Indústria goiana cresce 0,8%
Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), a indústria goiana (transformação e extrativa mineral) apresentou aumento de 0,8%, na comparação de maio/17 com abril/17 (série com ajuste sazonal), retomando o crescimento que apresentou nos primeiros três meses do ano. Na mesma base de comparação, a produção nacional também cresceu 0,8%. Apresentaram taxas positivas os seguintes estados: Ceará (5,9%), Bahia (3,6%), Pará (3,1%), São Paulo (2,5%), Rio Grande do Sul (2,5%), Santa Catarina (1,4%), Paraná (1,4%), Região Nordeste (1,3%) e Pernambuco (0,1%). Por outro lado, as taxas negativas foram assinaladas por Amazonas (-3,6%), Espírito Santo (-1,9%), Rio de Janeiro (-1,6%) e Minas Gerais (-0,2%), conforme apresentado na Tabela 1.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial brasileiro cresceu 3,9% em maio de 2017, com dez dos quinze locais pesquisados apontando resultados positivos. Neste mês, o estado de Santa Catarina (9,5%) obteve os avanço mais intenso, impulsionado, principalmente pelas atividades de confecção de artigos do vestuário, metalurgia e produtos alimentícios. Ainda nessa comparação, Paraná (7,5%), Rio Grande do Sul (7,5%), Ceará (7,4%), São Paulo (4,3%), Pará (2,9%), Rio de Janeiro (2,9%), Minas Gerais (2,6%), Região Nordeste (1,4%) e Espírito Santo (1,2%) também registraram taxas positivas para o mês de maio. Por outro lado, Mato Grosso (-3,6%) e Pernambuco (-3,2%) apresentaram os recuos mais acentuados para o mês. Os demais resultados negativos foram observados na Bahia (-0,9%), em Goiás (-0,6%) e no Amazonas (-0,1%).
No indicador acumulado do ano (janeiro-maio de 2017), frente a igual período do ano anterior, Goiás acumulou uma taxa positiva de 1,5%, enquanto a taxa nacional ficou em 0,5%. Nesta mesma comparação, dez dos quinze locais pesquisados apresentaram resultados positivos: Rio de Janeiro (4,6%), Santa Catarina (4,3%), Espírito Santo (3,4%), Paraná (3,0%), Minas Gerais (2,1%), Amazonas (1,9%), Rio Grande do Sul (1,9%), Pernambuco (1,3%) e Pará (0,3%).
Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria |
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Resultados Regionais – Maio de 2017 |
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Locais |
Variação (%) |
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Com Ajuste Sazonal |
Sem Ajuste Sazonal |
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Maio17 / Abril17* |
Maio17 / Maio16 |
Acumulado no ano |
Acumulado nos últimos 12 meses |
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Brasil |
0,8 |
3,9 |
0,5 |
-2,4 |
|
|||
Nordeste |
1,3 |
1,4 |
-1,6 |
-2,2 |
|
|||
Amazonas |
-3,6 |
-0,1 |
1,9 |
-2,6 |
|
|||
Pará |
3,1 |
2,9 |
0,3 |
5,5 |
|
|||
Ceará |
5,9 |
7,4 |
-0,2 |
-2,0 |
|
|||
Pernambuco |
0,1 |
-3,2 |
1,3 |
-0,9 |
|
|||
Bahia |
3,6 |
-0,9 |
-6,6 |
-8,2 |
|
|||
Minas Gerais |
-0,2 |
2,6 |
2,1 |
-1,7 |
|
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Espírito Santo |
-1,9 |
1,2 |
3,4 |
-9,3 |
|
|||
Rio de Janeiro |
-1,6 |
2,9 |
4,6 |
1,7 |
|
|||
São Paulo |
2,5 |
4,3 |
-0,6 |
-1,7 |
|
|||
Paraná |
1,4 |
7,5 |
3,0 |
0,3 |
|
|||
Santa Catarina |
1,4 |
9,5 |
4,3 |
1,3 |
|
|||
Rio Grande do Sul |
2,5 |
7,5 |
1,9 |
-0,6 |
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|||
Mato Grosso |
– |
-3,6 |
-1,4 |
-4,9 |
|
|||
Goiás |
0,8 |
-0,6 |
1,5 |
-2,5 |
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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. |
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*Ajustado sazonalmente. |
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Em Goiás, a taxa de -0,6% apresentada em maio reflete, principalmente, a menor produção de álcool etílico, que obteve uma taxa de -10,0% no setor de coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis. Por outro lado, os principais impactos positivos sobre o total da indústria foram observados nos setores de produtos farmoquímicos, farmacêutico e metalurgia, conforme a Tabela 2.
