Indústria goiana apresenta recuperação de 2,4% em janeiro


 

Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), a indústria goiana (transformação e extrativa mineral) apresentou expansão de 2,4%, na comparação de janeiro/17 com dezembro/16 (série com ajuste sazonal), sendo a segunda taxa positiva consecutiva nesta comparação. Na mesma base de comparação, a produção nacional apresentou taxa de -0,1%. Apresentaram taxas positivas os seguintes estados: Espírito Santo (4,1%), Pará (2,4%), Goiás (2,4%), Pernambuco (2,1%), São Paulo (1,0%), Minas Gerais (0,7%), Santa Catarina (0,6%), Amazonas (0,5%) e Rio de Janeiro (0,3%).  Por outro lado, as taxas negativas foram assinaladas por Paraná (-0,8%), região Nordeste (-1,8%), Rio Grande do Sul (-3,1%), Ceará (-3,4%) e Bahia (-4,3%), conforme apresentado na Tabela 1.

Na comparação sem ajuste, jan17/jan16, o setor industrial brasileiro cresceu 1,4%, com três dos quinze locais pesquisados apontando resultados negativos. Nesse confronto a indústria goiana avançou 8,5%, influenciada, principalmente, pelos segmentos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos e produtos alimentícios.

No indicador acumulado para os últimos doze meses Goiás apresenta uma taxa de -4,2%, menor que a taxa nacional que ficou em -5,4%. Nesta mesma comparação, acumulado dos últimos doze meses, quatorze regiões apresentaram resultados negativos, sendo a exceção o estado do Pará (9,5%) que assinalou taxa positiva, impulsionada em grande parte pelo comportamento positivo da atividade de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto).

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

 

Resultados Regionais – Janeiro de 2017

 

Locais

Variação (%)

Janeiro17 / Dezembro16*

Janeiro17 / Janeiro16

Acumulado no ano

Acumulado nos últimos 12 meses

Brasil

-0,1

1,4

1,4

-5,4

Nordeste

-1,8

-2,9

-2,9

-3,1

Amazonas

0,5

7,5

7,5

-7,8

Pará

2,4

8,2

8,2

9,3

Ceará

-3,4

0,3

0,3

-4,1

Pernambuco

2,1

14,2

14,2

-5,5

Bahia

-4,3

-15,5

-15,5

-7,3

Minas Gerais

0,7

4,8

4,8

-4,5

Espírito Santo

4,1

13,4

13,4

-16,0

Rio de Janeiro

0,3

4,5

4,5

-2,7

São Paulo

1,0

1,2

1,2

-4,2

Paraná

-0,8

4,0

4,0

-3,2

Santa Catarina

0,6

5,7

5,7

-2,0

Rio Grande do Sul

-3,1

-4,1

-4,1

-3,9

Mato Grosso

13,4

13,4

-0,4

Goiás

2,4

8,4

8,4

-4,2

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

 

*Ajustado sazonalmente.

 
           

 

 

Apesar dos resultados mensais da indústria goiana, referente ao ano de 2016, terem sido piores que à média nacional, com sequência de recuo mais acentuado a partir de julho/16 (Gráfico 1), o ano de 2017 começa com uma taxa positiva (8,4%), sendo a quarta melhor no país. 

 

 

 

 

 

Na análise setorial, na comparação Jan17/ Jan16, seis das nove atividades apresentaram taxas positivas, conforme Tabela 2. Os principais impactos positivos no setor ocorreram em produtos farmoquímicos e farmacêuticos (91,0%), impulsionado pela produção de medicamentos, e de produtos alimentícios (9,2%), devido ao aumento na produção de leite esterilizado, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, óleo de soja em bruto, milho doce preparado ou conservado e óleo de soja refinado. Por outro lado, as quedas foram registradas nos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (-56,7%), pressionadas pela menor produção de automóveis e veículos para transporte de mercadorias; de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-22,8%); e de fabricação de produtos de minerais não metálicos (-5,4%)..

 

Tabela 2 – Produção Industrial Mensal por atividades (Base: igual mês do ano anterior)

Atividades de Indústria

Variação Percentual (%)

Jan17/                Jan16

Acumulado                no ano

Acumulado                 em 12 meses

Brasil

Goiás

Brasil

Goiás

Brasil

Goiás

Indústria geral

1,4

8,4

1,4

8,4

-5,4

-4,2

Indústrias extrativas

12,5

2,0

12,5

2,0

-7,3

-12,2

Indústria de transformação

-0,3

9,2

-0,3

9,2

-5,2

-3,7

Fabricação de produtos alimentícios

1,6

9,2

1,6

9,2

1,2

0,0

Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis

-11,0

-22,8

-11,0

-22,8

-9,4

-6,7

Fabricação de outros produtos químicos

2,2

24,4

2,2

24,4

-0,3

13,0

Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos

-4,0

91,0

-4,0

91,0

-6,6

17,2

Fabricação de produtos de minerais não-metálicos

-1,4

-5,4

-1,4

-5,4

-9,7

-12,4

Metalurgia

4,3

2,7

4,3

2,7

-5,0

0,1

Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos

-6,2

9,2

-6,2

9,2

-9,6

-30,9

Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias

5,3

-56,7

5,3

-56,7

-8,6

-39,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2017.

 

As perspectivas se mostram favoráveis para produção industrial goiana, sinalizando recuperação do setor, com seis dos macrossetores industriais apresentando  taxas positivas. Para o trabalhador da indústria, o resultado é animador, pois quanto mais a produção crescer, maior é a confiança dos empresários de que a economia está bem e com isso aumenta-se o número de novas contratações.

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Rafael dos Reis Costa

Governo na palma da mão

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