Indústria goiana cresce 10,7%
Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), a indústria goiana (transformação e extrativa mineral) apresentou aumento de 0,1%, na comparação de outubro/17 com setembro/17 (série com ajuste sazonal). Na mesma base de comparação, a produção nacional cresceu 0,2%. Apresentaram taxas positivas os seguintes estados: Amazonas (3,9%), Santa Catarina (1,6%), Ceará (1,2%) Rio de Janeiro (0,6%), Espirito Santo (0,5%) e Goiás (0,1%). Na direção oposta, houve perdas na Bahia (-7,0%), Pernambuco (-2,1%), Minas Gerais (-1,2%), São Paulo (-1,2%), Pará (-1,0%), Nordeste (-0,6%), Rio Grande do Sul (-0,6%) e Paraná (-0,1%), conforme apresentado na Tabela 1.
Na comparação interanual, o setor industrial brasileiro cresceu 5,2% em outubro de 2017, com dez dos quinze locais pesquisados apontando resultados positivos. Neste mês, o estado do Mato Grosso (29,1%) obteve o avanço mais intenso. Vale destacar nesse resultado a influência da baixa base de comparação, já que em outubro de 2016 o total da indústria recuou 17,2%, sendo a produção alimentícia a contribuição mais relavante. Ainda nessa comparação, Pará (17,2%), Amazonas (12,2%), Rio de Janeiro (11,0%), Goiás (10,7%), Santa Catarina (9,1%), Ceará (7,1%) São Paulo (6,8%), Paraná (4,1%), Minas Gerais (3,1%) também registraram taxas positivas para o mês de outubro. Por outro lado, os estados com resultados negativos foram Pernambuco (-6,1%), Bahia (-3,6%), Espírito Santo (-3,1%), Rio Grande do Sul (-2,3%), e região Nordeste (-1,1%).
No indicador acumulado do ano (janeiro-outubro de 2017), frente a igual período do ano anterior, Goiás acumulou uma taxa positiva de 3,5% e o Brasil 1,9%. Nesta mesma comparação, doze locais pesquisados apresentaram resultados positivos: Pará (10,5%), Paraná (5,0%), Mato Grosso (4,6%), Santa Catarina (4,2%), Rio de Janeiro (3,7%), Goiás (3,5%), Amazonas (3,5%), São Paulo (2,5%), Espírito Santo (2,4%), Ceará (2,3%), Minas Gerais (1,7%) e Rio Grande do Sul (0,6%).
Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria – Resultados Regionais – Outubro de 2017 |
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Locais |
Variação (%) |
|||
Com Ajuste Sazonal |
Sem Ajuste Sazonal |
|||
Outubro17 / Setembro17* |
Outubro17 / Outubro16 |
Acumulado no ano |
Acumulado nos últimos 12 meses |
|
Brasil |
0,2 |
5,2 |
1,9 |
1,5 |
Nordeste |
-0,6 |
-1,1 |
-0,9 |
-1,0 |
Amazonas |
3,9 |
12,2 |
3,5 |
3,5 |
Pará |
-1,0 |
17,2 |
10,5 |
10,5 |
Ceará |
1,2 |
7,1 |
2,3 |
1,9 |
Pernambuco |
-2,1 |
-6,1 |
-0,8 |
-0,7 |
Bahia |
-7,0 |
-3,6 |
-3,0 |
-3,8 |
Minas Gerais |
-1,2 |
3,1 |
1,7 |
1,6 |
Espírito Santo |
0,5 |
-3,1 |
2,4 |
1,8 |
Rio de Janeiro |
0,6 |
11,0 |
3,7 |
3,5 |
São Paulo |
-1,2 |
6,8 |
2,5 |
2,1 |
Paraná |
-0,1 |
4,1 |
5,0 |
5,1 |
Santa Catarina |
1,6 |
9,1 |
4,2 |
3,7 |
Rio Grande do Sul |
-0,6 |
-2,3 |
0,6 |
0,6 |
Mato Grosso |
– |
29,1 |
4,6 |
3,6 |
Goiás |
0,1 |
10,7 |
3,5 |
1,4 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017. *Ajustado sazonalmente. |
Na análise, comparando outubro/2017 com outubro/2016, sete das nove atividades que compõem a pesquisa da indústria goiana registraram crescimento em seu desempenho. O resultado acumulado da indústria goiana nos últimos 12 meses é de 1,4%, e no Brasil a taxa é de 1,5%.
