Indústria goiana cresce 20,0%, impulsionada pelos avanços na produção de alimentícios e medicamentos.
Dados da produção industrial do mês de outubro de 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para Goiás apontam para um aquecimento em relação a outubro do ano passado (20,0%). Entretanto, na comparação com o mês de setembro a indústria goiana recuou 4,5%, na série livre dos efeitos sazonais, depois de avançar 3,3% no mês anterior. O índice de média móvel trimestral assinalou queda de 0,7% na passagem dos trimestres encerrados em setembro e outubro, revertendo as duas taxas positivas observadas em agosto (0,2%) e setembro (4,9%).
Gráfico 1
Produção Industrial – Goiás
Índices de Base Fixa (2002=100)
Série com Ajuste Sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de
Indústria
A expansão de 20,0% do setor industrial goiano, décima segunda taxa positiva consecutiva, é a mais elevada desde maio último (22,6%). Com esse resultado Goiás apresentou taxa bastante superior à média nacional (2,1%), posicionando-se em primeiro lugar no ranking nacional. No indicador acumulado no ano, a produção avançou 18,1%. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, foi positiva (16,8%) e com ritmo mais intenso que o observado em agosto (13,8%) e setembro (14,5%).
A indústria de Goiás mostrou crescimento na produção em quatro dos cinco ramos, com destaque para alimentos e bebidas (17,4%) e produtos químicos (75,8%). Nesses setores cresceram a produção de maionese e refrigerantes, no primeiro ramo, e de medicamentos e adubos e fertilizantes no segundo. Os demais resultados positivos foram observados em minerais não metálicos (16,4%) e indústrias extrativas (5,0%). Por outro lado, metalurgia básica (-29,1%) apontou a única taxa negativa, refletindo em grande parte a queda na fabricação de ferroníquel, ouro em barras e ferronióbio.
Tabela 1
Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – outubro/2010
(Base: Igual período do ano anterior =100)
(%) |
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Segmentos |
Mensal |
Acumulado no ano |
Últimos 12 meses |
Indústria geral |
20,0 |
18,1 |
16,8 |
Indústria extrativa |
5,0 |
4,1 |
4,0 |
Indústria de transformação |
21,4 |
19,4 |
18,0 |
Alimentos e bebidas |
17,4 |
9,0 |
6,3 |
Produtos químicos |
75,8 |
85,0 |
89,7 |
Minerais não metálicos |
16,4 |
17,6 |
16,4 |
Metalurgia básica |
-29,1 |
-10,1 |
-6,0 |
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FoFonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria |
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O índice acumulado no ano mostrou expansão de 18,1% frente ao mesmo período do ano passado, com novamente quatro dos cinco ramos pesquisados apontando taxas positivas. Os principais impactos sobre a média global ficaram com os setores de produtos químicos (85,0%) e de alimentos e bebidas (9,0%), impulsionados, respectivamente, pelos itens medicamentos e refrigerantes. Por outro lado, o ramo de metalurgia básica (-10,1%) permaneceu como a única pressão negativa sobre o total da indústria.
No primeiro semestre do ano a indústria goiana mostrou ritmo mais intenso que o registrado no terceiro trimestre deste ano. Esse comportamento foi observado principalmente na fabricação de produtos químicos (127,0%) e minerais não metálicos (20,0%). Em outubro esses dois segmentos continuaram expandindo, juntamente com o segmento de alimentos e bebidas, que saiu de 7,9% no primeiro semestre para 17,4% em outubro. Metalurgia básica aumentou o recuo, saiu de -2,5% no primeiro semestre para 29,1% em outubro.
Tabela 2
Estado de Goiás: Pesquisa Industrial
(Base: Igual Trimestre do Ano Anterior = 100)
Atividades industriais |
2010 |
||
1º Semestre |
3º Trimestre |
Outubro |
|
Indústria geral |
21,0 |
12,8 |
20,0 |
Indústria extrativa |
4,1 |
3,9 |
5,0 |
Indústria de transformação |
22,7 |
13,5 |
21,4 |
Alimentos e bebidas |
7,9 |
8,0 |
17,4 |
Produtos químicos |
127,0 |
43,8 |
75,8 |
Minerais não metálicos |
20,0 |
14,0 |
16,4 |
Metalurgia básica |
-2,5 |
-16,8 |
-29,1 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
O fato da produção goiana em outubro ter ficado bem acima da média nacional é devido ao perfil de sua produção, baseada em produtos cuja demanda é mais sensível ao crescimento da economia e da renda, como alimentos, medicamentos e matérias-primas para construção civil. O único resultado negativo foi o das indústrias de metalurgia básica, que produziram 29% menos em outubro e 10% menos este ano, refletindo a queda na produção de ferroníquel, ouro em barras e ferronióbio, esses minérios sentiram mais os efeitos do câmbio, foram mais afetados pela concorrência mundial, com isso reduziram as exportações.
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Tabela 2
Estado de Goiás: Pesquisa Industrial
(Base: Igual Trimestre do Ano Anterior = 100)
Atividades industriais |
2010 |
||
1º Semestre |
3º Trimestre |
Outubro |
|
Indústria geral |
21,0 |
12,8 |
20,0 |
Indústria extrativa |
4,1 |
3,9 |
5,0 |
Indústria de transformação |
22,7 |
13,5 |
21,4 |
Alimentos e bebidas |
7,9 |
8,0 |
17,4 |
Produtos químicos |
127,0 |
43,8 |
75,8 |
Minerais não metálicos |
20,0 |
14,0 |
16,4 |
Metalurgia básica |
-2,5 |
-16,8 |
-29,1 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria