Indústria goiana apresenta recuperação de 2,1% em Fevereiro


 

Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), a indústria goiana (transformação e extrativa mineral) apresentou expansão de 2,1%, na comparação de fevereiro/17 com janeiro/17 (série com ajuste sazonal), sendo a terceira taxa positiva consecutiva nesta comparação. Na mesma base de comparação, a produção nacional apresentou taxa de 0,1%. Apresentaram taxas positivas os seguintes estados: Bahia (2,8%), Santa Catarina (2,8%), Rio Grande do Sul (2,2%), Rio de Janeiro (2,2%), Goiás (2,1%), Minas Gerais (2,0%), Paraná (1,9%), Região Nordeste (1,1%) e São Paulo (0,2%).  Por outro lado, as taxas negativas foram assinaladas por Pernambuco (-7,8%), Pará (-4,1%), Espírito Santo (-3,9%), Amazonas (-1,1%) e Ceará (-1,0%), conforme apresentado na Tabela 1.

Na comparação sem ajuste, fev17/jan17, o setor industrial brasileiro teve queda  0,8%, com oito dos quinze locais pesquisados apontando resultados negativos. Nesse confronto a indústria goiana recuou 0,1%, influenciada, principalmente, pelos segmentos de fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias e fabricação de outros produtos químicos.

No indicador acumulado para os últimos doze meses Goiás apresenta uma taxa de -3,7%, menor que a taxa nacional que ficou em

 -4,7%. Nesta mesma comparação,  no acumulado dos últimos doze meses, quatorze regiões apresentaram resultados negativos, sendo a exceção o estado do Pará (8,0%) que assinalou taxa positiva, impulsionada em grande parte pelo comportamento positivo da atividade de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto).

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Fevereiro de 2017

Locais

Variação (%)

Fevereiro17 / Janeiro17*

Fevereiro17 / Fevereiro16

Acumulado no ano

Acumulado nos últimos 12 meses

Brasil

0,1

-0,8

0,3

-4,7

Nordeste

1,1

-2,1

-2,5

-2,9

Amazonas

-1,1

5,5

6,6

-5,4

Pará

-4,1

-4,2

3,0

8,0

Ceará

-1,0

-2,5

-1,0

-3,3

Pernambuco

-7,8

-2,2

6,5

-3,4

Bahia

2,8

-4,6

-10,4

-8,0

Minas Gerais

2,0

3,5

4,0

-3,5

Espírito Santo

-3,9

-3,3

4,8

-14,9

Rio de Janeiro

2,2

3,4

4,1

-2,2

São Paulo

0,2

-1,6

-0,1

-3,4

Paraná

1,9

4,0

4,1

-2,3

Santa Catarina

2,8

4,1

4,9

-1,3

Rio Grande do Sul

2,2

0,5

-1,8

-3,5

Mato Grosso

-11,0

0,4

-2,7

Goiás

2,1

-0,1

4,9

-3,7

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

 

*Ajustado sazonalmente.

 

 

 

Apesar dos resultados mensais da indústria goiana, referente ao ano de 2016, terem sido piores que à média nacional, com sequência de recuo mais acentuado a partir de julho/16 (Gráfico 1), o ano de 2017 começa com uma taxa acumulada de 4,9% influenciada, principalmente, pelo resultado do setor de alimentos em janeiro/2017.

 

 

 

 

Na análise setorial, na comparação fev17/ jan17, seis das nove atividades apresentaram taxas positivas, conforme Tabela 2. Os principais impactos positivos no setor ocorreram em produtos farmoquímicos e farmacêuticos (58,8%), impulsionado pela produção de medicamentos; de fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (24,3%), pelo aumento na produção  esquadrias de alumínio e latas de ferro e aço para embalagens; e de metalurgia, sendo este favorecido pelo aumento das exportações de ferroníquel, ferronióbio e ouro. Por outro lado, as quedas foram registradas nos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (-25,3%), pressionadas pela menor produção de automóveis;  fabricação outro produtos quimicos (-19,3%), com queda na produção de fertilizantes e superfosfatos; e da insdutria extrativas (-15,7%), impactatada pela diminuição na produção de minérios de cobre, pedras britadas e fosfatos e cálcio naturais.

 

Tabela 2 – Produção Industrial Mensal por atividades (Base: igual mês do ano anterior)

Atividades de Indústria

Variação Percentual (%)

Fev17/  Fev16

Acumulado                no ano

Acumulado                 em 12 meses

Brasil

Goiás

Brasil

Goiás

Brasil

Goiás

Indústria geral

-0,8

-0,1

0,3

4,9

-4,7

-3,7

Indústrias extrativas

4,7

-15,7

8,7

-6,9

-6,2

-14,8

Indústria de transformação

-1,6

0,9

-0,9

5,9

-4,6

-3,0

Fabricação de produtos alimentícios

-6,0

-1,1

-2,2

5,5

0,9

0,0

Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis

-10,7

-0,5

-11,0

-10,5

-10,3

-6,6

Fabricação de outros produtos químicos

-3,6

-19,3

-0,6

-1,3

-0,5

7,7

Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos

-2,4

58,8

-5,2

73,1

-8,2

25,2

Fabricação de produtos de minerais não-metálicos

-4,3

-14,7

-3,3

-10,1

-9,5

-13,1

Metalurgia

-1,8

7,7

1,2

6,9

-4,2

0,3

Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos

-4,1

24,3

-5,3

16,2

-9,1

-27,6

Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias

18,6

-25,3

12,0

-37,2

-4,8

-38,4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2017.

 

A indústria goiana começa a ganhar forças a partir de dezembro/16. Depois de uma trajetória de taxas negativas, motivadas pela crise que atingiu fortemente a indústria no ano passado o resultado começa a se reverter. Na comparação com o mês anterior apresentou crescimento em dezembro, janeiro e fevereiro de 5,8%, 3,4% e 2,1%, respectivamente, atingindo um acumulado 11,7% no período. Embora os números já sinalizam recuperação em alguns segmentos, para os próximos meses espera-se que o crescimento industrial seja mais consistente e espalhado por outras atividades, além daquelas que, tradicionalmente, têm sustentado as maiores taxas de expansão do setor fabril goiano.

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Jalda Claudino

Rafael dos Reis Costa

Governo na palma da mão

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