Goiás gera metade dos empregos formais da região Centro-Oeste em 2010

 

Segundo dados da RAIS – Relação Anual de Informações Sociais – do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego, no ano de 2010 foi gerado no Brasil 2.860.809 novos empregos formais, um recorde na geração de empregos, correspondendo ao crescimento de 6,94% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2009. Com o bom desempenho do mercado de trabalho, o número de trabalhadores com vínculos formais ativos chegou a 44.068 milhões, o maior da história.

Em Goiás, foram gerados 104.331 empregos formais no ano passado, o equivalente a 49% do total de empregos gerados na região Centro-Oeste (213.287). Em termos relativos, foi observado um aumento de 8,63%, passando de 1.209.310 empregos formais, em 2009, para 1.313.641, em 31 de dezembro de 2010. Este resultado ficou acima da média nacional que foi de 6,94%. A tabela que segue mostra que quase todos os setores da economia registraram aumento no nível geral de emprego, com exceção do setor de Serviços industriais de utilidade pública, que teve redução de 540 postos de trabalho, com variação relativa negativa de 5,67%.

 

 

 

                    Tabela 1 – Número de Empregos Formais, variação absoluta e relativa, segundo Setores de Atividade Econômica em Goiás – 2009/2010
 
 
Setores
2009
2010
Variação Absoluta
Variação Relativa (%)
Extrativa mineral
6.811
7.708
897
13,17
Indústria de transformação
188.356
204.593
16.237
8,62
Serviços industriais de utilidade pública
9.528
8.988
-540
(5,67)
Construção civil
64.895
76.504
11.609
17,89
Comércio
224.931
251.159
26.228
11,66
Serviços
317.786
344.557
26.771
8,42
Administração pública
320.156
338.436
18.280
5,71
Agropecuária, extr. vegetal, caça e pesca
76.847
81.696
4.849
6,31
Total
1.209.310
1.313.641
104.331
8,63

                     Fonte: RAIS/ MTE 
                     Elaboração: Equipe de conjuntura da Sepin/Segplan-GO

 

 

 

Goiás foi o décimo estado com o maior crescimento absoluto em número de empregos e o sétimo em crescimento percentual. Os estados com maiores crescimentos percentuais foram Acre, Maranhão, Amazonas, Rondônia, Pernambuco e Pará. No setor agropecuário, Goiás apresentou o segundo maior crescimento em número de empregos, com 4.849 novos postos de trabalho, (ficando atrás somente do estado de Pernambuco) e o quinta maior variação percentual, 6,31%.
 

Tabela 2 – Número de Empregos Formais, ranking, variação absoluta e relativa, segundo Unidades da
Federação e Brasil – 2009/2010
                                 

 

UF
2009
2010
Ranking 2010
Var. Absoluta 10/09
Var. Relativa (%)
TOTAL BRASIL
41.207.546
44.068.355
 
2.860.809
6,9
REGIÃO NORTE
2.191.265
2.408.182
 
216.917
9,9
Rondônia
296.937
334.290
23º
37.353
12,6
Acre
106.013
121.187
25º
15.174
14,3
Amazonas
509.645
575.739
17º
66.094
13,0
Roraima
73.771
78.585
27º
4.814
6,5
Pará
870.869
951.235
12º
80.366
9,2
Amapá
105.771
108.191
26º
2.420
2,3
Tocantins
228.259
238.955
24º
10.696
4,7
REGIÃO NORDESTE
7.422.186
8.010.839
 
588.653
7,9
Maranhão
562.275
636.625
15º
74.350
13,2
Piauí
351.701
377.463
21º
25.762
7,3
Ceará
1.236.261
1.325.792
89.531
7,2
Rio Grande do Norte
538.757
575.026
18º
36.269
6,7
Paraíba
543.375
579.504
16º
36.129
6,6
Pernambuco
1.399.997
1.536.626
136.629
9,8
Alagoas
446.136
470.992
20º
24.856
5,6
Sergipe
344.052
369.579
22º
25.527
7,4
Bahia
1.999.632
2.139.232
139.600
7,0
REGIÃO SUDESTE
21.098.135
22.460.999
 
