Indústria Goiana acumula taxa de crescimento de 10,00% no período de janeiro a maio de 2008.
De abril para maio, o indicador de
atividade industrial do paÃs, ajustado sazonalmente, mostrou pequena desaceleração
(-0,51%), ante (0,22%) no mês anterior. Os Ãndices regionais mostraram
crescimento frente a abril em seis dos quatorze locais pesquisados, com destaque
para Paraná (4,26%), que teve a maior taxa, seguido por Rio de Janeiro (2,35%),
EspÃrito Santo (2,15%), Pará (2,08%), Bahia (1,02%) e Minas Gerais (0,82%).
Por outro lado, Amazonas (-0,24%), São Paulo (-0,26%), Região Nordeste
(1,52%), Pernambuco (-1,52%), Goiás (-2,14%), Ceará (-2,22%), Santa Catarina
(-3,11%) e Rio Grande do Sul (-4,19%), foram os locais que apresentam recuo
neste indicador.
A redução em maio, na comparação
com abril, refletiu o movimento observado em dezesseis das vinte e sete
atividades pesquisadas. As principais pressões negativas vieram de veÃculos
automotores (-5,51%) e de máquinas e equipamentos (-4,73%), seguidos por
perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-9,71%) e alimentos (–1,27%). Por
outro lado, entre os onze ramos que apresentaram crescimento, as principais
contribuições vieram de bebidas (9,07%), refino de petróleo e produção de
álcool (3,30%) e outros produtos quÃmicos (3,13%).
Em relação
a maio de
2007 a
atividade industrial cresceu em nove dos quatorze locais pesquisados. Embora
com predominância de taxas positivas, o indicador mensal desacelerou em dez
regiões entre abril e maio. Essa perda de ritmo também foi apontada pelo Ãndice
nacional que registrou crescimento de 9,98% em abril e 2,39%
menos dois dias trabalhado do que maio de
2007. A
desaceleração na atividade produtiva foi mais intensa
7,48% para -4,73%), Goiás (de 15,81% para 5,26%), Nordeste (de 9,59% para
1,04%) e São Paulo (14,89% para 6,60%). Entre os quatro locais que ganham
ritmo, o destaque foi o Paraná, que sai de 10,02% em abril para 13,94% em maio.
No indicador mensal, de maio 2008 comparado ao
mesmo perÃodo de 2007, as maiores contribuição vieram do Estado do Paraná,
EspÃrito Santo e São Paulo. A produção industrial Capixaba continua
expandindo a dois dÃgitos desde outubro de 2007. Em maio avançou (21,34%)
frente ao mesmo mês do ano passado, apoiado tanto na expansão da indústria
extrativa como na indústria de transformação. No primeiro segmento, sobressaÃram
os itens minérios de ferro e gás natural. Na indústria de transformação,
onde os quatro ramos mostraram taxas positivas, o principal impacto veio de
metalurgia básica e do setor de celulose e papel.
A produção
paranaense também mostrou expansão de 13,94% com oito das quatorze atividades
pesquisadas assinalando taxas positivas, cabendo à edição e impressão a
liderança no Ãndice global, crescimento explicado pelo aumento de encomendas
especiais de livros e impressos didáticos, conjugado com uma baixa base de
comparação em maio de 2007. Vale destacar também as contribuições positivas
vindas de veÃculos automotores e de alimentos.
2007 registrou crescimento de (6,60%), este desempenho esteve apoiado nos
resultados positivos de dezessete dos vinte ramos investigados. Os segmentos que
contribuÃram para o resultado positivo foram: Material eletrônico e
equipamentos de comunicação, refino de petróleo e produção de álcool, máquinas,
aparelhos e materiais elétricos, veÃculos automotores e outros equipamentos de
transporte.
Apesar
de a produção industrial regional ter desacelerado seu ritmo em maio, ainda
apresentou evolução favorável, fato explicado pela indústria paulista, dada
sua elevada participação na produção industrial do paÃs, ainda segue
puxando o indicador da indústria como um todo: no acumulado do ano, até maio,
a produção paulistana acumulou crescimento de 9,67% e, em doze meses 8,65%.
Minas Gerais também tem tido papel importante, acumulou taxa de 6,74% no ano e
8,42% em doze meses. Ou seja, a indústria mantém crescimento significativo
pelo fato de que estados com estrutura industrial bem diversificada continuam
operando em nÃveis elevados de produção. Outro ponto decorre exatamente deste
último argumento. A desaceleração é, em parcela relevante, originária das
regiões em que a indústria tem como base a produção de uma variedade menor
de produtos e, principalmente, de produtos semiduráveis e não duráveis.
