Indústria goiana continua trajetória positiva e cresce 4,96% em março.


De fevereiro para março, o
indicador de atividade industrial ajustado sazonalmente registrou variação
positiva de 0,43% para o país, após recuar em 0,47% no mês anterior. Os índices
regionais da produção industrial ajustados sazonalmente mostram crescimento
frente a fevereiro em oito dos quatorze locais pesquisados, com destaque para
Ceará (7,47%), que teve a expansão mais acentuada, seguido por Espírito Santo
(3,32%) e Pernambuco (2,94%). São Paulo (1,93%), Paraná (1,06%), Minas Gerais
(0,81%) e Santa Catarina (0,55%) completaram o conjunto de locais com taxas
acima da média (0,43%). Rio Grande do Sul (0,21%), praticamente repetiu o
patamar do mês anterior. Por outro lado, Amazonas (-7,61%), Goiás (-5,60%),
Pará (-4,96%), Bahia (-4,36%), região Nordeste (-1,24%) e Rio de Janeiro
(-0,96%) são os locais que apresentam recuo neste indicador.

O acréscimo de 0,43% na produção
industrial brasileira foi acompanhado por dezessete dos vinte e sete ramos
pesquisados. Entre esses, vale mencionar o desempenho da farmacêutica (16,03%),
que recuperou parte da perda de (27,22%) do mês anterior, veículos automotores
(1,62%), edição e impressão (2,38%), minerais não-metálicos (2,29%) e
metalurgia básica (1,22%). A queda mais significativa ocorreu em refino de petróleo
e produção de álcool (-10,96%), resultado que refletiu os efeitos de paralisação
técnica em unidade de grande empresa do setor. Vale citar também as pressões
negativas vindas de: indústrias extrativas (-3,46%), alimentos (-1,62%), outros
produtos químicos (-1,62%) e máquinas para escritório e equipamentos de
informática (-5,79%), este último registrou o quinto recuo seguido, com perda
de (28,87%) nesse período.

No
confronto março/2008 março/2007, os índices regionais da produção
industrial apresentaram um quadro positivo em dez dos quatorze locais
pesquisados. Observou uma redução no crescimento para grande maioria das
localidades, fato explicado pela diferença de dias úteis (20 dias em 2008 e 22
em 2007) e, em menor medida, pelas dificuldades no fluxo de matérias-primas
importadas para consumo industrial, em função da greve dos auditores Receita
Federal iniciada em 18 de março.

No
indicador mensal, de março 2008 comparado ao mesmo período de 2007, os maiores
crescimento vieram: Espírito Santo (15,12%), Pernambuco (9,41%), Ceará (7,90%)
e Goiás (4,96%).

O
aumento da produção industrial Capixaba se deu tanto nos setores da indústria
de transformação (16,87%) como no setor extrativo (11,40%). Neste último, o
destaque ficou por conta de petróleo e gás natural. Na indústria de
transformação, três das quatro atividades mostraram expansão, com destaque
para metalurgia básica, impulsionada, sobretudo pelos itens lingotes, blocos e
tarugos de aços ao carbono, seguidos por celulose e papel.

Em
Pernambuco a produção avançou pelo sexto mês consecutivo, com taxas
positivas em seis dos onze setores pesquisados. A principal influência positiva
para a formação da taxa de (9,41%) veio de produtos químicos (24,11%),
sobretudo devido ao aumento de borracha de estirenobutadieno e tintas e vernizes
para construção. Em seguida sobressaíram alimentos e bebidas (7,13%), em função
da maior fabricação de açúcar cristal, refinado e demerara; e metalurgia básica
(14,98%), por conta de chapas e tiras de alumínio e vergalhões de aços ao
carbono.

Ceará,
o indicador mensal de produção industrial apresentou incremento de (7,90%),
com taxas positivas em oito dos dez setores pesquisados. A maior contribuição
positiva veio de produtos químicos (31,30%), devido principalmente ao aumento
da produção de tintas e vernizes para construção e vacina veterinária. Em
seguida, vieram do segmento têxtil (7,50%) e alimentos e bebidas (4,10%), por
conta, respectivamente, da maior fabricação de tecidos de algodão; e castanha
de caju torrada.

Goiás,
no confronto março 08/março
07 a

produção avançou (4,96%), influenciada pelos resultados positivos em quatro
dos cinco segmentos pesquisados, com destaque para alimentos e bebidas (4,75%),
seguido por indústrias extrativas (13,62%) e produtos químicos (10,65%).
Nestes ramos, sobressaíram os itens maionese e leite em pó; amianto; e adubos
e fertilizantes.

