Indústria goiana cresce 1,1%
Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), a indústria goiana (transformação e extrativa mineral) apresentou aumento de 0,4%, na comparação de julho/17 com junho/17 (série com ajuste sazonal). Na mesma base de comparação, a produção nacional cresceu 0,8%. Apresentaram taxas positivas os seguintes estados: Bahia (7,2%), região Nordeste (3,2%), Pará (2,3%), Paraná (2,3%), São Paulo (1,7%), Santa Catarina (0,7%) e Goiás (0,4%). Por outro lado, as taxas negativas foram assinaladas por Espírito Santo (-8,3%), Rio de Janeiro (-5,9%), Amazonas (-3,1%), Rio Grande do Sul (-1,5%), Minas Gerais (-1,0%), Ceará (-0,7%) e Pernambuco (-0,2%), conforme apresentado na Tabela 1.
Na comparação interanual, o setor industrial brasileiro cresceu 2,5% em julho de 2017, com onze dos quinze locais pesquisados apontando resultados positivos. Neste mês, o estado da Bahia (7,6%) obteve o avanço mais intenso, impulsionado, principalmente, pelos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, de automóveis e de celulose. Ainda nessa comparação, Santa Catarina (4,6%), São Paulo (4,1%), região Nordeste (3,6%), Pará (3,2%), Paraná (2,8%), Ceará (2,2%), Mato Grosso (1,8%), Minas Gerais (1,1%), Goiás (1,1%) e Rio Grande do Sul (0,7%) também registraram taxas positivas para o mês de julho. Por outro lado, os estados com resultados negativos foram Pernambuco (-5,7%), Rio de Janeiro (-5,0%), Espírito Santo (-4,4%) e Amazonas (-0,9%).
No indicador acumulado do ano (janeiro-julho de 2017), frente a igual período do ano anterior, Goiás acumulou uma taxa positiva de 1,4%, enquanto a taxa nacional ficou em 0,9%. Nesta mesma comparação, onze dos quinze locais pesquisados apresentaram resultados positivos: Paraná (3,9%), Santa Catarina (3,5%), Espírito Santo (3,1%), Rio de Janeiro (2,4%), Minas Gerais (2,0%), Rio Grande do Sul (1,5%), Goiás (1,4%), Amazonas (1,3%), Ceará (1,0%), São Paulo (0,6%) e Pará (0,4%).
Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria |
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Resultados Regionais – Julho de 2017 |
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Locais |
Variação (%) |
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Com Ajuste Sazonal |
Sem Ajuste Sazonal |
|||
Julho17 / Junho17* |
Julho17 / Julho16 |
Acumulado no ano |
Acumulado nos últimos 12 meses |
|
Brasil |
0,8 |
2,5 |
0,9 |
-1,1 |
Nordeste |
3,2 |
3,6 |
-1,2 |
-1,5 |
Amazonas |
-3,1 |
-0,9 |
1,3 |
-1,5 |
Pará |
2,3 |
3,2 |
0,4 |
3,7 |
Ceará |
-0,7 |
2,2 |
1,0 |
-1,0 |
Pernambuco |
-0,2 |
-5,7 |
-0,4 |
-0,8 |
Bahia |
7,2 |
7,6 |
-5,1 |
-6,4 |
Minas Gerais |
-1,0 |
1,1 |
2,0 |
-0,4 |
Espírito Santo |
-8,3 |
-4,4 |
3,1 |
-4,5 |
Rio de Janeiro |
-5,9 |
-5,0 |
2,4 |
1,8 |
São Paulo |
1,7 |
4,1 |
0,6 |
-0,6 |
Paraná |
2,3 |
2,8 |
3,9 |
1,8 |
Santa Catarina |
0,7 |
4,6 |
3,5 |
2,0 |
Rio Grande do Sul |
-1,5 |
0,7 |
1,5 |
0,6 |
Mato Grosso |
– |
1,8 |
-0,9 |
-5,6 |
Goiás |
0,4 |
1,1 |
1,4 |
-2,2 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. |
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*Ajustado sazonalmente. |
Na análise, comparando julho/2017 com julho/2016, seis das nove atividades que compõem a pesquisa da indústria goiana registraram crescimento em seu desempenho. O resultado acumulado da indústria goiana nos últimos 12 meses é de -2,2%, e no Brasil a taxa é de -1,1%.
O principal impacto positivo sobre o total da indústria em julho foi observado na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (38,8%) e fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (22,0%), explicados, sobretudo, pela maior produção de automóveis e medicamentos, respectivamente.
Em sentido oposto, a maior queda foi verificada na fabricação de produtos minerais não-metálicos (-22,5%), influenciada pela menor produção de cimento, chapas, painéis, ladrilhos e elementos pré-fabricados para construção civil . Os demais recuos vieram dos setores de metalurgia (-18,5%) e de fabricação de produtos alimentícios (-0,9%), explicados pela menor produção de ouro e ferronióbio e de óleo de soja refinado e açúcar cristal, respectivamente.
No acumulado do ano de 2017 (janeiro- julho), como já especificado anteriormente, a indústria de Goiás avançou 1,4% frente a igual período do ano anterior. Explica-se esse resultado, em grande medida, pelo setor de fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (37,0%), dada a maior produção de medicamentos. Ademais, a indústria de alimentos, que possui o maior peso na estrutura industrial goiana, também contribuiu com esse resultado. Vale citar ainda o avanço vindo de metalurgia (1,8%), explicado pela maior produção de ferronióbio. Em sentido oposto, a fabricação de produtos minerais não-metálicos (-17,9%) e a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-13,0%) exercem as principais influências negativas sobre o total da indústria no ano, pressionado, em grande parte, pela menor produção, respectivamente, de cimento, chapas, painéis, ladrilhos e elementos pré-fabricados para construção civil e de automóveis.
Tabela 2 – Produção Industrial Mensal por atividades em Julho (Base: igual mês do ano anterior) |
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Atividades de Indústria |
Variação Percentual (%) |
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Jul17 / Jul16 |
Acumulado no ano |
Acumulado em 12 meses |
||||
Brasil |
Goiás |
Brasil |
Goiás |
Brasil |
Goiás |
|
Indústria geral |
2,5 |
1,1 |
0,9 |
1,4 |
-1,1 |
-2,2 |
Indústrias extrativas |
1,2 |
5,2 |
5,2 |
4,4 |
1,0 |
-1,4 |
Indústria de transformação |
2,7 |
0,9 |
0,2 |
1,2 |
-1,4 |
-2,2 |
Fabricação de produtos alimentícios |
6,7 |
-0,9 |
-0,6 |
2,5 |
-0,8 |
0,0 |
Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis |
-3,6 |
0,9 |
-7,1 |
-5,4 |
-8,9 |
-11,6 |
Fabricação de outros produtos químicos |
-1,7 |
5,4 |
-1,3 |
-6,8 |
-0,3 |
-1,5 |
Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos |
2,0 |
22,0 |
-5,5 |
37,0 |
-6,5 |
35,0 |
Fabricação de produtos de minerais não-metálicos |
-3,4 |
-22,5 |
-4,7 |
-17,9 |
-7,1 |
-17,6 |
Metalurgia |
-3,9 |
-18,5 |
2,5 |
1,8 |
1,1 |
-0,1 |
Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos |
-1,1 |
3,5 |
-1,3 |
-0,7 |
-3,2 |
-16,4 |
Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias |
11,8 |
38,8 |
11,5 |
-13,0 |
7,6 |
-18,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2017. |
Equipe de Conjuntura do IMB:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Jalda Claudino
Juliana Dias Lopes
Rafael dos Reis Costa