Indústria goiana cresce 2,1%
Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), a indústria goiana (transformação e extrativa mineral) apresentou aumento de 2,1%, na comparação de setembro/17 com agosto/17 (série com ajuste sazonal). Na mesma base de comparação, a produção nacional cresceu 0,2%. Apresentaram taxas positivas os seguintes estados: Rio de Janeiro (8,7%), Goiás (2,1%), Pará (2,0%), São Paulo (1,3%), Paraná (0,2%) e Santa Catarina (0,2%). Na direção oposta, houve perdas no Espírito Santo (-3,0%), Pernambuco (‑2,5%), região Nordeste (-2,0%), Ceará (-1,1%), Amazonas (-1,1%), Bahia (-1,1%), Rio Grande do Sul (-1,0%) e Minas Gerais (‑0,4%), conforme apresentado na Tabela 1.
Na comparação interanual, o setor industrial brasileiro cresceu 2,5% em setembro de 2017, com dez dos quinze locais pesquisados apontando resultados positivos. Neste mês, o estado do Pará (13,3%) obteve o avanço mais intenso, impulsionado, principalmente, pela maior extração de minérios de ferro em bruto. Ainda nessa comparação, Rio de Janeiro (11,4%), Paraná (9,0%), Goiás (7,3%), Amazonas (6,7%), São Paulo (5,1%), Bahia (4,7%), Mato Grosso (4,5%), Ceará (3,3%) e Santa Catarina (2,5%) também registraram taxas positivas para o mês de setembro. Por outro lado, os estados com resultados negativos foram Rio Grande do Sul (-5,1%), Pernambuco (-4,1%), Espírito Santo (-2,8%), região Nordeste (-1,4%) e Minas Gerais (-0,8%).
No indicador acumulado do ano (janeiro-setembro de 2017), frente a igual período do ano anterior, Goiás acumulou uma taxa positiva de 2,4% e o Brasil 1,6%. Nesta mesma comparação, doze locais pesquisados apresentaram resultados positivos: Pará (9,8%), Paraná (5,1%), Santa Catarina (3,6%), Espírito Santo (3,0%), Rio de Janeiro (2,8%), Amazonas (2,4%), Mato Grosso (2,1%), São Paulo (2,0%), Ceará (1,6%), Minas Gerais (1,6%) e Rio Grande do Sul (0,9%).
Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais – Setembro de 2017 |
||||
Locais |
Variação (%) |
|||
Com Ajuste Sazonal |
Sem Ajuste Sazonal |
|||
Setembro17 / Agosto17* |
Setembro17 / Setembro16 |
Acumulado no ano |
Acumulado nos últimos 12 meses |
|
Brasil |
0,2 |
2,5 |
1,6 |
0,4 |
Nordeste |
-2,0 |
-1,4 |
-0,9 |
-1,1 |
Amazonas |
-1,1 |
6,7 |
2,4 |
1,5 |
Pará |
2,0 |
13,3 |
9,8 |
9,2 |
Ceará |
-1,1 |
3,3 |
1,6 |
0,5 |
Pernambuco |
-2,5 |
-4,1 |
-0,1 |
-0,1 |
Bahia |
-1,1 |
4,7 |
-2,9 |
-4,1 |
Minas Gerais |
-0,4 |
-0,8 |
1,6 |
0,3 |
Espírito Santo |
-3,0 |
-2,8 |
3,0 |
0,4 |
Rio de Janeiro |
8,7 |
11,4 |
2,8 |
2,9 |
São Paulo |
1,3 |
5,1 |
2,0 |
0,9 |
Paraná |
0,2 |
9,0 |
5,1 |
4,6 |
Santa Catarina |
0,2 |
2,5 |
3,6 |
2,5 |
Rio Grande do Sul |
-1,0 |
-5,1 |
0,9 |
0,4 |
Mato Grosso |
– |
4,5 |
2,1 |
-0,3 |
Goiás |
2,1 |
7,3 |
2,4 |
-0,5 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017. *Ajustado sazonalmente |
Na análise, comparando setembro/2017 com setembro/2016, cinco das nove atividades que compõem a pesquisa da indústria goiana registraram crescimento em seu desempenho. O resultado acumulado da indústria goiana nos últimos 12 meses é de -0,5%, e no Brasil a taxa é de 0,4%.