Tabela
1
Pesquisa
Industrial Mensal Produção FÃsica Regional – maio/2008
(base:
igual perÃodo do ano anterior = 100)
Brasil,
|
Mês/mês
|
Mesmo
|
Acumulado
|
Doze
|
Brasil
|
-0,51
|
2,39
|
6,18
|
6,70
|
Nordeste
|
-0,83
|
1,04
|
5,62
|
4,65
|
Amazonas
|
-0,24
|
4,59
|
8,31
|
8,42
|
Pará
|
2,08
|
3,11
|
5,89
|
3,29
|
Ceará
|
-2,22
|
-7,52
|
2,46
|
1,81
|
Pernambuco
|
-1,52
|
-3,57
|
8,43
|
5,52
|
Bahia
|
1,02
|
5,49
|
5,73
|
4,45
|
Minas
|
0,82
|
4,74
|
6,74
|
8,42
|
EspÃrito
|
2,15
|
20,34
|
17,10
|
12,47
|
Rio
|
2,35
|
-0,04
|
1,86
|
1,95
|
São
|
-0,26
|
6,60
|
9,67
|
8,65
|
Paraná
|
4,26
|
13,94
|
10,97
|
8,10
|
Santa
|
-3,11
|
-5,68
|
1,96
|
4,30
|
Rio
|
-4,19
|
-4,73
|
4,00
|
5,46
|
Goiás
|
-2,14
|
5,26
|
10,00
|
5,07
|
Fonte:
IBGE.
Em maio, a produção
industrial de Goiás ajustada
sazonalmente recuou (2,14%) em relação ao mês imediatamente anterior, após
aumentar (3,60%)
trimestres encerrados em abril e maio, o primeiro resultado negativo após seqüência
de oito taxas positivas consecutivas.
Nas comparações com
iguais perÃodos do ano anterior, a produção cresceu (5,26%) frente a maio de
2007, (10,00%) no indicador acumulado nos cinco primeiros meses do ano e (5,07%)
no acumulado nos últimos doze meses, que prossegue em trajetória ascendente
desde o inÃcio do ano.
No confronto com maio de 2007 (5,26%) houve expansão em quatro dos cinco
ramos industriais. O setor de alimentos e bebidas (10,02%) exerceu o impacto
mais importante na formação da taxa geral, sustentado em grande parte pela
fabricação de maionese e leite
Goiás, concentra toda produção nacional de maionese Hellmann’s. Em menor
medida, destacaram-se também as indústrias extrativas (5,66%) e de minerais não-metálicos
(2,68%), principalmente em função dos acréscimos dos produtos: amianto; painéis,
ladrilhos e telhas. Por outro lado, somente produtos quÃmicos (-24,48%)
apresentaram resultado negativo nesta comparação, sobretudo devido à menor
produção de medicamentos.
A indústria goiana desacelerou em maio, passou de (15,81% em abril para
5,26% em maio). Alimentos e bebidas
têm maior peso na composição da indústria goiana, recuou de (16,98% em abril
para 10,02% em maio), este segmento é bastante afetado pela renda, pelo crédito,
com efeitos imediatos na produção. O que se observa é que a elevação de preços
em setores como o de alimentos, tem diminuÃdo o poder aquisitivo das famÃlias
e, sobretudo, daquelas com nÃvel de renda menor, pois quase a totalidade do seu
orçamento está direcionada para a aquisição desse bem. Isso explica porque
em estados como Goiás, onde boa parte da produção está voltada para a
manufatura de semiduráveis e não duráveis, combinado com nÃveis mais baixos
de renda familiar – apresentem maior desaceleração industrial. Por outro
lado, deve-se acrescentar que o produto importado também vem exercendo efeitos
sobre essa desaceleração, pelo fato de que os bens nacionais perderam muito de
sua competitividade diante da valorização da nossa moeda.
Tabela
2
Estado
de Goiás: Pesquisa Industrial Mensal Produção FÃsica – maio/2008
(Base:
Igual perÃodo do ano anterior =100)
Segmentos
|
Mensal
|
Acumulado
|
Últimos
|
Indústria
|
5,26
|
10,00
|
5,07
|
Indústria
|
5,66
|
16,20
|
11,33
|
Indústria
|
5,22
|
9,44
|
4,55
|
|
10,02
|
11,43
|
5,62
|
Produtos
|
-24,48
|
13,53
|
4,36
|
Minerais
|
2,68
|
1,88
|
3,74
|
Metalurgia
|
0,71
|
-5,48
|
-3,51
|
Fonte:
IBGE.
Equipe
de Conjuntura da Seplan:
Dinamar
Ferreira Marques
Marcos
Fernando Arriel
Maria
de Fátima Mendonça Faleiro Rocha