Na análise, comparando maio/2017 com maio/2016, cinco das nove atividades que compõem a pesquisa da indústria goiana registraram queda em seu desempenho. E o resutlado acumulado da indústria goiana nos últimos 12 meses é de -2,5%, e no Brasil a taxa é de -2,4%.
O principal impacto positivo sobre o total da indústria foi observado no setor de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (23,5%), na indústria extrativa (13,9%) e na atividade de metalurgia (8,8%), explicados, sobretudo, pela maior produção de medicamentos no primeiro ramo, de minérios de cobre e pedras calcárias no segundo e de ferronióbio no último.
Em sentido oposto, a maior queda foi verificada na atividade de produtos de minerais não metálicos (-11,6%), influenciada pela menor produção de cimento, chapas, painéis, ladrilhos e elementos pré-fabricados para construção civil. Os demais recuos vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-10,0%) e de fabricação de outros produtos químicos (-7,7%), explicados, especialmente, pela menor produção de álcool etílico, e de adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio e fosfatos de monoamônio, respectivamente.
No acumulado do ano de 2017 (janeiro- maio), como já especificado anteriormente, a indústria de Goiás avançou 1,5% frente a igual período do ano anterior. Explica-se esse resultado, em grande medida, pelo setor de fabricação de medicamentos (35,8%), dada a maior produção de medicamentos, que mantém essa taxa positiva. Ademais, a indústria de alimentos, que possui o maior peso na estrutura industrial goiana, contribui com esse resultado. Vale citar ainda o avanço vindo de metalurgia (8,1%), explicado pela maior produção de ferronióbio. Em sentido oposto, o ramo de veículos automotores, reboques e carrocerias (-19,3%) exerceu a principal influência negativa sobre o total da indústria no ano, pressionado, em grande parte, pela menor produção de automóveis.
Tabela 2 – Produção Industrial Mensal por atividades em Maio (Base: igual mês do ano anterior) |
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Atividades de Indústria |
Variação Percentual (%) |
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Mai17 / Mai16 |
Acumulado no ano |
Acumulado em 12 meses |
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Brasil |
Goiás |
Brasil |
Goiás |
Brasil |
Goiás |
|
Indústria geral |
3,9 |
-0,6 |
0,5 |
1,5 |
-2,4 |
-2,5 |
Indústrias extrativas |
2,9 |
13,9 |
6,3 |
3,4 |
-1,4 |
-6,9 |
Indústria de transformação |
4,1 |
-1,1 |
-0,3 |
1,4 |
-2,6 |
-2,2 |
Fabricação de produtos alimentícios |
0,4 |
1,4 |
-4,6 |
4,0 |
-1,9 |
1,5 |
Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis |
-4,2 |
-10,0 |
-8,1 |
-10,3 |
-10,1 |
-12,0 |
Fabricação de outros produtos químicos |
0,0 |
-7,7 |
-0,1 |
-8,3 |
0,5 |
-1,1 |
Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos |
-5,2 |
23,5 |
-4,9 |
35,8 |
-6,4 |
25,6 |
Fabricação de produtos de minerais não-metálicos |
-3,8 |
-11,6 |
-4,8 |
-15,5 |
-7,9 |
-15,0 |
Metalurgia |
6,2 |
8,8 |
4,6 |
8,1 |
1,2 |
4,6 |
Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos |
3,5 |
-6,3 |
-1,4 |
-2,9 |
-5,1 |
-23,8 |
Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias |
27,8 |
-5,5 |
12,9 |
-19,3 |
4,4 |
-23,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2017. |
Equipe de Conjuntura do IMB:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Jalda Claudino
Juliana Dias Lopes
Rafael dos Reis Costa