1.362.864
6,5
Minas Gerais
4.350.839
4.646.891
296.052
6,8
Espírito Santo
816.906
860.421
13º
43.515
5,3
Rio de Janeiro
3.851.259
4.080.082
228.823
5,9
São Paulo
12.079.131
12.873.605
794.474
6,6
REGIÃO SUL
7.078.443
7.557.531
 
479.088
6,8
Paraná
2.637.789
2.783.715
145.926
5,5
Santa Catarina
1.838.334
1.969.654
131.320
7,1
Rio Grande do Sul
2.602.320
2.804.162
201.842
7,8
REGIÃO CENTRO-OESTE
3.417.517
3.630.804
 
213.287
6,2
Mato Grosso do Sul
523.507
560.789
19º
37.282
7,1
Mato Grosso
622.459
656.542
14º
34.083
5,5
Goiás
1.209.310
1.313.641
10º
104.331
8,6
Distrito Federal
1.062.241
1.099.832
11º
37.591
3,5

 

         Fonte: RAIS/ MTE                         Elaboração: Equipe de conjuntura da Sepin/Segplan-GO 

 

Os setores que mais se destacaram em Goiás em valores absolutos foram o de Serviços e Comércio, com um aumento de 26.771 e 26.228 postos de trabalho, respectivamente, seguidos pela administração pública que gerou 18.280 novos empregos formais e indústria da transformação com 16.237 novos postos de trabalho.

Já em termos relativos, o primeiro lugar foi a Construção Civil com variação de 17,89% em relação a 2009, seguido pela Extrativa Mineral, com 13,17% de crescimento, e o Comércio, com uma variação relativa de 11,66% em relação ao ano anterior.

Gráfico 1
Variação absoluta do Emprego Formal, segundo Setores de Atividade Econômica em Goiás – 2009/10

 

                    Fonte: RAIS/MTE             
                    Elaboração: Equipe de conjuntura da Sepin/Segplan-GO 

Gráfico 2
Evolução do número de empregos formais em Goiás – 2000-2010

                  Fonte: RAIS/ MTE 
                  Elaboração: Equipe de conjuntura da Sepin/Segplan-GO

Ao analisarem-se os dados segundo o grau de instrução, relativos a 2010, as maiores variações relativas, em comparação a 2009, foram observadas nos empregos formais em que o empregado possuía mestrado (16,63%) e ensino médio completo (14,32%). Por outro lado, as variações negativas foram constatadas nos postos de trabalho em que o empregado era analfabeto (-10,33% em termos relativos), o 5º ano completo do ensino fundamental (-0,73% em termos relativos) e fechamento de 58 postos em que o empregado possuía doutorado completo (-7,99% em termos relativos). Veja maiores detalhes na tabela abaixo. 

          Tabela 3 – Número de Empregos Formais, variação absoluta e relativa, segundo Grau de Instrução       Goiás 2009/2010                                 

 

Grau de Instrução
2009
2010
Var. Absoluta
Var. Relativa (%)
Analfabeto
7.548
6.768
-780
-10,33
Até o 5ª ano Incomp. do Ens. Fundamental
58.503
60.535
2.032
3,47
5ª ano Completo do Ens. Fundamental
78.942
78.367
-575
-0,73
Do 6ª ao 9ª ano Incomp. Ens. Fundamental
132.370
136.899
4.529
3,42
Ensino Fundamental Completo
154.156
162.017
7.861
5,10
Ensino Médio Incompleto
162.953
174.725
11.772
7,22
Ensino Médio Completo
398.007
455.017
57.010
14,32
Educação Superior Incompleta
47.813
51.868
4.055
8,48
Educação Superior Completa
166.296
184.449
18.153
10,92
Mestrado Completo*
1.996
2.328
332
16,63
Doutorado Completo*
726
668
-58
-7,99
Total
1.209.310
1.313.641
104.331
8,63
                  Fonte: RAIS/ MTE
                  Elaboração: Equipe de conjuntura da Sepin/Segplan-GO

 

Os dados relacionados à faixa etária apresentaram elevação no número de empregos formais em todas as faixas, principalmente a de 30 a 39 anos (aumento de 31.586 postos de trabalho) e a 40 a 49 anos de idade (aumento de 19.261 postos), sendo que em relação ao ano de 2009 as maiores variações relativas foram nas faixas acima de 65 (aumento de 15,67%) e entre 50 a 64 anos de idade (aumento de 12,20%). Veja mais detalhes na tabela abaixo.