O principal impacto positivo sobre o total da indústria em setembro foi observado na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (131,6%) e na fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (42,9%), explicados, sobretudo, pelo aumento na produção de automóveis e veículos para transporte de mercadorias; e de medicamentos, respectivamente.
Em sentido oposto, a maior queda foi verificada na fabricação de outros produtos químicos (-22,2%) devido a menor produção de adubos ou fertilizantes e fosfatos de monoamônio. Os demais recuos vieram da fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-14,6%), fabricação de produtos minerais não metálicos (-10,5%) e da fabricação de produtos alimentícios (-1,4%), esta última explicada pela menor produção de açúcar cristal e carnes de bovinos frescas ou refrigeradas.
No acumulado do ano de 2017 (janeiro-setembro), como já especificado anteriormente, a indústria de Goiás avançou 2,4% se comparada ao mesmo período do ano anterior. Explica-se esse resultado em grande medida pelo setor de fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (35,7%), dada a maior produção de medicamentos. Ademais, a indústria de alimentos, que possui o maior peso na estrutura industrial goiana, também contribuiu com esse resultado ao apresentar uma taxa acumulada de 1,7%. Vale apontar ainda o avanço vindo da metalurgia (2,6%) e da indústria extrativa (4,6%). Em sentido oposto, a fabricação de produtos minerais não-metálicos (-16,1%) e a fabricação de outros produtos químicos (-8,0%) exercem as principais influências negativas sobre o total da indústria no ano, justificadas, em grande parte, pela menor produção de cimento, chapas, painéis, ladrilhos e elementos pré-fabricados para construção civil, assim como adubos, fertilizantes e fosfatos.
O resultado da produção industrial goiana em setembro dá mostra de que o setor está reagindo gradativamente, uma vez que vem crescendo desde maio de 2017. Porém, a alta de setembro ainda está concentrada em alguns setores. Dos nove ramos industriais pesquisados, cinco tiveram resultados positivos, dos quais vale destacar a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que apresentou crescimento a três dígitos (131,6%). É preciso notar, no entanto, que essa expansão é uma compensação dos fortes recuos anteriores; no acumulado do ano o setor ainda registra taxa negativa de -4,5%.
Tabela 2 – Produção Industrial Mensal por atividades em Setembro (Base: igual mês do ano anterior) |
||||||
Atividades de Indústria |
Variação Percentual (%) |
|||||
Set17 / Set16 |
Acumulado no ano |
Acumulado em 12 meses |
||||
Brasil |
Goiás |
Brasil |
Goiás |
Brasil |
Goiás |
|
Indústria geral |
2,5 |
7,3 |
1,6 |
2,4 |
0,4 |
-0,5 |
Indústrias extrativas |
2,3 |
9,5 |
6,1 |
4,6 |
4,6 |
1,5 |
Indústria de transformação |
2,7 |
7,2 |
0,9 |
2,3 |
-0,2 |
-0,6 |
Fabricação de produtos alimentícios |
3,6 |
-1,4 |
0,1 |
1,7 |
-0,7 |
-1,0 |
Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis |
3,9 |
16,8 |
-5,4 |
0,3 |
-6,7 |
-7,3 |
Fabricação de outros produtos químicos |
-2,8 |
-22,2 |
-1,2 |
-8,0 |
-0,7 |
-4,5 |
Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos |
-26,5 |
42,9 |
-7,2 |
35,7 |
-9,0 |
39,2 |
Fabricação de produtos de minerais não-metálicos |
2,9 |
-10,5 |
-3,5 |
-16,1 |
-4,9 |
-16,7 |
Metalurgia |
2,8 |
6,9 |
2,4 |
2,6 |
1,5 |
-1,8 |
Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos |
-5,3 |
-14,6 |
-2,3 |
-5,2 |
-3,8 |
-14,5 |
Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias |
20,8 |
131,6 |
14,8 |
-4,5 |
12,7 |
-0,2 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2017. |
Equipe de Conjuntura do IMB:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Jalda Claudino
Juliana Dias Lopes
Rafael dos Reis Costa