Goiás fecha 24.551 postos de trabalho em 2015


Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Emprego foram fechados, em Goiás, 24.551 colocações com registro em carteira (ajustado com as declarações entregues pelas empresas fora do prazo) de janeiro a dezembro de 2015, representando um decréscimo de 1,99% em relação ao estoque de dezembro de 2014. Apesar do resultado ruim, Goiás se encontra em situação melhor que a nacional, que teve redução de 3,74% no número de empregos formais durante o mesmo período. Na classificação geral Goiás ocupa o décimo quinto lugar em termos absoluto e o sexto em termos relativo, no saldo acumulado de empregos formais do ano, dentre as Unidades da Federação, conforme observado no Gráfico 1 e Tabela 1.

 

 

 

 

Dezembro de 2015

O saldo de empregos formais no mês de dezembro de 2015 (-23.579) foi um pouco melhor que o registrado em dezembro do ano anterior, contudo é um dos piores resultados para este mês desde o início da série histórica (até então, o pior resultado para meses de dezembro foi registrado em 2014, com 30.538 postos fechados). É importante ressaltar que historicamente, em dezembro as demissões excedem as admissões em Goiás, resultando em saldo negativo. Ressalta-se ainda que os dados são sem ajuste, não incluem as informações repassadas pelas empresas fora do prazo, ou seja, os valores podem sofrer alterações para mais ou para menos.

 

 

Todos os setores da economia goiana tiveram saldo negativo de empregos formais em dezembro. A Administração pública foi o setor que menos fechou postos, enquanto que o de Serviços fechou o maior número. Vale ressaltar que os dados de Administração pública do Caged contemplam apenas contratos regidos pela CLT.

Em relação ao saldo acumulado, três setores geraram vagas de empregos formais em 2015, quais sejam: Serviços, Agropecuária e Administração pública. O subsetor de Serviços médicos, odontológicos e veterinários teve o maior saldo acumulado do ano, gerou 3.361 novos postos de trabalho.

No setor de Serviços houve uma redução de 1,44% no estoque de empregos formais, em relação ao mês anterior. Todos os subsetores tiveram saldo negativo, o pior foi o do subsetor de Transporte e comunicação, 1.890 postos fechados. Ao analisar as informações com base no Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0 – Classes), observou-se um maior número de postos de trabalho fechado no setor de Serviços nas atividades de Teleatendimento (operadores de telemarketing) e de Transporte rodoviário de cargas (motoristas de veículos de carga em geral), 456 e 1.205 postos fechados, respectivamente.

A Indústria de transformação, segundo pior saldo do mês, apresentou redução de 2,69% no estoque de empregos formais em dezembro. Todos os subsetores tiveram saldo negativo, sendo que o subsetor Químico, produtos farmacêuticos e veterinários foi responsável pelo fechamento do maior número de postos neste setor (-2.513). Ao realizar análise por classe econômica (CNAE 2.0 – Classes) identificou-se que a atividade de Fabricação de álcool e a Fabricação de açúcar em bruto, dentro deste subsetor, foram as principais responsáveis, juntas fecharam 3.407 postos de trabalho no mês.

A Agropecuária fechou 4.050 postos de trabalho em dezembro. Este setor possui o segundo melhor saldo acumulado do ano (1.787 postos) e a maior variação positiva do estoque, crescimento de 2,01% em relação ao estoque do ano anterior. A atividade de Cultivo de oleaginosas de lavoura temporária, exceto soja, gerou o maior número de postos de trabalho neste mês (69 postos). Por outro lado, a atividade de Cultivo de cana-de-açúcar fechou 1.058 postos.

No setor de Comércio houve dedução de 1,35% no estoque de empregos formais em relação ao ano anterior, saldo acumulado de – 3.975 postos. Em termos negativos destacou-se a atividade de Comércio varejista de ferragens, madeira e materiais de construção (-327 postos). Em uma análise por ocupação (CBO) contatou-se que o pior saldo foi para vendedores e demonstradores em lojas ou mercados (-446 postos).

O setor de Construção civil continuou fechando postos e já acumula um saldo negativo de 10.800 vagas fechadas até dezembro, uma redução de 7,62% no estoque de empregos formais. As demissões ocorreram principalmente nas atividades de Construção de edifícios (saldo de -1.677 postos) e na Construção de rodovias e ferrovias (saldo de -778 postos).

 

 

Municípios

 

Entre os municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, apenas um teve saldo positivo de empregos formais em dezembro de 2015, Caldas Novas, com saldo de 164 vínculos. Em termos absolutos, Senador Canedo ficou em segundo lugar, com saldo de -14 postos, e Cidade Ocidental ficou em terceiro com -15 vínculos. Os piores saldos foram observados em Cristalina e Inhumas, -7.010 e -1.165 vínculos, respectivamente. Estes dois últimos devido às demissões do setor agropecuário.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Governo na palma da mão

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