O crescimento da produção
industrial regional desacelerou em algumas localidades, mas para os analistas do
setor, a perda de ritmo deveu-se a efeitos pontuais, como o menor número de
dias úteis em março deste ano, os efeitos da greve da Receita Federal, a queda
dos juros básicos, além da reversão da atividade de refino de petróleo e álcool
e do setor de alimentos e bebidas, sendo este último segmento forte empregador
e que está presente nos principais centros industriais do país.

Gráfico-1-
Produção Industrial

Variação
mensal – março 2008

(Base: igual
período do ano anterior)

(%)

Fonte:
IBGE

 

Tabela 1

Pesquisa
Industrial Mensal Produção Física Regional – março/2008

(base: igual
período do ano anterior = 100)

Brasil,
Região Geográfica e Unidade da Federação

 Mês/mês

Mesmo
mês ano anterior

Acumulado
no ano

Doze
meses

Brasil

0,43

1,25

6,30

6,60

Nordeste

-1,24

2,58

5,89

3,91

Amazonas

-7,61

2,06

11,68

7,92

Pará

-4,96

4,57

7,84

3,01

Ceará

7,47

7,90

4,70

2,58

Pernambuco

2,94

9,41

13,69

6,79

Bahia

-4,36

-0,12

3,74

2,43

Minas
Gerais

0,81

2,19

7,32

8,96

Espírito
Santo

3,32

15,12

14,44

9,48

Rio
de Janeiro

-0,96

-0,09

4,18

2,77

São
Paulo

1,93

4,55

9,04

7,62

Paraná

1,06

1,93

10,24

7,27

Santa
Catarina

0,55

-2,31

2,22

5,33

Rio
Grande do Sul

0,21

-1,20

6,07

7,37

Goiás

-5,60

4,96

9,33

2,99

Fonte:
IBGE.

Em
março de
2008 a

atividade industrial de Goiás, ajustada sazonalmente, recuou (-5,60%)
comparada ao mês anterior, após o avanço de (2,37%) em fevereiro e (5,26%) em
janeiro, acumulando um ganho de (7,75%). O índice de média móvel trimestral
assinalou redução, na passagem do trimestre encerrado em março, apurando
(0,54%) de acréscimo, comparado ao trimestre anterior que apurou (1,75%) de
aumento. Na comparação março 2008/ março
2007 a

produção industrial goiana variou (4,96%), no acumulado do ano (9,33%) em
doze meses atingiu (2,99%).


 No
confronto março 08/março
07, a

produção avançou (4,96%), influenciada pelos resultados positivos em quatro
dos cinco segmentos pesquisados, com destaque para alimentos e bebidas (4,75%),
seguido por indústrias extrativas (13,62%) e produtos químicos (10,65%).
Nestes ramos, sobressaíram os itens maionese e leite em pó; amianto; e adubos
e fertilizantes. Por outro lado, o único resultado negativo ficou com
metalurgia básica (-8,81%), pressionado principalmente pelos produtos ferroníquel
e ouro em barras.

No
indicador acumulado dos primeiros três meses do ano, o setor industrial cresceu
(9,33%), com avanço em quatro das cinco atividades pesquisadas. A liderança,
em termos de impacto, permaneceu com alimentos e bebidas (9,21%), seguido pelo
setor de outros produtos químicos (17,67%) e pela indústria extrativa
(19,93%). Em sentido oposto, a única taxa negativa foi assinalada por
metalurgia básica (-6,01%).

O Segmento indústrias de alimentos e bebidas, base da
estrutura produtiva goiana, puxou o crescimento da produção do Estado no mês
de março.  Vale lembrar que a
conjuntura no momento está revelando um mercado interno aquecido por causa do
aumento da renda. Outro segmento que segue trajetória de crescimento é o de
produtos químicos, que apresenta taxas positivas por sete meses consecutivos,
desde setembro de 2007, embalado pelos bons resultados da agricultura,
contribuindo assim positivamente para o resultado da taxa global.

 

Gráfico- 2

Goiás –
Produção Industrial

Variação
mensal Рmar̤o 2008

(Base: igual
período do ano anterior)

(%)

Fonte:
IBGE

 

Tabela 2

Estado de Goiás:
Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – março/2008

(Base: Igual
período do ano anterior =100)

Segmentos

Mensal

Acumulado
no ano

Últimos
12 meses

Indústria
geral

4,96

9,33

2,99

Indústria
extrativa

13,62

19,93

11,33

Indústria
de transformação

4,16

8,40

2,30

 
Alimentos e bebidas

4,75

9,21

2,53

Produtos
químicos

10,65

17,67

1,70

Minerais
não metálicos

3,96

1,08

6,57

Metalurgia
básica

-8,81

-6,01

-1,90

 Fonte:
IBGE.

Equipe
de Conjuntura da Seplan:

Dinamar
Ferreira Marques

Marcos
Fernando Arriel

Maria
de Fátima Mendonça Faleiro Rocha

 

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo