Indústria goiana cresce 0,5%


Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), a indústria goiana (transformação e extrativa mineral) apresentou aumento de 0,1%, na comparação de junho/17 com maio/17 (série com ajuste sazonal), sendo o segundo mês consecutivo com taxa positiva. Na mesma base de comparação, a produção nacional manteve-se estável. Apresentaram taxas positivas os seguintes estados: Rio de Janeiro (3,1%), Amazonas (2,8%), Pernambuco (1,7%), Minas Gerais (1,6%), São Paulo (0,8%), Paraná (0,5%), Ceará (0,1%), Espírito Santo (0,1%) e Goiás (0,1%).  Por outro lado, as taxas negativas foram assinaladas por Bahia (-10,0%), região Nordeste (-4,0%), Rio Grande do Sul (-1,1%), Pará (-0,4%) e Santa Cararina (-0,1%), conforme apresentado na Tabela 1.

 

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial brasileiro cresceu 0,5% em junho de 2017, com oito dos quinze locais pesquisados apontando resultados positivos. Neste mês, o estado do Espírito Santo  (10,0%) obteve os avanço mais intenso, impulsionado, principalmente, pelos itens minérios de ferro pelotizados ou sinterizados. Ainda nessa comparação, Ceará (4,3%), São Paulo (3,1%), Minas Gerais (3,0%), Rio Grande do Sul (2,0%), Paraná (0,6%), Goiás (0,5%) e Amazonas (0,1%)  também registraram taxas positivas para o mês de maio. O estado do Mato Grosso ficou estável no mês de análise. Por outro lado, Bahia (-10,9%) e a região Nordeste (-5,1%) apresentaram os recuos mais acentuados para o mês. Os demais resultados negativos foram observados em Pernambuco (-2,8%), no Pará (-2,1%), em Santa Catarina (-0,8%) e no Rio de Janeiro (-0,1%).

 

No indicador acumulado do ano (janeiro-junho de 2017), frente a igual período do ano anterior, Goiás acumulou uma taxa positiva de 1,5%, enquanto a taxa nacional ficou em 0,5%. Nesta mesma comparação, dez dos quinze locais pesquisados apresentaram resultados positivos: Espírito Santo (4,4%), Rio de Janeiro (3,6%), Santa Catarina (3,3%), Minas Gerais (2,4%) Paraná (2,4%), Rio Grande do Sul (1,9%), Amazonas (1,7%), Goiás (1,5%), Ceará e Pernambuco (0,6%).

 

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Junho de 2017

Locais

Variação (%)

Com Ajuste Sazonal

Sem Ajuste Sazonal

Junho17 / Maio17*

Junho17 / Junho16

Acumulado no ano

Acumulado nos últimos 12 meses

Brasil

0,0

0,5

0,5

-1,9

Nordeste

-4,0

-5,1

-2,3

-2,5

Amazonas

2,8

0,1

1,7

-1,8

Pará

-0,4

-2,1

-0,2

4,1

Ceará

0,1

4,3

0,6

-1,3

Pernambuco

1,7

-2,8

0,6

-0,7

Bahia

-10,0

-10,9

-7,4

-8,7

Minas Gerais

1,6

3,0

2,4

-0,8

Espírito Santo

0,1

10,0

4,4

-6,1

Rio de Janeiro

3,1

-0,1

3,6

1,8

São Paulo

0,8

3,1

-0,1

-1,2

Paraná

0,5

0,6

2,4

0,8

Santa Catarina

-0,1

-0,8

3,3

1,1

Rio Grande do Sul

-1,1

2,0

1,9

-0,6

Mato Grosso

0,0

-1,4

-6,5

Goiás

0,1

0,5

1,5

-2,3

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

*Ajustado sazonalmente.

 

 

 

 

 

 

 

Na análise, comparando junho/2017 com junho/2016, seis das nove atividades que compõem a pesquisa da indústria goiana registraram queda em seu desempenho. O resultado acumulado da indústria  goiana nos últimos 12 meses é de -2,3%, e no Brasil a taxa é de  -1,9%.

 

O principal impacto positivo sobre o total da indústria em junho foi observado no setor de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (29,6%), na indústria extrativa (8,9%) e na fabricação de produtos alimentícios (2,0%), explicados, sobretudo, pela maior produção de medicamentos no primeiro ramo, de minérios de cobre e pedras calcárias no segundo e de açúcar e leite em pó no último.

 

Em sentido oposto, a maior queda foi verificada na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-23,4%), influenciada pela menor produção automóveis. Os demais recuos vieram dos setores de produtos minerais não-metálicos (-22,7%) e de fabricação de outros produtos químicos (-9,4%), explicados pela menor produção de cimento, chapas, painéis, ladrilhos e elementos pré-fabricados para construção civil e de adubos ou fertilizantes e fosfatos de monoamônio, respectivamente.

No acumulado do ano de 2017 (janeiro- junho), como já especificado anteriormente, a indústria de Goiás avançou 1,5% frente a igual período do ano anterior. Explica-se esse resultado, em grande medida,  pelo setor de fabricação de medicamentos (40,0%), dada a maior produção de medicamentos. Ademais, a indústria de alimentos, que possui o maior peso na estrutura industrial goiana, também contribui com esse resultado. Vale citar ainda o avanço vindo de metalurgia (5,7%), explicado pela maior produção de ferronióbio. Em sentido oposto, o ramo de veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,2%) exerceu a principal influência negativa sobre o total da indústria no ano, pressionado, em grande parte, pela menor produção de automóveis.
 
 

 

Tabela 2 – Produção Industrial Mensal por atividades em Junho (Base: igual mês do ano anterior)

Atividades de Indústria

Variação Percentual (%)

Jun17 / Jun16

Acumulado

no ano

Acumulado

em 12 meses

Brasil

Goiás

Brasil

Goiás

Brasil

Goiás

Indústria geral

0,5

0,5

0,5

1,5

-1,9

-2,3

Indústrias extrativas

4,5

8,9

6,0

4,3

0,1

-3,6

Indústria de transformação

-0,1

0,1

-0,3

1,4

-2,2

-2,2

Fabricação de produtos alimentícios

7,2

2,0

-2,2

3,5

-1,0

1,2

Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis

-5,3

-1,0

-7,6

-7,5

-9,5

-11,8

Fabricação de outros produtos químicos

-6,4

-9,4

-1,3

-8,5

-0,3

-3,1

Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos

-18,6

29,6

-6,8

40,0

-7,7

31,1

Fabricação de produtos de minerais não-metálicos

-4,6

-22,7

-3,9

-16,8

-7,1

-16,3

Metalurgia

0,0

-4,5

3,6

5,7

1,4

3,0

Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos

-2,9

-2,9

-1,7

-2,9

-4,4

-20,5

Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias

6,7

-23,4

11,7

-20,2

5,3

-25,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2017.

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Jalda Claudino

Juliana Dias Lopes

Rafael dos Reis Costa

Governo na palma da mão

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