto), como já especificado anteriormente, a indústria de Goiás avançou 1,5% frente a igual período do ano anterior. Explica-se esse resultado, em grande medida, pelo setor de fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (33,7%), dada a maior produção de medicamentos. Ademais, a indústria de alimentos, que possui o maior peso na estrutura industrial goiana, também contribuiu com esse resultado apresentando uma taxa acumulada de 2,1%. Vale citar ainda o avanço vindo da metalurgia (2,0%) e da indústria extrativa (3,9%). Em sentido oposto, a fabricação de produtos minerais não-metálicos (-16,9%) e a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-13,0%) exercem as principais influências negativas sobre o total da indústria no ano, pressionado, em grande parte, pela menor produção, respectivamente, de cimento, chapas, painéis, ladrilhos e elementos pré-fabricados para construção civil e de automóveis.
Tabela 2 – Produção Industrial Mensal por atividades em Agosto (Base: igual mês do ano anterior) |
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Atividades de Indústria |
Variação Percentual (%) |
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Ago17 / Ago16 |
Acumulado no ano |
Acumulado em 12 meses |
||||
Brasil |
Goiás |
Brasil |
Goiás |
Brasil |
Goiás |
|
Indústria geral |
4,0 |
2,4 |
1,5 |
1,5 |
-0,1 |
-1,8 |
Indústrias extrativas |
2,6 |
1,1 |
6,6 |
3,9 |
3,5 |
-0,8 |
Indústria de transformação |
4,2 |
2,4 |
0,8 |
1,4 |
-0,7 |
-1,8 |
Fabricação de produtos alimentícios |
4,7 |
0,5 |
0,3 |
2,1 |
-0,1 |
-0,5 |
Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis |
-3,7 |
8,1 |
-6,6 |
-2,7 |
-8,1 |
-9,8 |
Fabricação de outros produtos químicos |
0,1 |
5,5 |
-1,0 |
-5,0 |
-0,4 |
-1,1 |
Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos |
-5,8 |
16,2 |
-6,0 |
33,7 |
-7,3 |
34,8 |
Fabricação de produtos de minerais não-metálicos |
0,6 |
-10,8 |
-4,0 |
-16,9 |
-6,1 |
-17,3 |
Metalurgia |
1,6 |
3,5 |
2,3 |
2,0 |
1,3 |
-1,1 |
Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos |
-3,5 |
-22,0 |
-1,7 |
-4,2 |
-3,6 |
-17,1 |
Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias |
28,3 |
-12,5 |
13,9 |
-13,0 |
11,0 |
-15,4 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2017. |
Equipe de Conjuntura do IMB:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Jalda Claudino
Juliana Dias Lopes
Rafael dos Reis Costa