Indústria goiana avança no primeiro mês de 2014, 1,6%.


Conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana recuou 8,9% no mês de janeiro/14, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal, resultado diferente do registrado no mês anterior, expansão de 8,6%. Neste tipo de confronto, a produção nacional registrou expansão de 2,9%. Contribuíram para este resultado da indústria as demais unidades pesquisadas, com dez localidades apresentando taxas positivas, destaque para o estado de Minas Gerais, com 7,0% e Ceará com 5,4%. Além de Goiás, as quedas ocorreram nos estados do: Pará, Paraná e Rio Grande do Sul, conforme Tabela 1.

Na comparação janeiro14 / janeiro13, a produção industrial goiana apresentou expansão de 1,6%. Acompanharam a variação positiva outras cinco localidades, sendo o maior crescimento em Pernambuco (9,2%) influenciado pelo segmento de alimentos e bebidas e refino de petróleo e produção de álcool. Por outro lado, oito localidades apresentaram taxas negativas, a queda no Paraná foi de dois dígitos, (-11,2%).  Nesse tipo de comparação, a indústria brasileira reduziu o ritmo de produção, teve queda de 2,4%, vide Tabela 1.

 

 

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Janeiro de 2014

Locais

Variação (%)

Janeiro/Dezembro*

Janeiro 14 / Janeiro 13

Acumulado no ano

Brasil

2,9

-2,4

-2,4

Nordeste

3,4

2,3

2,3

Amazonas

2,5

-2,2

-2,2

Pará

-1,6

1,9

1,9

Ceará

5,4

-3,8

-3,8

Pernambuco

2,8

9,2

9,2

Bahia

2,5

-0,2

-0,2

Minas Gerais

7,0

-3,6

-3,6

Espírito Santo

2,3

-0,8

-0,8

Rio de Janeiro

2,6

-4,2

-4,2

São Paulo

3,5

-5,1

-5,1

Paraná

-4,6

-11,2

-11,2

Santa Catarina

0,9

0,4

0,4

Rio Grande do Sul

-0,5

0,8

0,8

Goiás

-8,9

1,6

1,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores  2014.

*Ajustado sazonalmente.

 

 

O Gráfico 1, apresenta o comportamento da média móvel com o índice de base fixa, ambas as comparações com ajuste sazonal. O gráfico mostra as oscilações na produção industrial, sendo que em dezembro de 2013 o índice alcançou o pico na base fixa. No índice de média móvel trimestral, a partir do mês de janeiro/13 houve uma leve ascendência ao longo de todo o ano de 2013, a queda do indicador em janeiro de 2014 não foi maior devido à expansão de 8,6% em dezembro de 2013.

 

 

 

 


No recorte setorial da indústria de transformação goiana, comparativo de janeiro de 2014 / janeiro 2013, produtos químicos e minerais não metálicos foram os únicos segmentos a apresentar resultado positivo. No caso dos produtos químicos, o crescimento de 13,6% foi puxado pela fabricação de medicamentos; os minerais não metálicos com 9,3%, impulsionado pela fabricação de cimentos Portland. Os principais recuos ocorreram na indústria extrativa, 6,5% e alimentos e bebidas, 5,8%, nesses setores a menor produção ocorreu em amianto, óleo de soja refinado e molhos de tomate.

Com relação aos últimos doze meses, o setor industrial goiano registrou crescimento de 5,4%, a expansão mais elevada desde outubro de 2012 (6,5%), dessa forma o estado de Goiás teve a segunda melhor colocação entre as localidades pesquisadas. Contribuíram para este resultado os segmentos de produtos químicos e alimentos e bebidas, os dois maiores pesos da estrutura industrial. A única atividade com resultado negativo foi à indústria extrativa (-2,3%), já a metalurgia básica teve variação nula, conforme Gráfico 2.

 

 

 

 

O aumento de 1,6% na produção industrial goiana em janeiro ocorreu em dois segmentos, na produção química, pela maior fabricação de medicamentos, setor que vem apresentando taxas crescentes há dois anos. No segmento de minerais não metálicos, o crescimento da produção de cimento foi o destaque, puxado pelo forte dinamismo da atividade de construção civil em Goiás nos últimos anos.

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Luiz Batista Alves

Dinamar Maria Ferreira Marques

Millades de Carvalho Castro

Governo na palma da mão

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