Goiás criou 25.370 empregos formais com carteira no ano de 2017
Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Previdência Social foram gerados em Goiás, 25.370 vagas com registro em carteira de janeiro a dezembro de 2017 (ajustado com as declarações entregues pelas empresas fora do prazo), representando um acréscimo de 2,14% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Este resultado fez com que Goiás alcançasse o quarto lugar em termos relativos e segundo em termos absolutos na geração de empregos formais no acumulado do ano 2017 dentre as Unidades da Federação, conforme observado no Gráfico 1 e Tabela 1.
Tabela 1 – Ranking dos Estados: Saldo acumulado de empregos formais até o mês dezembro de 2017 |
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Ranking |
Estados |
Vagas geradas |
1º |
Santa Catarina |
29.441 |
2º |
Goiás |
25.370 |
3º |
Minas gerais |
24.296 |
4º |
Mato grosso |
15.985 |
5º |
Paraná |
12.127 |
6º |
Piauí |
4.540 |
7º |
Tocantins |
3.759 |
8º |
Roraima |
2.256 |
9º |
Rondônia |
1.571 |
10º |
Maranhão |
1.221 |
Fonte: Caged/MTPS; |
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Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais. |
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Nota: Ajustado com declarações entregues pelas empresas fora do prazo. |
O saldo acumulado de 2017 (25.370) foi o primeiro positivo desde 2014. Os anos de 2015 e 2016 registraram saldos acumulados negativos de -24.551 e -19.354, respectivamente. Logo, o cenário econômico aponta para um período de recuperação do mercado de trabalho em 2018, haja vista que o saldo de 2017 aproximou-se do saldo acumulado de 2014 (25.333), período anterior ao agravamento da crise econômica no estado.
Mês de dezembro de 2017
Em dezembro foram admitidos 33.592 trabalhadores e desligados 47.937 resultando em um saldo líquido de -14.345 empregos formais com carteira, variação de -1,18% em relação ao estoque do mês anterior. Foi o sétimo pior saldo para dezembro dentre as Unidades da Federação, embora tenha apresentado o maior saldo para o mês dos últimos dos últimos 11 anos. O último ano que teve um saldo maior foi 2005 quando alcançou -12.011. É importante ressaltar que esses dados são sem ajuste, logo, não incluem as informações repassadas pelas empresas fora do prazo, ou seja, os valores podem sofrer alterações para mais ou para menos (Gráficos 3, 4 e 5).
Todos os setores econômicos apresentaram saldo negativo no mês dezembro, destacando-se a Construção Civil, Serviços, Agropecuária e Indústria de Transformação que obtiveram resultado negativo acima do milhar, com saldos -2.752, -3.138, -3.499 e -3.897, respectivamente (Gráfico 6).
A Construção Civil registrou saldo negativo pelo terceiro mês consecutivo com desligamento de -2.752 vagas, porém, acumula variação positiva de 2,42% no acumulado do ano, com saldo de 1.678 vínculos. O setor segue tendência de recuperação em relação aos três últimos anos em que foram registrados fechamento de postos no acumulado do ano.
O setor de Comércio recuou -0,25% em relação a novembro de 2017, o que representou o desligamento de -705 empregos no mês de dezembro. Todavia, apresentou recuperação em relação ao ano anterior, com crescimento 1,96% no saldo acumulado de 2016. O maior destaque foi para o comércio varejista que registrou saldo acumulado de 4.437 empregos no ano.
O setor de Serviços apresentou retração no mês de dezembro, porém, saldo positivo no acumulado do ano. No mês de dezembro recuou -0,67% em relação ao mês anterior, porém em relação ao ano de 2016 obteve crescimento de 2,37%, o que representou o saldo negativo de -3.138 no mês de dezembro, porém saldo positivo de 10.828 no acumulado do ano. Os destaques vão para o comércio e administração de imóveis; e alojamento e alimentação que geraram saldos acumulados de 3.195 e 6.819, respectivamente.
No mês de dezembro a Indústria de Transformação fechou -3.897 vagas de empregos formais, o que representa um recuo de -1,61% em relação a novembro. Por outro lado, o saldo acumulado da Indústria de Transformação foi 4.785 empregos formais até dezembro de 2017, ou seja, o terceiro maior saldo acumulado do ano. Os destaques foram para a indústria de produção de alimentos e bebidas e para a indústria química, farmacêutica e veterinária que apresentou saldo acumulado de 3.060 e 1.642 vagas, respectivamente.
