Goiás lidera a produção industrial nos últimos doze meses – 9,3%


Conforme publicação da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana recuou 3,9% no mês de fevereiro, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal – após registrar expansão de 3,2% em janeiro. No âmbito regional, sete das quatorze localidades apresentaram taxas negativas, enquanto as demais tiveram aumento da produção. No Brasil, verifica-se que a taxa média foi ampliada em 1,3%.
No comparativo fevereiro 2012 / fevereiro 2011, a indústria goiana expandiu 7,0%, terceiro maior resultado quando comparado aos demais locais pesquisados. Quanto ao resultado nacional, registrou-se queda de 3,9%. Nos índices regionais, o comportamento negativo prevaleceu em oito localidades investigadas, enquanto as demais mostraram resultados positivos.
No mês de fevereiro de 2012, a produção industrial goiana sofreu queda de 3,9% em relação ao mês imediatamente anterior. Em contrapartida, no acumulado dos últimos 12 meses Goiás liderou o crescimento industrial, com 9,3%, e mais seis locais apresentaram taxas positivas. Nas demais localidades investigadas houve queda na produção industrial.

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais – Fevereiro de 2012
Locais
Variação (%)
Fevereiro/Janeiro*
Fevereiro 12/Fevereiro 11
Acumulado nos últimos 12 meses
Brasil
1,3
-3,9
-1,0
Nordeste
0,8
10,6
-2,4
Amazonas
-0,4
-8,3
2,6
Pará
6,2
0,1
2,1
Ceará
2,5
-6,0
-11,4
Pernambuco
-0,5
6,5
2,0
Bahia
-0,6
20,1
-0,6
Minas Gerais
3,0
-1,1
-0,9
Espírito Santo
1,3
-2,0
4,5
Rio de Janeiro
3,7
-8,9
-1,8
São Paulo
1,5
-6,6
-1,5
Paraná
-7,7
0,5
5,4
Santa Catarina
-0,2
-4,5
-6,4
Rio Grande do Sul
-3,5
-2,1
1,9
Goiás
-3,9
7,0
9,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Ajustado sazonalmente
 
O gráfico abaixo apresenta o comportamento da média móvel com o índice de base fixa – ambas as comparações com ajuste sazonal. O índice de média móvel descolou do índice de base fixa no mês de novembro, tendo continuado até o mês de janeiro de 2012. Contudo, por conta da queda na produção industrial, em fevereiro a média móvel superou o índice de base fixa. O índice de média móvel trimestral registrou redução de 0,9% em fevereiro, e o índice de base fixa, de 3,9% frente ao mês anterior – comparação com ajuste sazonal.

Gráfico 1

Produção Industrial – Goiás

Índices de Base Fixa (2002=100) – Série com Ajuste Sazonal 

          Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

 

Na comparação com igual mês do ano passado, o setor industrial de Goiás mostrou expansão (7,0%), registrando o décimo resultado positivo consecutivo, sendo que, em abril de 2011, a taxa foi negativa nesse tipo de confronto. No confronto dos últimos 12 meses, Goiás registrou crescimento de 9,3%, ritmo mais acelerado em relação aos 12 meses anteriores (desde março de 2011). No primeiro bimestre do ano, o aumento da produção industrial foi de 15,6%, resultado favorável frente ao mesmo bimestre do ano anterior, quando ocorreu recuo de 1,6%.
                                                                                                                                 
Na análise setorial da indústria goiana – comparação fevereiro de 2012 / fevereiro 2011- observou-se expansão em três dos cinco ramos investigados, com destaque para o segmento de produtos químicos, cujo crescimento foi de 80,0%, impulsionado pelo aumento na fabricação de medicamentos e também pela baixa base de comparação, pois essa atividade recuou 9,7% em fevereiro de 2011.

O segmento de minerais não metálicos cresceu 10% e a indústria extrativa 2,0%, o que se deve ao aumento da produção de cimentos “portland” e de amianto, respectivamente. Em sentido contrário, o setor de alimentos e bebidas recuou 18,3%, sobretudo pela redução da produção de refrigerantes, molhos de tomates preparados, cervejas, chope e maionese.

O resultado do primeiro bimestre apontou expansão na ordem de 15,6% para a indústria, cuja principal contribuição positiva ficou a cargo dos produtos químicos (92,7%), seguida pelos minerais não metálicos (12,6%) e indústria extrativa (8,5%). No entanto, apresentaram taxas negativas alimentos e bebidas (13,8%) e metalurgia básica (3,2%).

Nos últimos 12 meses, o setor industrial goiano avançou 9,3%, impulsionado pelo aumento na produção de produtos químicos (53,7%). Apenas dois ramos de atividades apontaram recuo na produção nesse período, quando a principal influência negativa sobre a média global foi assinalada pelo setor de alimentos e bebidas (-4,4%), além de metalurgia básica (-2,0%).
 
 
 
Tabela 2 – Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – fevereiro/2012
(Base: Igual período do ano anterior) – (%)
Segmentos
Mensal
Bimestral
Últimos 12 meses
Indústria geral
7,0
15,6
9,3
– Indústria extrativa
2,0
8,5
2,7
– Indústria de transformação
7,4
16,2
9,8
. Alimentos e bebidas
-18,3
-13,8
-4,4
. Produtos químicos
80,0
92,7
53,7
. Minerais não metálicos
10,0
12,6
1,9
. Metalurgia básica
-10,1
-3,2
-2,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
 

A indústria goiana apresentou diminuição de ritmo ao registrar expansão de 7,0%, em comparação aos 25,4% alcançados no mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, a expansão de Goiás foi superior a das demais regiões pesquisadas, o que foi confirmado pela intensa produção do setor químico (medicamentos).

Equipe de Conjuntura da Segplan:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Eduiges Romanatto
Juliana Dias Lopes
Luciano Ferreira da Silva
Marcos Fernando Arriel
Millades de Carvalho Castro

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