Indústria Goiana apresenta o maior crescimento do bimestre 9,15%, entre os estados brasileiros pesquisados


Em
fevereiro de 2007, frente ao mesmo mês do ano anterior, os índices regionais
da Pesquisa Industrial Mensal, realizada pelo IBGE apresentaram taxas positivas
na maior parte (nove) dos quatorze locais pesquisados. Os principais destaques
ficaram com Espírito Santo (8,43%), Paraná (8,28%), Pernambuco (7,22%), Pará
(6,96%) e Rio Grande do Sul (5,64%), que assinalaram os resultados mais
elevados. São Paulo (3,54%), Minas Gerais (3,25%), Santa Catarina (3,29%) e
região Nordeste (3,15%), também cresceram acima da média nacional (2,98%).
Ainda com taxas positivas, embora abaixo do crescimento do país, figuraram Goiás
(0,83%) e Ceará (0,25%). Houve queda na produção em três estados: Bahia
(-0,15%), Rio de Janeiro (-2,06%) e Amazonas (-12,03%).

O
destaque da produção industrial brasileira no mês de fevereiro de 2007 foi o
crescimento da indústria paulista, acima da média do País, que tem um parque
industrial diversificado sendo a que mais reage aos estímulos/desestímulos da
política econômica, por exemplo, elevadas taxas de juros e às mudanças de
expectativas de consumidores e investidores. Um outro destaque foi a expansão
dos estados da região Sul, com um  movimento de aceleração, mesmo
considerando que a base de referência, qual seja, o ano de 2006, foi de baixo
desempenho.

Os
analistas do setor advertem que, para garantir a continuidade desse momento
virtuoso da indústria brasileira, a política econômica precisará atuar no
sentido de evitar uma maior apreciação do real, já considerada extremamente
danosa à competitividade, tanto interna como externa, de setores relevantes da
indústria.

Tabela
1

Pesquisa
Industrial Mensal Produção Física Regional – fevereiro –2007

(base:
igual período do ano anterior = 100)

Brasil,
Região Geográfica e Unidade da Federação

Indústria
Geral

Indústria
Extrativa

Indústria
de Transformação

Alimentos
e Bebidas

Indústria
Química

Minerais
Não Metálicos

 Metalurgia
Básica

Brasil

2,98

6,26

2,79

                   
 –

 

5,06

9,11

Nordeste

3,15

-4,72

3,74

10,75

1,97

5,98

-1,19

Amazonas

-12,03

6,35

-12,46

12,03

6,92

Pará

6,96

18,01

-1,95

4,33

-20,73

4,80

Ceará

0,25

0,25

6,07

-2,57

26,44

47,36

Pernambuco

7,22

7,22

5,46

34,84

-4,24

1,63

Bahia

-0,15

-6,69

0,21

29,51

-1,81

-0,61

-7,04

Minas Gerais

3,25

5,50

2,86

-2,34

2,77

Espírito Santo

8,43

18,72

4,52

15,12

2,43

1,97

Rio de Janeiro

-2,06

-0,53

-2,44

5,40

28,44

São Paulo

3,54

3,54

9,81

9,57

Paraná

8,28

8,28

23,87

Santa Catarina

3,29

3,29

6,06

-6,53

Rio Grande do Sul

5,64

5,64

4,11

Goiás

0,83

-2,52

1,17

-2,17

37,91

       
-9,53

-3,89

                                     
Fonte: IBGE

Em fevereiro de 2007 frente a fevereiro do ano
passado a  indústria goiana deu sinal de recuo, apresentando ligeira variação
positiva de  0,83%, após crescer 18,27% no mês de janeiro de 2007. Ainda
assim permaneceu na  liderança no indicador acumulado do ano em termos
regionais, com 9,15% de crescimento. Contribuíram para a desaceleração no mês
de fevereiro, com maior impacto alimentos e bebidas (-2,17%) e minerais não-metálicos
(-9,53%), cujos principais produtos responsáveis foram molhos de tomates e
maionese; e cimento comum, respectivamente. Por outro lado, produtos químicos
apresentou a maior taxa positiva, com (37,91%), destaque para o item adubos ou
fertilizantes.

No acumulado do bimestre janeiro-fevereiro de
2007, a indústria goiana cresceu 9,15% ante o mesmo período do ano passado. A
indústria extrativa (42,24%) agregou 2,5 pontos percentuais ao resultado
global, mas veio da indústria de transformação (7,0%) o maior impacto
positivo. Neste setor, produtos químicos (35,32%) exerceu a contribuição mais
importante, seguido por alimentos e bebidas (3,73%). Nestes segmentos
destacaram-se os itens adubos ou fertilizantes, refletindo o maior dinamismo
vindo do setor agrícola, e cervejas e chope, respectivamente. Em sentido
oposto, apenas minerais não-metálicos (-0,12%) não apontou crescimento.

A desaceleração na indústria goiana foi
justificada em parte pela base de comparação que foi alta e também pelo recuo
da indústria alimentícia que não estava no seu período máximo de produção
naquele mês, somados à queda na produção de amianto na indústria extrativa
mineral.

 

Tabela
2

Estado
de Goiás: Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – fevereiro –2007

(Base:
Igual período do ano anterior =100)

Segmentos

Mensal

Acumulado
no ano

Últimos
12 meses

Indústria geral

0,83

9,15

3,39

Indústria
extrativa

-2,52

42,24

6,26

Indústria de
transformação

1,17

7,03

3,16

Alimentos e bebidas

-2,17

3,73

0,64

Produtos químicos

37,91

35,32

19,56

Minerais não metálicos

-9,53

-0,12

-0,47

Metalurgia básica

-3,89

2,06

5,41

                                                  
Fonte: IBGE.

Equipe de Conjuntura da Seplan:

Dinamar Ferreira Marques

Marcelo Cardoso da Silva

Marcos Fernando Arriel

Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha

Governo na palma da mão

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