O setor agropecuário teve o segundo pior saldo de empregos formais do mês de dezembro (-3.499), uma variação de -3,42% em relação ao estoque do mês anterior. Esse é o quarto saldo negativo sucessivo do setor, que cresceu 3,43% no acumulado do ano, com 3.263 vagas geradas. Vale ressaltar que, historicamente, esse setor registra saldos negativos em novembro e dezembro por conta da sazonalidade da produção agrícola.
Tabela 2 – Estado de Goiás: Saldo – admitidos/desligados por setor de atividades econômicas – 2017 |
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Setores |
dez/17 |
No ano |
Em 12 meses |
|||||||||
Adm |
Desl |
Saldo |
Var. Estoque (%) |
Adm |
Desl |
Saldo |
Var. Estoque (%) |
Adm |
Desl |
Saldo |
Var. Estoque (%) |
|
Extrativa mineral |
51 |
168 |
-117 |
-1,49 |
1.752 |
1.912 |
-160 |
-2,01 |
1.752 |
1.912 |
-160 |
-2,01 |
Indústria de transformação |
4.986 |
8.883 |
-3.897 |
-1,61 |
99.655 |
94.870 |
4.785 |
2,03 |
99.655 |
94.870 |
4.785 |
2,03 |
Prod minerais não metálicos |
272 |
422 |
-150 |
-1,20 |
5.360 |
5.093 |
267 |
2,17 |
5.360 |
5.093 |
267 |
2,17 |
Metalúrgica |
195 |
296 |
-101 |
-0,87 |
4.784 |
5.111 |
-327 |
-2,77 |
4.784 |
5.111 |
-327 |
-2,77 |
Mecânica |
282 |
263 |
19 |
0,25 |
4.499 |
4.419 |
80 |
1,05 |
4.499 |
4.419 |
80 |
1,05 |
Material elétrico e comunicação |
48 |
92 |
-44 |
-1,83 |
937 |
1.162 |
-225 |
-8,75 |
937 |
1.162 |
-225 |
-8,75 |
Material de transporte |
27 |
41 |
-14 |
-0,29 |
720 |
844 |
-124 |
-2,52 |
720 |
844 |
-124 |
-2,52 |
Madeira e mobiliário |
175 |
215 |
-40 |
-0,46 |
3.184 |
3.295 |
-111 |
-1,25 |
3.184 |
3.295 |
-111 |
-1,25 |
Papel, papelão, editorial e gráfica |
192 |
277 |
-85 |
-0,88 |
3.567 |
3.378 |
189 |
2,00 |
3.567 |
3.378 |
189 |
2,00 |
Borracha, Fumo e Couros |
223 |
203 |
20 |
0,27 |
2.934 |
2.627 |
307 |
4,32 |
2.934 |
2.627 |
307 |
4,32 |
Químico, Prod Farmacêutico e Veterinário |
883 |
2.472 |
-1.589 |
-2,98 |
22.120 |
20.478 |
1.642 |
3,25 |
22.120 |
20.478 |
1.642 |
3,25 |
Têxtil e vestuário |
313 |
988 |
-675 |
-2,42 |
11.666 |
11.623 |
43 |
0,16 |
11.666 |
11.623 |
43 |
0,16 |
Calçados |
7 |
59 |
-52 |
-4,74 |
413 |
429 |
-16 |
-1,49 |
413 |
429 |
-16 |
-1,49 |
Prod Alimentícios e Bebidas |
2.369 |
3.555 |
-1.186 |
-1,24 |
39.471 |
36.411 |
3.060 |
3,34 |
39.471 |
36.411 |
3.060 |
3,34 |
Serviço industrial de utilidade pública |
169 |
405 |
-236 |
-2,19 |
3.021 |
3.435 |
-414 |
-3,74 |
3.021 |
3.435 |
-414 |
-3,74 |
Construção civil |
2.702 |
5.454 |
-2.752 |
-3,82 |
55.384 |
53.706 |
1.678 |
2,42 |
55.384 |
53.706 |
1.678 |
2,42 |
Comércio |
9.402 |
10.107 |
-705 |
-0,25 |
136.869 |
131.339 |
5.530 |
1,96 |
136.869 |
131.339 |
5.530 |
1,96 |
Com varejista |
7.914 |
8.566 |
-652 |
-0,28 |
114.868 |
110.431 |
4.437 |
1,90 |
114.868 |
110.431 |
4.437 |
1,90 |
Com atacadista |
1.488 |
1.541 |
-53 |
-0,11 |
22.001 |
20.908 |
1.093 |
2,24 |
22.001 |
20.908 |
1.093 |
2,24 |
Serviços |
12.467 |
15.605 |
|