A Pesquisa Anual do Comércio (PAC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é a consolidação dos dados referente ao desempenho do segmento formal do comércio brasileiro. A pesquisa é relevante para a compreensão da dinâmica do comércio sob a perspectiva da oferta, uma vez que o setor emprega uma parcela expressiva da população e contribui em grande medida na composição do Produto Interno Bruto – PIB.

O setor comercial abrange os segmentos de: veículos automotores, peças e motocicletas; comércio por atacado e comércio varejista. O segmento atacadista funciona como distribuidor ou intermediário no processo produtivo, revendendo a varejistas, estabelecimentos agropecuários, cooperativas e agentes produtores em geral (empresariais e institucionais). É formado por empresas de maior porte. Já o comércio varejista caracteriza-se por um elevado número de estabelecimentos, a maioria de pequeno porte em termos de número de pessoal ocupado, cujas vendas são destinadas ao consumo das famílias. Já o comércio de veículos, peças e motocicletas é composto tanto por empresas atacadistas, como varejistas.

Os resultados da PAC, em 2012, apontaram que no Brasil havia 1.729 mil unidades locais, as quais geraram R$ 2,6 trilhões de receita bruta, com uma margem de comercialização de R$ 543,0 bilhões e ocuparam 10,2 milhões de pessoas. Ao passo que em Goiás, no mesmo ano, havia 65,9 mil unidades locais, com a atividade de revenda de mercadorias, as quais geraram R$ 90,6 bilhões de receita bruta, com uma margem de comercialização de 16,7 bilhões e ocuparam 337,8 mil pessoas (Tabela 1 e 2).

No tocante ao desembolso com salários da atividade comercial brasileira, em 2012, chegou a R$ 150,8 bilhões, contra R$ 127,4 bilhões em 2011, com um aumento nominal de 18,4%. Para o Estado de Goiás, o gasto atingiu R$ 4,3 bilhões e cresceu 21,0%, na passagem de 2011 para 2012, variação acima da média nacional, conforme Tabela 3.

PAC Goiás

A Pesquisa Anual de Comércio – PAC tem por objetivo descrever as características estruturais básicas do segmento empresarial do comércio atacadista e varejista no País, bem como o comportamento deste segmento em cada unidade da federação, acompanhando suas transformações no tempo. Integra o âmbito da PAC as empresas que têm a revenda de mercadorias como principal atividade e estão classificadas em comércio. A pesquisa analisou três segmentos de atividades no ano de 2012: o comércio por atacado, o comércio varejista e o comércio de veículos, peças e motocicletas.

No ano de 2012, o Estado de Goiás no segmento empresarial do comércio atacadista e varejista tinha 65.894 unidades locais e obteve R$ 90,6 bilhões de receita bruta, Tabela 1. No âmbito nacional, a participação do Estado de Goiás representou 3,8% do quantitativo de empresas comerciais, já em relação ao Centro-Oeste, o Estado de Goiás tem a maior participação, responde por 47,1% do total de empresas comerciais.

Entre 2011 e 2012, em termos de variação, o Estado de Goiás apresentou crescimento no pessoal ocupado de 9,3%, maior que a taxa registrada para o Brasil, 6,4%. O número de pessoal ocupado foi de 337.804 pessoas e os salários, retiradas e outras remunerações foram de R$ 4,3 bilhões em 2012. Assim, o Estado de Goiás participou com 3,3% da mão de obra do país e 40,4% da região Centro-Oeste.

Com relação à margem de comercialização, Goiás registrou crescimento de 22,6% e o valor de R$ 16,8 bilhões em 2012, Tabelas 4 e 5. A participação da margem de comercialização goiana na economia nacional foi de 3,1%, enquanto no Centro-Oeste correspondeu a 34,9%.

Na análise do comércio de veículo, peças e motocicletas na passagem de 2011 para 2012, houve recuo no número de unidades local e pessoal ocupado, vide Tabela 5. O comércio por atacado teve variação positiva, com maior expansão na margem de comercialização em empresas comerciais, 25,8%. No comércio varejista, os gastos com salários e outras remunerações teve incremento de 25,6%.

Em síntese, os resultados da pesquisa anual do comércio para o ano de 2012 mostraram que o Estado de Goiás apresentou crescimento nos dados gerais das empresas comerciais. Sendo que a margem de comercialização apresentou o maior avanço. Cabe ressaltar que, o comércio goiano detém a maior participação no Centro-Oeste, especialmente no número de unidades locais com receita de revenda, próximo de 50% do total da região.

Equipe de Conjuntura do IMB:

Alex Felipe Rodrigues Lima

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Millades de Carvalho Castro