Tabela 4 – Número de Empregos Formais, variação absoluta e relativa, segundo Faixa Etária
em Goiás – 2009/2010                                                   

 

Faixa Etária
2009
2010
Var. Absoluta
Var. Relativa (%)
Até 17 anos
16.423
17.576
1.153
7,02
18 a 24 anos
223.605
241.372
17.767
7,95
25 a 29 anos
211.954
227.051
15.097
7,12
30 a 39 anos
350.108
381.694
31.586
9,02
40 a 49 anos
249.885
269.146
19.261
7,71
50 a 64 anos
149.370
167.592
18.222
12,20
65 ou mais
7.959
9.206
1.247
15,67
Ignorado
6
4
-2
(33,33)
Total
1.209.310
1.313.641
104.331
8,63
                            Fonte: RAIS/ MTE
                            Elaboração: Equipe de conjuntura da Sepin/Segplan-GO

Os dados relativos ao tamanho do estabelecimento apresentaram elevação em todos os tamanhos do estabelecimento, sendo que os estabelecimentos compostos por 500 a 999 vínculos ativos foram os que apresentaram maior aumento relativo (18,23%). Em segundo lugar, apresentaram maior crescimento os estabelecimentos de 20 a 49 vínculos ativos, com aumento relativo de 12,87% no número de empregos formais. Em termos absolutos, as maiores variações ocorreram nos estabelecimentos com 20 a 49 vínculos que obtiveram uma elevação de 17.410 postos de trabalho, seguido pelos estabelecimentos com 1.000 ou mais vínculos ativos, com um aumento de 17.211 empregos formais e pelos de 500 a 999 vínculos que tiveram um crescimento de 16.188 nos postos de trabalho.

Tabela 5 – Número de Empregos Formais, variação absoluta e relativa, segundo Tamanho do Estabelecimento – Goiás 2009/2010         

 

Tamanho do Estabelecimento
2009
2010
Var. Absoluta
Var. Relativa (%)
Até 4 vínculos ativos
133.998
143.093
9.095
6,79
De 5 a 9 vínculos ativos
108.276
117.862
9.586
8,85
De 10 a 19 vínculos ativos
114.428
122.305
7.877
6,88
De 20 a 49 vínculos ativos
135.278
152.688
17.410
12,87
De 50 a 99 vínculos ativos
87.949
97.503
9.554
10,86
De 100 a 249 vínculos ativos
113.585
125.329
11.744
10,34
De 250 a 499 vínculos ativos
102.141
107.807
5.666
5,55
De 500 a 999 vínculos ativos
88.808
104.996
16.188
18,23
1000 ou mais vínculos ativos
324.847
342.058
17.211
5,30
Total
1.209.310
1.313.641
104.331
8,63
                       Fonte: RAIS / MTE
                       Elaboração: Equipe de conjuntura da Sepin/Segplan-GO

Os dados relativos à remuneração média dos trabalhadores, por setor de atividade econômica, apresentaram variação positiva, apesar do rendimento médio do trabalhador goiano ter sido inferior a média nacional, ocupando a 20ª colocação entre os 27 estados brasileiros. O rendimento salarial médio em Goiás no ano passado foi R$ 1.330,82 enquanto no ano de 2009 foi R$ 1.206,08. No geral, dentre os setores que mais se destacaram estão, em primeiro lugar, o setor de Agropecuária, extrativa vegetal, caça e pesca, cujo rendimento médio aumentou 13,55% em termos nominais, em segundo lugar o setor de Administração pública, com um aumento de 12,11% e em terceiro lugar o setor de Comércio com variação nominal de 10,80% do rendimento médio. Veja mais detalhes na tabela e gráfico abaixo.

Tabela 6 – Remuneração Média em R$, segundo Setores de Atividade Econômica em Goiás – 2009/2010

Rendimento médio (R$)
2009
 

Governo na palma da mão

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