Foram gerados 68.604 empregos formais em Goiás no ano de 2007, segundo a RAIS.

Segundo dados da RAIS – Relação Anual de Informações Sociais – do Ministério do Trabalho e Emprego, no ano de 2007, foram gerados 68.604 empregos formais em Goiás. Em termos relativos, esse aumento representou uma elevação de 6,91% no estoque de 922.822 em 2006, atingindo 1.061.426 de vínculos empregatícios em 31 de dezembro de 2007. A leitura dos dados mostra que todos os setores de atividade econômica registraram expansão no nível de emprego. Em termos absolutos, os setores que mais se destacaram foram: serviços (17.967 empregos ou 6,81%), indústria de transformação (17.825 empregos ou 11,18%) e comércio (12.573 empregos ou 6,97%). Merece destacar os desempenhos da indústria de transformação e do comércio que obtiveram um crescimento acima da média da totalidade dos setores (6,91%) o que refletiu os efeitos da estabilidade econômica e das melhores condições de crédito naquele ano. O setor da construção civil, ao responder pela criação de 8.339 empregos, registrou taxa de crescimento de 22,75%, a maior dentre todos os setores de atividade. Tal comportamento está relacionado às medidas de incentivo ao setor, como expansão do crédito imobiliário.

Tabela 1
Número de Empregos Formais, variação absoluta e relativa, segundo Setores de Atividade Econômica – Goiás 2006-07

Setores

 

2006

 

2007

 

Variação Absoluta

 

Variação Relativa (%)

 

Extrativa mineral

 

 

5.723

 

 

6.356

 

 

633

 

 

11,06

 

 

Indústria de transformação

 

 

159.481

 

 

177.306

 

 

17.825

 

 

11,18

 

 

Serviço industrial de utilidade pública

 

 

8.363

 

 

8.782

 

 

419

 

 

5,01

 

 

Construção civil

 

 

36.655

 

 

44.994

 

 

8.339

 

 

22,75

 

 

Comércio

 

 

183.056

 

 

195.809

 

 

12.753

 

 

6,97

 

 

Serviços

 

 

263.767

 

 

281.734

 

 

17.967

 

 

6,81

 

 

Administração pública

 

 

272.195

 

 

277.613

 

 

5.418

 

 

1,99

 

 

Agropecuária, extrativa vegetal, caça e pesca

 

 

63.582

 

 

68.832

 

 

5.250

 

 

8,26

 

 

Total

 

 

992.822

 

 

1.061.426

 

 

68.604

 

 

6,91

 

 

Fonte: RAIS / MTE

 

 

 

 

 

Gráfico 1

 

 

Variação absoluta do Emprego Formal, segundo Setores de Atividade Econômica – Goiás – 2006-07

 

 

Fonte: RAIS / MTE

 

 

 

 

 

 

Ao tomar como referência os dados segundo o grau de instrução, observa-se que os extratos com menor escolaridade (até ensino fundamental incompleto) foram os que obtiveram as menores taxas, sendo que do 6º ao 9º ano do ensino fundamental houve desligamento de 395 postos, com queda de 0,31%. Em sentido oposto, os dados evidenciam que o crescimento, em termos relativos, ocorreu nos níveis de escolaridade doutorado completo (27,57%) e mestrado completo (17,59%). Em termos absolutos o ensino médio completo liderou com 36.249 novos postos de trabalho.

 

 

 

Tabela 2
Número de Empregos Formais, variação absoluta e relativa, segundo Grau de Instrução – Goiás 2006-07

 

 

Grau de Instrução

 

2006

 

2007

 

Var. Absoluta

 

Var. Relativa (%)

 

Analfabeto

 

 

7.569

 

 

7.741

 

 

172

 

 

2,27

 

 

Até o 5ª ano Incompleto do Ensino Fundamental

 

 

55.062

 

 

57.399

 

 

2.337

 

 

4,24

 

 

5ª ano Completo do Ensino Fundamental

 

 

78.038

 

 

81.356

 

 

3.318

 

 

