Indústria goiana apresentou o segundo melhor resultado do país, cresceu 2,3%
Em setembro de 2010, a produção industrial goiana apresentou o segundo melhor resultado frente ao mês anterior (2,3%), perdendo apenas para o Estado do Paraná (5,7%). Ainda na série com ajuste sazonal, no terceiro trimestre de 2010 frente ao trimestre imediatamente anterior, Goiás alcançou 4,4%, melhor taxa dentre as localidades pesquisadas.
Produção Industrial – Goiás
Índices de Base Fixa (2002=100)
Série com Ajuste Sazonal
No confronto com igual mês do ano passado, a indústria goiana apontou crescimento de 14,4%, décima primeira taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. O índice acumulado nos nove meses do ano também mostrou resultado positivo (17,7%). No fechamento do terceiro trimestre, o setor industrial cresceu tanto frente a igual período do ano anterior (12,3%), como na comparação com o trimestre imediatamente anterior (4,4%) – série com ajuste sazonal. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, prosseguiu em expansão, passando de 13,8% em agosto para 14,4% em setembro.
Quanto aos segmentos os principais destaques foram em: Alimentos e bebidas (11,3%) e de produtos químicos (34,3%), impulsionados em grande parte pela maior fabricação de maionese e refrigerantes, no primeiro ramo, e de medicamentos no segundo. Os demais resultados positivos foram assinalados por minerais não metálicos (26,2%) e indústrias extrativas (6,6%). Por outro lado, a atividade de metalurgia básica (-17,9%) foi o único segmento que apresentou queda na produção, refletindo em grande parte a redução nos itens ferronióbio e ferroníquel.
Tabela 1
Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – setembro/2010
(Base: Igual período do ano anterior =100)
(%) |
|||
Segmentos |
Mensal |
Acumulado no ano |
Últimos 12 meses |
Indústria geral |
14,4 |
17,7 |
14,4 |
Indústria extrativa |
6,6 |
4,0 |
3,4 |
Indústria de transformação |
15,0 |
19,0 |
15,4 |
Alimentos e bebidas |
11,3 |
7,7 |
3,8 |
Produtos químicos |
34,3 |
85,9 |
80,7 |
Minerais não metálicos |
26,2 |
17,7 |
15,4 |
Metalurgia básica |
-17,9 |
-7,4 |
-1,0 |
|
|
|
|
F: Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria |
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O índice acumulado no período janeiro-setembro avançou 17,7%, com perfil generalizado de crescimento, que atingiu quatro dos cinco setores investigados. O principal impacto positivo sobre o total da indústria ficou com o setor de produtos químicos (85,9%), influenciado em grande parte pela maior fabricação de medicamentos e adubos e fertilizantes, vindo a seguir alimentos e bebidas (7,7%), explicado principalmente pelo acréscimo na produção de refrigerantes e maionese, e minerais não metálicos (17,7%), por conta dos itens cimento portland e painéis, ladrilhos e telhas. Em sentido contrário, o setor de metalurgia básica (-7,4%) permaneceu apontando a única taxa negativa no índice acumulado no ano.
Na análise trimestral, o setor industrial de Goiás, ao avançar 12,3% no período julho-setembro, mostrou o quinto trimestre consecutivo de resultados positivos. Ao longo de 2010, observa-se clara redução no ritmo de crescimento, uma vez que os dois primeiros trimestres do ano registraram: 26,5% e 16,2%, todas as comparações contra igual período do ano anterior. Na passagem do segundo trimestre para o terceiro, quatro dos cinco setores mostraram redução no ritmo da atividade industrial, com destaque para a diminuição na intensidade do crescimento vindo de produtos químicos (de 93,8% para 43,8%) e para a aceleração no ritmo de queda assinalada por metalurgia básica (de –9,7% para –15,9%). Por outro lado, o setor de alimentos foi o único que apontou ganho entre os dois períodos, ao passar de 5,0% no segundo trimestre do ano para 7,2% no trimestre seguinte.
Tabela 2
Estado de Goiás: Pesquisa Industrial
(Base: Igual Trimestre do Ano Anterior = 100)
Seções e atividades industriais |
2009 |
2010 |
|||||
1º Trim |
2º Trim |
3º Trim |
4º Trim |
1º Trim |
2º Trim |
3º Trim |
|
Industria geral |
-6,9 |
-2,4 |
4,9 |
4,4 |
26,5 |
16,2 |
12,3 |
Indústria extrativa |
3,4 |
-1,0 |
-2,3 |
1,5 |
0,2 |
8,1 |
3,9 |
Indústria de tranformação |
-7,9 |
-2,5 |
5,6 |
4,6 |
29,4 |
17,0 |
13,0 |
Alimentos e bebidas |
-2,6 |
-6,0 |
-2,8 |
-7,4 |
11,1 |
5,0 |
7,2 |
Produtos químicos |
-31,3 |
20,5 |
48,9 |
62,6 |
173,8 |
93,8 |
43,8 |
Minerais não metálicos |
-1,8 |
-7,5 |
6,9 |
8,3 |
19,1 |
20,9 |
14,0 |
Metalurgia básica |
-16,5 |
2,6 |
7,6 |
19,4 |
6,7 |
-9,7 |
-15,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
Mesmo com a indústria goiana apresentando o segundo melhor resultado em setembro, nota-se uma desaceleração na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre, na comparação com o mesmo trimestre de 2009. Este recuo pode ser explicado pela retração do câmbio que vêm sendo observado nos últimos meses, confirmando que o câmbio é fator importante para explicar esse comportamento da indústria. Por outro lado há um contraste nos outros setores da economia brasileira, como o comércio e os serviços, que tem tido crescimento expressivo.
Dinamar Ferreira Marques
Marcos Fernando Arriel
Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha
Daniela Vieira de Oliveira
Eduiges Romanatto