Goiás gerou 33.970 empregos formais até o mês de maio de 2017
Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Previdência Social foram gerados, em Goiás, 33.970 colocações com registro em carteira no primeiro quinquemestre de 2017 (ajustado com as declarações entregues pelas empresas fora do prazo), representando um acréscimo de 2,86% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Este expressivo resultado fez com que Goiás alcançasse o melhor desempenho, em termos relativos, e o terceiro lugar, em termos absolutos, na geração de empregos formais no acumulado do ano, dentre as Unidades da Federação, conforme observado no Gráfico 1 e Tabela 1.
Mês de maio de 2017
Em maio foram admitidos 51.323 trabalhadores e desligados 43.879 resultando em um saldo líquido de 7.444 empregos formais com carteira, uma variação de 0,61% em relação ao estoque do mês anterior. Historicamente em Goiás não há registro de saldo negativo no mês de maio, ou seja, as admissões sempre excederam as demissões. Contudo, vale ressaltar que, nesse ano, registrou-se em abril um saldo superior ao observado nos dois anos anteriores. O mercado de empregos formais com carteira tem operado em um nível mais elevado que em 2015 e 2016 (Gráfico 3, 4 e 5). Também se deve frisar que os dados são sem ajuste, não incluem as informações repassadas pelas empresas fora do prazo, ou seja, os valores podem sofrer alterações para mais ou para menos.
Apenas o setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública teve saldo negativo no mês de maio de 2017. Os melhores desempenhos foram na Indústria de Transformação e na Agropecuária.
A Indústria de Transformação já acumula um saldo de 10.335 empregos formais até maio de 2017. Isso representa um terço dos empregos gerados nesse ano em Goiás. Somente no mês de maio o estoque de empregos do setor cresceu 1,28%. A Indústria Química (1.763 postos gerados em maio) e a de Produtos Alimentícios e Bebidas (1.570 postos) são responsáveis pelo bom desempenho do setor. Ao realizar análise por classe econômica (CNAE 2.0 – classes) identificou-se que as atividades de Fabricação de Açúcar em Bruto (1.288) e de Fabricação de Álcool (1.603) tiveram os melhores saldos nesse setor no mês de maio.
O setor de Serviços teve crescimento de 0,32% no estoque comparado ao mês anterior. O melhor saldo foi observado no subsetor de Serviços de Alojamento, Alimentação, Reparação, Manutenção, Redação (802). Na análise por Classe de atividade econômica, identificou-se que os melhores saldos foram nas atividades de Atividades de Associações de Defesa de Direitos Sociais (221) e de Restaurantes e Outros Estabelecimentos de Serviços de Alimentação e Bebidas (219 postos). As atividades de Locação de Mão de Obra Temporária e de Ensino não Especificadas Anteriormente foram as que mais fecharam postos de trabalho, saldos negativos de 256 e de 252, respectivamente.
A Agropecuária tem o segundo melhor saldo acumulado até o mês de maio, uma variação de 10,81% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Nesse mês, as atividades de Cultivo de Plantas de Lavoura Temporária não Especificadas Anteriormente e de Cultivo de Cereais foram as que mais geraram empregos, 439 e 285 postos de trabalho, respectivamente.
Na Construção Civil, merece destaque as atividades de Construção de Rodovias e Ferrovias (836) e de Obras de Terraplenagem (134), as que mais geram empregos. Em termos negativos, a atividade de Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações (-189) foi a que mais fechou postos de trabalho.
O setor de Comércio teve variação de 0,25% no estoque de empregos formais com carteira, em relação a abril de 2017. Merece destaque a atividade de Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios – Hipermercados e Supermercados, que gerou 457 postos de trabalho nesse mês, maior saldo do setor.
Municípios
Entre os municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, 24 deles tiveram saldo positivo de empregos formais em maio de 2017. O primeiro colocado, Goiânia, teve bom desempenho em três setores (Serviços, Comércio e Construção Civil), que juntos geraram 1.249 empregos. Em Santa Helena de Goiás e em Itumbiara, o melhor saldo foi no setor Agropecuário, 236 e 453 vínculos empregatícios, respectivamente. Em último lugar, com o pior saldo, ficou o município de Formosa, cujo maior número de empregos foi fechado nas Atividades de Apoio à Agricultura (Gráfico 6).
Por fim vale destacar o desempenho dos municípios goianos no cenário nacional. Ao todo, foram nove municípios entre os cem maiores saldos de empregos formais no Brasil, no mês de maio. Goiânia e Itapací tiveram as melhores posições, 6º e 12º lugar, nesse mês. No acumulado do ano, são treze municípios goianos entre os cem maiores saldos, destacando-se Goiânia (6º lugar) e Goianésia (10º lugar). Dentre as capitais dos Estados, Goiânia está em 1º lugar, com maior saldo do mês de maio e maior saldo acumulado (Quadro 2).
Responsável Técnico
João Quirino Rodrigues Junior