4,25

 

 

Do 6ª ao 9ª ano Incompleto do Ensino Fundamental

 

 

125.812

 

 

125.417

 

 

-395

 

 

-0,31

 

 

Ensino Fundamental Completo

 

 

142.229

 

 

149.682

 

 

7.453

 

 

5,24

 

 

Ensino Médio Incompleto

 

 

148.165

 

 

151.267

 

 

3.102

 

 

2,09

 

 

Ensino Médio Completo

 

 

277.927

 

 

314.176

 

 

36.249

 

 

13,04

 

 

Educação Superior Incompleta

 

 

39.350

 

 

41.140

 

 

1.790

 

 

4,55

 

 

Educação Superior Completa

 

 

117.037

 

 

131.288

 

 

14.251

 

 

12,18

 

 

Mestrado Completo

 

 

1.234

 

 

1.451

 

 

217

 

 

17,59

 

 

Doutorado Completo

 

 

399

 

 

509

 

 

110

 

 

27,57

 

 

Total

 

 

992.822

 

 

1.061.426

68.604

 

 

6,91

 

 

Fonte: RAIS / MTE

 

 

 

 

Os dados relativos à faixa etária apontam que todas as faixas apresentaram elevação no contingente de trabalhadores formais. Em termos relativos, o maior aumento ocorreu para a faixa etária de 65 anos ou mais (13,35%), seguida daquela entre 50 a 64 anos (10,91%). Em números absolutos, a maior geração de empregos foi observada na faixa etária de 30 a 39 anos (19.651 postos), de 40 a 49 anos (13.818 pos

tos) e de 25 a 29 (12.431 postos).

 

Tabela 3
Número de Empregos Formais, variação absoluta e relativa, segundo Faixa Etária – Goiás 2006-07

 

 

Faixa Etária

 

2006

 

2007

 

Var. Absoluta

 

Var. Relativa (%)

 

Ate 17 anos

 

 

13.951

 

 

14.660

 

 

709

 

 

5,08

 

 

18 a 24 anos

 

 

189.727

 

 

198.499

 

 

8.772

 

 

4,62

 

 

25 a 29 anos

 

 

176.605

 

 

189.036

 

 

12.431

 

 

7,04

 

 

30 a 39 anos

 

 

285.637

 

 

305.288

 

 

19.651

 

 

6,88

 

 

40 a 49 anos

 

 

207.034

 

 

220.852

 

 

13.818

 

 

6,67

 

 

50 a 64 anos

 

 

113.566

 

 

125.957

 

 

12.391

 

 

10,91

 

 

65 ou mais

 

 

6.290

 

 

7.130

 

 

840

 

 

13,35

 

 

Ignorado

 

 

12

 

 

4

 

 

-8

 

 

-66,67

 

 

Total

 

 

992.822

 

 

1.061.426

 

 

68.604

 

 

6,91

 

 

Fonte: RAIS / MTE

 

 

 

 

Com relação aos dados por tamanho do estabelecimento, verifica-se que todas as faixas apresentaram expansão, cabendo destacar aquela com estabelecimentos com 250 a 499 vínculos ativos (18,80% ou 14.478 empregos, melhor desempenho em termos relativos e absolutos). Em segunda posição, em termos absolutos, foram os que tinham de 20 a 49 vínculos ativos (9.824 postos ou 9,08%). Enquanto que em termos relativos, o segundo destaque foi a faixa de 500 a 999 vínculos ativos (10,15% ou 7.349 postos). Vale ressaltar que 42,63% dos empregos gerados em 2007 foram em estabelecimentos de até 99 empregados, o que confirma a importância da pequena e média empresa na geração de novos postos de trabalho.