O principal impacto positivo sobre o total da indústria em outubro foi observado na fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (25,8%), Metalurgia (25,7%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (12,9%) e na fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (10,9%), explicados, sobretudo, pelo aumento na produção de álcool etílico, pela maior produção de ouro e ferronióbio, de automóveis e veículos para transporte de mercadorias, e medicamentos, respectivamente.
Em sentido oposto, a maior queda foi verificada na Fabricação de produtos minerais não-metálicos (-10,8%) e de produtos de metal (-22,4%), devida a menor produção de elementos pré-fabricados para construção civil de cimento ou concreto, misturas betuminosas fabricadas com asfalto ou betumes, massa de concreto preparada para construção e chapas, painéis, ladrilhos, telhas, canos, tubos e outros artefatos de fibrocimento, na primeira e de latas de ferro e aço para embalagem, na segunda.
No acumulado do ano de 2017 (janeiro-outubro), a indústria de Goiás avançou 3,5% se comparada ao mesmo período do ano anterior, com cinco das nove atividades investigadas apontando aumento na produção. Explica-se esse resultado em grande medida pelos setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (32,6%) e produtos alimentícios (2,5%), impulsionados pela expansão na produção de medicamentos, leite esterilizado/UHT/Longa Vida e em pó e óleo de soja em bruto, respectivamente. Vale ressaltar ainda o avanço vindo do ramo de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,2%), explicado, em grande medida, pela maior produção de biodiesel e álcool etílico.
O setor industrial goiano mostrou crescimento de 10,7% no índice mensal de outubro de 2017, sexta taxa positiva consecutiva neste tipo de confronto e a mais elevada desde novembro de 2014 (11,6%). A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao avançar 1,4% em outubro de 2017 apontou o primeiro resultado positivo desde dezembro de 2015 (0,5%) e prosseguiu com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em dezembro de 2016 (-4,7%).
Tabela 2 – Produção Industrial Mensal por atividades em Outubro (Base: igual mês do ano anterior) |
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Atividades de Indústria |
Variação Percentual (%) |
|||||
out17 / out16 |
Acumulado no ano |
Acumulado em 12 meses |
||||
Brasil |
Goiás |
Brasil |
Goiás |
Brasil |
Goiás |
|
Indústria geral |
5,2 |
10,7 |
1,9 |
3,5 |
1,5 |
1,4 |
Indústrias extrativas |
3,0 |
0,5 |
5,8 |
4,1 |
5,8 |
3,1 |
Indústria de transformação |
5,6 |
11,2 |
1,4 |
3,4 |
0,9 |
1,3 |
Fabricação de produtos alimentícios |
0,2 |
7,2 |
0,1 |
2,5 |
-0,2 |
0,6 |
Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis |
-1,4 |
25,8 |
-5,1 |
3,2 |
-6,1 |
-3,1 |
Fabricação de outros produtos químicos |
4,0 |
0,1 |
-0,6 |
-6,4 |
-0,2 |
-5,1 |
Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos |
-2,5 |
10,9 |
-7,4 |
32,6 |
-8,8 |
36,4 |
Fabricação de produtos de minerais não-metálicos |
2,3 |
-10,8 |
-3,1 |
-15,6 |
-3,6 |
-16,0 |
Metalurgia |
6,6 |
25,7 |
2,9 |
4,8 |
2,3 |
1,4 |
Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos |
1,0 |
-22,4 |
-2,0 |
-6,6 |
-2,8 |
-11,8 |
Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias |
27,3 |
12,9 |
16,1 |
-3,1 |
15,9 |
0,6 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2017. |
Equipe de Conjuntura do IMB:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Jalda Claudino
Juliana Dias Lopes
Rafael dos Reis Costa