Indústria goiana cresce 1,63% no primeiro semestre de 2007. Destaque para o setor extrativo, com expansão de 18,16%


Em
junho de
2007 a

pesquisa industrial regional realizada pelo IBGE apresentou taxas positivas em
quase todas as localidades pesquisadas, exceto Goiás (-4,45%) e Pará (-0,55%)
que tiveram queda. Os Estados que tiveram crescimento relevante, acima da média
nacional (6,58%), foram: Minas Gerais (11,33%), Amazonas (7,06%), Rio Grande do
Sul (7,02%) e São Paulo (6,82%). Ainda com taxas positivas ficaram: Santa
Catarina (5,32%), Pernambuco (5,20%), Região Nordeste (4,16%), Paraná (4,14%),
Ceará (2,88%), Bahia (2,79%), Rio de Janeiro (2,46%) e Espírito Santo (2,23%).

Esses
resultados da produção industrial brasileira decorreram da expansão mais
significativa da indústria Mineira, dos Estados da Região Sul, principalmente
Rio Grande do Sul e São Paulo, tendo como base desse crescimento os setores de
bens de capital, agrícolas, bens de consumo duráveis e commodities
exportadoras (especialmente o setor extrativo mineral).

Os
bons números da indústria brasileira confirmam que a aceleração da atividade
industrial está ocorrendo de forma sustentada, sob a liderança do setor de
bens de capital, gerando assim, capacidade produtiva adicional necessária para
abastecer o mercado, o que evita pressões inflacionárias. Vale lembrar que a
expansão do setor de bens de capital está sendo ajudada pelo aumento das
importações, principalmente de máquinas e equipamentos, contribuindo para o
aumento da utilização da capacidade produtiva do setor.

Um
outro destaque foi o crescimento dos segmentos de bens de consumo, que tem
apresentado resultados acima da indústria geral, impulsionados pelo aquecimento
da demanda interna em um cenário de juros em queda, crédito em expansão,
elevação do nível de emprego e renda e expectativas empresariais favoráveis.

 


Tabela
1

Pesquisa
Industrial Mensal Produção Física Regional – junho/2007

(base:
igual período do ano anterior = 100)

Brasil,
Região Geográfica e Unidade da Federação

Indústria
Geral

Indústria
Extrativa

Indústria
de Transformação

Alimentos
e Bebidas

Indústria
Química

Minerais
Não Metálicos

 Metalurgia
Básica

Brasil

6,58

8,52

6,47

8,05

7,60

Nordeste

4,16

-0,55

4,53

8,96

0,54

11,29

1,45

Amazonas

7,06

-3,07

7,35

21,65

5,61

Pará

-0,55

3,39

-3,80

-18,65

-12,02

1,57

Ceará

2,88

2,88

9,83

42,32

17,69

57,68

Pernambuco

5,20

5,20

6,54

22,39

5,75

-4,07

Bahia

2,79

3,42

2,76

7,67

-0,88

13,09

4,61

Minas Gerais

11,33

13,27

10,97

                   

-0,09

5,14

Espírito Santo

2,23

13,21

-2,83

-1,16

1,84

-7,53

Rio de Janeiro

2,46

7,84

1,28

7,91

6,12

São Paulo

6,82

6,82

10,11

9,69

Paraná

4,14

4,14

25,24

Santa Catarina

5,32

5,32

-5,81

-5,58

Rio Grande do Sul

7,02

7,02

16,70

Goiás

-4,45

21,50

-6,38

-7,18

-8,39

5,89

-5,64

Fonte: IBGE

 

No
confronto com junho do ano passado, a produção goiana recuou (4,45%),
refletindo o desempenho negativo verificado na indústria de transformação
(-6,38%), já que o setor extrativo mineral teve forte expansão (21,50%),
apoiado no desempenho da produção do amianto e pedras britadas. Em relação
à indústria de transformação, três ramos mostraram retração, dentre eles,
alimentos e bebidas (-7,18%), que refletiu a queda na fabricação de leite em pó. O único ramo da indústria de transformação goiana que expandiu a produção
foi minerais não metálicos (5,89%), com destaque para o item cimento.

No
indicador acumulado do primeiro semestre ante o mesmo período do ano passado, a
indústria goiana cresceu (1,63%), nível menor que o de maio (3,00%), neste
mesmo tipo de comparação. O setor extrativo, ao expandir (18,16%), sobressaiu
como o maior impacto positivo para a taxa global. Na indústria de transformação
(0,33%), três dos quatro setores pesquisados mostraram crescimento, valendo
destacar o setor de  minerais não-metálicos
(10,55%) e produtos químicos (4,53%), com aumento na produção de cimentos,
adubos e fertilizantes, respectivamente. Por outro lado, o único ramo com
resultado desfavorável foi o segmento de alimentos e bebidas (-1,45%), com
queda na fabricação de leite em pó.

Na
análise por trimestres, verifica-se que, no período abril-junho, a indústria
goiana mostrou desempenho negativo (-2,61%), resultado que contrasta com a boa
performance obtida no primeiro trimestre (6,49%). Este movimento foi motivado,
sobretudo, pelos segmentos de alimentos e bebidas, que passa de um crescimento
de (2,63%) no período janeiro-março para queda de (4,92%) no segundo
trimestre, e produtos químicos (de 23,68% para -12,79%).

Embora
a indústria  goiana tenha
apresentado resultado desfavorável, outros indicadores conjunturais como,
mercado de trabalho, balança comercial e vendas do comércio varejista, devem
ser considerados para medir o desempenho da economia goiana, considerando que o
cenário é favorável, baixa inflação, juros declinantes, facilidade de
acesso ao crédito, aumento das contratações, da renda e da massa salarial de
trabalhadores, agregando aos resultados favoráveis nas exportações e
principalmente ao setor agrícola que está se recuperando.

 

Tabela
2

Estado
de Goiás: Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – junho –2007

(Base:
Igual período do ano anterior =100)

Segmentos

Mensal

Acumulado
no ano

Últimos
12 meses

Indústria geral

-4,45

1,63

2,45

Indústria
extrativa

21,50

18,16

14,61

Indústria
de transformação

-6,38

0,33

1,52

       
Alimentos e bebidas

-7,18

-1,45

-0,48

Produtos
químicos

-8,39

4,53

11,22

Minerais
não metálicos

5,89

10,55

4,32

Metalurgia
básica

-5,64

2,02

2,79

Fonte:
IBGE.

Equipe
de Conjuntura da Seplan:


Dinamar
Ferreira Marques


Eduiges
Romanatto


Marcos
Fernando Arriel


Maria
de Fátima Mendonça Faleiro Rocha


 

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