 

 

 

 

 

Tabela 4
Número de Empregos Formais, variação absoluta e relativa, segundo Tamanho do Estabelecimento – Goiás 2006-07

 

Tamanho do Estabelecimento

 

2006

 

2007

 

Var. Absoluta

 

Var. Relativa (%)

 

Até 4 vínculos ativos

 

 

114.134

 

 

119.509

 

 

5.375

 

 

4,71

 

 

De 5 a 9 vínculos ativos

 

 

91.261

 

 

95.153

 

 

3.892

 

 

4,26

 

 

De 10 a 19 vínculos ativos

 

 

93.184

 

 

98.061

 

 

4.877

 

 

5,23

 

 

De 20 a 49 vínculos ativos

 

 

108.223

 

 

118.047

 

 

9.824

 

 

9,08

 

 

De 50 a 99 vínculos ativos

 

 

67.475

 

 

72.750

 

 

5.275

 

 

7,82

 

 

De 100 a 249 vínculos ativos

 

 

102.306

 

 

111.283

 

 

8.977

 

 

8,77

 

 

De 250 a 499 vínculos ativos

 

 

77.030

 

 

91.508

 

 

14.478

 

 

18,80

 

 

De 500 a 999 vínculos ativos

 

 

72.428

 

 

79.777

 

 

7.349

 

 

10,15

 

 

1000 ou mais vínculos ativos

 

 

266.781

 

 

275.338

 

 

8.557

 

 

3,21

 

 

Total

 

 

992.822

 

 

1.061.426

 

 

68.604

 

 

6,91

 

 

Fonte: RAIS / MTE

 

 

 

 

Com relação à remuneração média dos trabalhadores, por setor de atividade econômica, os dados apontam que serviços de utilidade pública é o setor que apresentou a melhor remuneração média em 2007 (R$ 3.134,00), com variação nominal de 3,43%, sendo a menor variação entre os setores, seguida por extrativa mineral, com remuneração média de R$ 1.534,00 e variação nominal de 5,32%, em seguida veio a administração pública com remuneração média de R$ 1.487,00 e variação nominal de 11,95%. Na outra ponta, as atividades econômicas que apresentaram as piores remunerações foram comércio com R$ 703,00 e variação de 8,95%, agropecuária, com R$ 710,00 e variação de 12,33%, e indústria de transformação, com remuneração média de R$ 833,00 e variação nominal de 10,14%. Já o setor de construção civil apresentou a maior variação nominal no período, com 12,54% e remuneração média de R$ 886,00.

 

 

 

 

Gráfico 2

Remuneração Média em R$, segundo Setores de Atividade Econômica – Goiás – 2006-07

 

 

 

 

Fonte: RAIS / MTE

 

 

 

 

 

 

Emprego por Unidade da Federação

 

 

Segundo recorte geográfico, os dados da RAIS assinalam que todas as Grandes Regiões evidenciaram expansão no número de empregos formais, conforme a seguir: Sudeste (1,392 milhão de postos de trabalho ou 7,68%), Nordeste (381,9 mil postos ou 6,17%), Sul (332,1 mil postos ou 5,38%), Centro-Oeste (183,3 mil postos ou 6,39%) e Norte (162,5 mil postos ou 9,07%).

 

 

Com relação às Unidades da Federação, os dados apontam um aumento generalizado do estoque de emprego formal.

 

 

Os estados que mais se destacaram em termos absolutos foram: São Paulo (763,8 mil postos, ou 7,40%), Rio de Janeiro (292,2 mil postos ou 8,66%), Minas Gerais (292,2 mil postos ou 7,80%), Paraná (127,6 mil postos ou 5,67%), Rio Grande do Sul (105,1 mil postos, ou 4,53%) e Bahia (103,2 mil postos ou 6,3%).

 

 

Em termos relativos, os destaques ficaram por conta de Roraima (24,51% ou 9 mil postos, resultado que deve ser relativizado tendo em vista que neste estado, em 2006, verificou-se omissão de estabelecimentos com estoques expressivos), seguido do Amapá (13,22% ou 10,4 mil postos), Maranhão (10,40% ou 45,5 mil postos) e Mato Grosso (10,32% ou 53,5 mil postos).

 

 

 

 

Equipe Técnica:
Alex Salvino Dias
Dinamar Maria Ferreira Marques
Marcos Fernando Arriel

 

 

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